Capítulo: 11

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Archie Narrando 

Ainda estava andando pelo central parque, Não sabia para onde ir, foi nesse momento que eu me lembrei do Jack, não sabia onde ele morava, mas eu poderia ligar para a central de telefones. Caminhei pelo parque até que sai em uma rua, andei um pouco e logo encontrei um orelha, tirei o fone do gancho. Por sorte eu tinha pesquisado uma vez sobre a central de telefones, e consegui memorizar o número.

Disquei o número, e logo uma mulher atende, mas para a minha surpresa, ela falava em português 

chamada 📱

atendente -  Central de telefone de Nova York, boa tarde, em que posso ajuda-lo 

- boa tarde, eu gostaria de encontrar o número de alguém, se conseguir o endereço também, fica bem melhor para mim

atendente- me passe o nome completo da pessoa 

- Jackson Arquibaldo Nunes 

atendente- bom, essa pessoa fez recentemente, uma assinatura telefônica, por sorte temos o endereço e o número de contato, qual você prefere que eu passe ? 

- o endereço fica bem melhor para mim 

atendente-  bom ele tem um apartamento na quinta avenida, o nome do edifício é  Fasano fifth Avenue, quanto ao número do apartamento, você vai ter que perguntar na recepção 

- muito obrigado 

📱 chamada 

coloquei o telefone no gancho, e comecei a caminhar, não achava que poderia ser tão longe, mas era. parei um mulher, e para a minha sorte ela também falava português 

- moça, como que eu faço para chegar na quinta avenida ?

- bom, você pode ir de ônibus ou trem ou um taxi, para ir andando realmente e muito longe - falou ela sorrindo 

- mas eu não tenho dinheiro para nenhum transporte 

- você está indo rever algum familiar ?- perguntou ela levantando a sobrancelha 

- Sim, um primo, nós éramos muito apegado e ele teve que se mudar, e agora eu vim para cá visita-lo, mas esqueci de trocar meu dinheiro no banco central 

- não tem problema, eu vou te dar vinte dólares, por que realmente e um saco ir andando daqui até aqui a quinta avenida - falou a mulher me entregando uma nota 

- muito obrigado 

procurei por um taxi, e logo em seguida entrei

- good afternoon,  Fasano fifth avenue please - eram as únicas palavras que eu sabia em inglês 

o homem sem falar nada começou a dirigir. Depois de um tempo ele me deixa em frente ao hotel, entreguei o dinheiro para pagar a corrida, sai do carro e entrei no imenso edifício, caminhei até a recepção, mas ainda não sabia falar inglês 

- alguém aqui é brasileiro ?- gritei

logo um homem levantou um mão, e se aproximou de mim

- pode me ajudar, não sei falar nada de inglês, e queria encontrar meu primo que mora aqui nesse hotel - falei assim que o homem se aproximou de mim  

ele conversou algumas coisas com a recepcionista e logo se vira novamente para mim

- como ele se chama ?

- ele se chama Jackson Arquibaldo Nunes - falei sorrindo 

ele continuou falando com a mulher, e logo percebo que ele agradece 

- ele está no quarto setecentos e trinta, no oitavo andar 

- obrigado pelo ajuda moço - falei já caminhando para o elevador 

apertei o botão do oitavo andar, e logo o elevador começou a subir. eu estava ansioso, fazia anos que eu não o via, não sei como ele iria reagir apesar de eu estar morto, ou quase. As portas se abriram  e logo dei de cara com um corredor imenso. Sai procurando pelo quarto e encontrei, dei umas batidas na portas, e bem vagarosamente ela é aberta 

- Arty- foi apenas o que o Jack disse antes de desmaiar 

entrei no apartamento e puxei ele para o sofá, esperei ele acordar, e rapidamente vejo seus olhos se abrindo, e nesse mesmo momento ele se assusta com minha presença 

- Arty, o que faz aqui ?, você morreu 

dava para perceber nos olhos dele, que ele estava chorando muito, acho que ninguém da minha família vai conseguir superar a minha morte 

- Sim, eu morri, mas estou de volta novamente - falei encarando ele que estava sem reação 

- mas como isso é possível ?

- eu nunca conheci o meu amor verdadeiro, eu fui mandado de volta para conhece-lo, apenas conhecer, mas eu acabei me apaixonando, e isso acaba sendo um crime para os espíritos, e para não ser levado eu tive que fugir do Brasil - expliquei calmamente  

- então você é o que ?, um hibrido ?- perguntou ele me encarando 

- Sim, sou metade fantasma e metade humano 

- isso é surreal - falou ele colocando as mãos na cabeça 

- Jack, quando  uma pessoa morre com pendências na terra, ele retorna, e fica vagando por aqui até concluir as coisas pendentes 

Jack rapidamente me abraça, e acabo retribuindo 

- que maravilha, você não e gelado 

- eu estava morrendo de saudades de você 

- mas então me conta sobre a pessoa que você está apaixonado - falou ele finalmente me soltando 

pensei por alguns minutos, e me veio um sorriso imenso em meu rosto 

- ele é lindo, e doce, e sensível, não tem como não se apaixonar por ele  

- Arty, se você gosta dele tem que lutar por tudo que impede, fugir não resulta em nada - falou dando um meio sorriso 

- Sim, mas fugir foi a única saída que eu tive, pelo menos até as coisas baixarem um pouco 

- mas então, sua mãe sabe da sua volta ?- perguntou ele curioso 

- não ela não pode saber, acho que seria outro crime para o mundo espiritual. Acho que por eu estar aqui falando com você já está sendo considerado um crime 

passamos a tarde toda conversando, esclareci tudo o que podia para ele, e como sem Jack me deu bons conselhos 

- então, onde está seu namorado ?- perguntei olhando para os quatro cantos 

- ele está trabalhando, só chega mais tarde, você vai conhecer ele 

Jack fez alguma coisa para mim comer, e depois que eu comi, ficamos na sala assistindo TV, e conversando coisas aleatórias.  

Paixão FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora