Capítulo: 10

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Andrew Narrando 

Eu não conseguia imaginar, a pessoa que eu tinha me apaixonado, acabou saindo da minha vida. E mais uma vez eu estava na cama olhando para o nada e chorando. Com toda a certeza eu iria me atrasar para o curso, mas nada me importava, escuto meu celular tocando, peguei o mesmo e  atendi 

chamada  📞📞

Mãe - Andy, o que houve ?, O professor do seu curso acabou de me ligar para avisar que você não compareceu

- mãe, eu não estou me sentindo bem para ir para o curso

Mãe- o que aconteceu ?, Quer conversar ?

- mãe, o assunto é delicado, quando a senhora chegar em casa nós conversamos

Mãe - ok, qualquer coisa me liga

📞📞 Chamada

coloquei o celular em cima do criado mudo, me deitei na cama e acabei dormindo. acordei de tarde com o barulho da chuva em minha janela, esfreguei os olhos e levantei da cama, dei uma escovada nos dentes e logo em seguida desci as escadas.

caminhei em direção a cozinha, peguei um pouco de café na garrafa, e me sentei na cadeira, nesse momento percebi algo se mexendo, e claro que eu fiquei assustado, mas logo eu imaginei que pudesse ser o Arty

- Arty e você ?- perguntei na esperança

- não, eu me chamo Geovane, sou amigo do Arty, ele me pediu para tomar conta de você - falou um homem aparecendo 

me  sentei de novo, e abaixei a cabeça em meus braços para que eu pudesse chorar

- ei garoto, não fique assim. Já sei, que tal no irmos na antiga casa dele ?, assim você pode fica mais em paz - perguntou em tom de animação 

- você sabe onde fica ?

- Sim, o Alister me passou essas coisas quando eu iria ensinar algumas habilidades ao garoto, não sei o motivo, mas ele passou 

- quem é Alister ?- perguntei limpando os olhos 

- um dia você vai conhecer ele. Então vamos ?

apenas acenei positivamente com a cabeça, tranquei a porta e logo seguimos para um ponto de ônibus, pegamos um que iria em direção ao centro, nos sentamos no fundo 

- então vocês são espíritos, mas como vocês andam pela terra se já estão mortos  ?- perguntei curioso 

- o Alister, sabe quando temos algo pendente para resolver por aqui, e com isso ele nos manda para cá até resolvermos nossas pendências 

fomos o caminho todo conversando, ele me contou tudo sobre os espíritos, e o por que do Archie ter voltado. Logo descemos do ônibus, seguimos alguns quilômetros andando, até que chegamos em uma casa de cor azul, pelo lado de fora, era possível ver o matagal crescendo, junto com algumas ervas daninhas, seguimos pelo caminho de pedra, e logo toquei a campainha  

- o que eu falo ?- perguntei olhando para o homem ao meu lado 

- diz que vocês eram amigos de escola - falou ele desaparecendo 

a porta foi aberta por uma mulher baixa, e que parecia estar chorando a muito tempo 

- olá, em que posso ajuda-lo ?- perguntou ela calmamente 

- eu e o Archie éramos amigos de escola 

- ahh, você veio ver o as memorias dele ? - perguntou ela me dando um meio sorriso 

- Sim

- por favor me acompanhe - falou ela dando espaço para passagem 

entrei na casa e tudo era belíssimo,, tudo bem organizado 

- me siga 

segui atrás da mulher, entramos em um jardim extremamente lindo, bem cuidado e com muitas rosas e margaridas, mais a frente tinha um gazebo feito com madeira branca e vidro, entramos no local e estava repleto de coisas do Archie, incluindo fotos e roupas , tinha uma mulher que estava sentada em um pequena cadeira, ela a todo momento olhava para uma peça de roupa especifica 

- senhora, mais um dos amigos do Arty para fazer a visita 

- fale para ele olhar Lu- falou a mulher ainda sentada

- fique á vontade querido

segui pelas pequenas mesas, e nelas tinha de tudo, mas uma foto entre todas elas me chamou a atenção. Archie estava no colo de um homem, e esse homem estava com um jaleco

- essa foto e de quando o primo do Arty foi embora para os estados unidos - falou a Lu

- e ele se mudou para onde ?

- acho que para Nova York, o pequeno Arty era muito apegado a ele, e como lembrança Jack acabou deixando o jaleco para o garoto, que usava sempre 

- e onde está esse jaleco ?- perguntei curioso 

- está lá na sala nas caixas de doações, eu iria doar, por que eu não aguentava olhar para aquilo todos os dias e me lembrar dele - falou  mulher que estava sentada 

- posso ficar com ele ? - perguntei sorrindo 

- Sim, Lu busque o jaleco para o menino 

a mulher saiu, e eu fiquei ali olhando as coisas, realmente ele era e é uma pessoa feliz. Depois de um tempo Lu retorna com o jaleco, e assim me entrega 

- muito obrigado senhora, mas agora eu realmente tenho que ir, foi muito bom relembrar os velho momentos que passei com ele - falei acariciando a foto

- sem problemas, quando quiser voltar, as lembranças dele vão continuar nesse gazebo, até quando eu decidir tacar fogo em tudo - falou a mulher se levantando e estendendo a mão para mim 

apertei a mão da mulher, e logo em seguida sai da casa acompanhado pela Lu, aspirei o cheiro do jaleco, e era exatamente o cheiro que tinha presente no corpo dele, coloquei aquela peça de roupa, e logo o cheiro dele me preencheu por completo me fazendo soltar um sorriso de felicidade.  

Retornei para casa e passei a tarde toda assistindo séries no sofá, volta e meia eu dava um boa aspirada no cheiro do jaleco, isso era o que estava me deixando livre dos meus pensamentos. 

Paixão FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora