Brittany POVA tarde terminava quando Brittany entrou em casa na quarta-feira, cheia de indecisão. Ela estava morrendo de saudades, louca para pegar o telefone e falar com Santana, mas a garota também precisava tomar um banho antes de ir se encontrar com a namorada. Todo mundo saiu junto de Santos, e a vantagem que o pai do Renato havia colocado sobre o seu pai, precisando fazer pelo menos uma parada por causa das crianças, não era tão grande. O resto da família devia estar estourando por aí e já bastava o enorme engarrafamento que eles enfrentaram na estrada. Brittany não precisava de outro na porta do banheiro.
A escolha foi tirada das suas mãos pelo toque alto do telefone ecoando pelo apartamento vazio. Ela voou até o aparelho, porque só podia ser uma pessoa.
- Brittany... - Foi a resposta ao seu alô, na voz rouca e trêmula de Santana.
Tamanho anseio em uma única palavra que disse tanto. A garota suspirou de saudades igual à que apertava seu peito, de repente um alívio em seu coração se instalou por estarem se falando depois de cinco dias de silêncio forçado, e mais o importante, que carregava a mesma alegria por estarem na mesma cidade, a meros minutos de distância.
- Você usou os seus poderes de cigana? - Brittany encostou a testa na parede e sorriu, os olhos fechados. Como ela conseguiu ficar todos esses dias sem a namorada? - Eu acabei de entrar em casa, e nem larguei as bolsas ainda.
- Desculpa! Me liga quando você acabar de chegar.
- NÃO! Escuta. - a garota disse rápido e virou o fone para o lado em que largou a mochila e a bolsa de viagem no chão com um estrondo. - Pronto! Cheguei.
Santana riu. Será que a morena acharia estranho se ela pedisse para gravar um áudio de 10 minutos com suas risadas? Se Brittany tivesse essa ideia antes do carnaval, poderia ter passado todos os dias, o dia inteiro, escutando seu som preferido.
- É que eu cheguei há um tempão, e... você acha que vai dar pra gente se ver hoje?
- Santana, a única pessoa que pode impedir a gente de se encontrar hoje é você, a menos que não queira me ver.
- Tá brincando? Eu tô pronta. Eu te pego daqui a uma hora?
- Meia hora! Eu só preciso de uma chuveirada. E nesse caso, uma chuveirada mesmo. Quer dizer... Esquece.
Elas não perderam tempo nas despedidas. Era dia de reencontro e Brittany precisava agir, e agir rápido. Quando a turma da bagunça chegou, a garota estava pronta para descer e esperar Santana.
- Mas já? - A mãe retorceu os lábios, com as mãos na cintura.
- Mãezinha do meu coração. - Brittany andou até ela e se curvou para lhe dar um beijo na testa. Era tão engraçado ela ser mais alta que a mãe. - Eu fiz tudo o que a senhora me pediu nesse feriado, sem reclamar. Brinquei com as crianças, tirei o lixo, lavei a louça, e a não ser que a senhora tenha ficado escutando as minhas conversas com o Renato, não me ouviu falar da Santana nem uma vez. E foi tudo maneiro, mas eu tô com saudades da minha namorada e queria sair com ela, posso?
Brittany não estava realmente pedindo. Não existiria nada mesmo que pudesse impedi-la de ir ver Santana, e sua mãe não tinha um motivo bom o suficiente para fazê-la ficar em casa, a não ser que ela quisesse dar uma de megera. Mas a tática de humildade da garota funcionou, e a expressão da mãe mudou de irritação para arrependimento.
- Claro que pode. - A mãe levantou a mão e acariciou seu rosto. Eu não quero ser uma dessas mães chatas que implica com a namorada dos filhos à toa, desculpa.
- Tá desculpada. A gente vai só comer alguma coisa, eu não vou chegar muito tarde.
- Duda. - A voz da mãe a parou na porta e ela se virou para escutar a regra daquela noite. - Hoje não, porque tá tudo uma bagunça, mas uma outra hora, traz a Santana aqui em cima. Eu também quero conhecer a sua namorada.
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EDUARDA & MÔNICA BRITTANA
Fanfiction"Ela era de leão e a outra tinha dezesseis. Ela fazia medicina e falava alemão e a outra ainda nas aulinhas de inglês. Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, do Caetano e de Rimbaud. A Eduarda gostava de novela e jogava fu...