Idiota - T3ddy

Cap 38 || Apê

Alguns dias se passaram.

Minha mãe conseguiu outra liminar na justiça e agora aquele Instagram não pode mais falar do Lucas e eu, eles apagaram todas as postagens e em alguns dias teremos uma audiência de conciliação, mas foi como jogar álcool no fogo, já que agora os outros instas falam sobre o assunto.

Lucas e eu continuamos juntos, mas agora toda a internet sabe, é meio estranho, mas me sinto estranhamente aliviada com isso.

Nesse momento vamos nos encontrar com uma corretora para conhecermos alguns apartamentos novos. Lucas tentou me enrolar, mas eu insisti e ele se deu por vencido.

- Lucas porque meu tênis tá assim? - Perguntei segurando meu tênis na mão.

- Assim como? - Lucas perguntou.

- Amarelado. - Disse olhando meu tênis. - Ele é branco.

- Porque ele tá sujo. - Lucas respondeu.

- Como assim? Eu não pisei em lugar nenhum para sujar.

- Mas tênis suja, Maria Luiza. Você achava o quê?

- Que o tênis era feito de um material que não sujava, sei lá. - Disse com nojo depois de descobrir. - O quê eu faço agora? Coloco fora?

- Não, né. - Lucas disse rindo. - Você limpa.

- Mas porque nenhum tênis meu nunca sujou?

- Porque alguém limpava para você. Agora chegou a vez de você colocar suas lindas mãozinhas para limpar seus tênis.

Lucas disse e eu olhei com nojo para o tênis, eu não queria limpar isso.

- Limpa para mim, amor. - Pedi fazendo uma voz doce.

- Você tá querendo me fazer rir? - Lucas disse e se aproximou de mim. - Limpa você.

- Eu não, vou escolher outro tênis para ir. - Disse indo em direção do quarto.

- Preguiçosa. - Lucas gritou da sala.

Olhei nos calçados que trouxe e achei outro tênis da Balmain, lembrei das vezes que minha mãe me disse para não usar esse tênis quando fosse sair, pois era perigoso me assaltarem, mas nesse momento ele era o único que parecia limpo.

- Vamos? - Perguntei aparecendo na sala.

- Você vai com essa roupa a mulher vai querer nos mostrar uma mansão. - Lucas disse levantando do sofá.

- Eu quero um lugar confortável para morar com meu filho. - Disse e o Lucas me olhou com os olhos semicerrados. - E com meu amor.

- Vamos logo, Maria Luiza. - Lucas disse passando por mim, mas antes de sair pela porta ele passou a mão na minha bochecha. - Exagerou no blush.

- Mentira? - Disse e corri em direção do banheiro para olhar meu rosto, mas minha maquiagem estava normal, ao voltar para sala encontrei o Lucas rindo. - Eu não sei como eu ainda caio nisso.

- Porque você é tonta. - Ele disse abrindo caminho para eu passar. - Minha tontinha.

- Eu não sou sua, Lucas. - Disse caminhando na sua frente.

Lucas e eu conhecemos uns 5 apartamentos, mas nenhum parecia bom. Quando eu não achava muito pequeno, o Lucas reclamava que era muito grande. Ele não entende que precisamos de um quarto para nós dois de preferência que tenha um closet para caber minhas coisas, o quartinho do bebê, o meu estúdio, o estúdio dele e outro quarto de visitas, além de uma cozinha grande, sala de jantar, sala de estar, uma varanda confortável e no minimo um banheiro para mim e outro para ele já que não gosto de dividir meu banheiro.

Quando estávamos visitando o sexto apartamento encontramos um que não era perfeito, mas era próximo disso. Ele não era tão grande, mas pelo menos tinha 4 quartos que era o suficiente por enquanto. Combinamos que o closet seria praticamente meu, já que o Lucas não tem muitas roupas, então eu poderia facilmente gravar ali, Lucas teria seu escritório, o quarto do bebê tem um tamanho ótimo e ainda teremos um quarto de visitas, eu estava feliz com a nossa escolha.

Ontem conversei com a Giovana e combinamos que ela só vai fazer o projeto do quarto do bebê, já que o apartamento todo ela não se garantia, mesmo eu achando que ela faria um trabalho incrível e seria super especial minha primeira casa ser projeto dela.

Hoje jantaríamos na casa dos meus pais e Lucas foi o caminho inteiro reclamando que eu não gostava de nada dos apartamentos que visitamos. Eu só ignorava já que a maioria dos lugares quem colocava defeito era ele.

Chegamos na casa dos meus pais e fomos recebidos pela minha avó e minha mãe, os meninos estavam bebendo no escritório do meu pai, Lucas foi encontrá-los, mas eu o alertei para não beber já que ele precisaria dirigir.