Andrew Narrando
estava meio chateado com tudo que Moisés tinha me dito, mas eu não poderia deixar isso me afetar
- Andy, não quer mesmo me contar o que aconteceu naquela biblioteca ?- perguntou Ester sorrindo
- Amiga, acho melhor você não ficar sabendo - falei sem expressão
- ok, se quiser me contar estarei aqui
por um breve momento eu acabei me arrepiando, parecia que tinha um espirito ao meu lado, mas acho que poderia se apenas o vento que vem do corredor. Depois de um tempo, do nada Moisés desmaia, todos começaram a correr em direção ao garoto que estava apagado, realmente eu havia ficado preocupado, mas ele havia deixado bem claro que queria distancia de mim, então eu não iria ajudar.
depois que terminou as aulas, recebi noticia de que Moisés estava bem, segui para casa, e quando estava atravessando a rua, quando um carro venho em alta velocidade em minha direção acabei paralisando, se eu corresse o carro me acertava e se eu ficasse me acertava do mesmo jeito. fechei os olhos e esperei o impacto.
Logo sinto alguma coisa me puxando para o lado. Cai na calçada sentado, queria muito saber o que tinha me puxado, mas por eu estar longe da escola, não como alguém me dizer quem tinha me puxado. O carro havia passado direto, não sabia quem era. continuei andando pela calçada, dessa vez com mais cuidado.
Depois de uns minutos cheguei na frente de casa. Arti estava sentado em minha porta, acho que ele estava me esperando para falar alguma coisa, andei pelo caminho de pedra até a porta, logo que me viu ele se levantou sorrindo.
- oi Andy, estava te esperando chegar da escola
- oi Arti, estava com saudades ?- perguntei sorrindo
- mais ou menos
- bom, então agora eu tenho que ir para o curso, e só chego em casa depois das dez
eu estava com um pouco de medo de pegar aquele mesmo caminho, aqueles arbustos ainda me lembrava da morte do garoto, e eu não sei como isso iria reagir em meu subconsciente
- sem problemas, quando você chegar nós conversamos - falou ele me dando espaço para passar
- ei, quer tomar um banho comigo ? - falei vendo ele ficar vermelho - quer dizer, você pode usar o banheiro de hóspedes, eu te empresto algumas roupas minhas
- não vou recusar, realmente estou precisando de um banho
entramos dentro de casa, e logo fechei a porta.
ARCHIE NARRANDO
HORAS MAIS CEDO
Andy tinha acabado de sair para a escola, eu tinha que admitir que estava preocupado com ele
- você vai ficar ai, com essa cara de preocupado ? - perguntou meu tutor brotando do nada
- o que eu posso fazer ?
- fique invisível e vá atrás dele- falou ele me encarando
me concentrei, pensei fortemente no Andy, e mais uma vez a pequena explosão se fez presente, forcei meus pensamentos e logo tudo voltou para mim, me deixando invisível
- Afinal, eu nunca perguntei seu nome
- eu me chamo Geovane, agora vá atrás dele - falou ele apontando
segui pelo caminho em que o garoto havia ido. Parecia que eu podia sentir o calor do corpo dele, de alguma forma eu sabia por onde ir. Depois de caminhar por alguns minutos, acabei chegando em frente a uma escola, extremamente grande e bonita. Entrei no local e deixei meu coração me guiar, em alguns minutos estava em frente a uma biblioteca, entrei na mesma, andei pela sessão de romance.
e lá estava ele sentado conversando com o amigo, resolvi manter distância para não ouvir a conversa. Depois de alguns minutos o tal do Moisés se levanta estressado, ele diz alguma coisa e sai da biblioteca com um livro nas mãos. Era possível ver que nos olhos de Andy tinham algumas lágrimas, e pelo visto a conversa não foi boa, ele saiu da biblioteca e seguiu para a sala de aula. Andy se senta na cadeira e eu fico em pé vendo ele com a cabeça sobre os braços.
De alguma forma eu estava estressado, não sabia o que tinha acontecido na conversa, mas eu estava com muita raiva do Moisés. percebi que de mim, ao invés de estar saindo uma fumaça branca, ela estava meia avermelhada, acho que era por conta da raiva. O menino entra na sala e olha para mim, achei que ele não pudesse me ver, mas eu fiz alguma coisa para que apenas ele conseguisse me ver.
fechei a cara fortemente, ele logo seguiu para uma cadeira quase no fundo da sala. Eu estava afim de me vingar, e assim eu fiz, juntei toda a raiva e segui para onde Moisés estava sentado. Disse que tudo foi culpa dele, e assim ele acabou desmaiando. Eu estava feliz com o que fiz, mas ao mesmo tempo estava com medo do que o Alister iria fazer comigo depois que descobrir o que fiz.
Passei a tarde inteira ao lado de Andy, vez ou outra colocava a mão nele e o sentia estremecer. Acho que quando eu estou invisível a minha pele fica fria. Logo ele saiu da escola, no meio da rua quase que ele sofre um acidente, por sorte eu o puxei, acho que se ele morresse eu iria morrer novamente junto com ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Paixão Fantasma
Non-FictionAndrew vive com sua mãe em uma pacata cidade, o pai do garoto acabou falecendo quando o menino tinha apenas seus seis anos de idade. Andrew doce e delicado, e desde criança cisma que tem um amigo imaginário, e assim ele cresce até que esse amigo des...