Brittany POVO resto da bebida desceu macia, e Brittany trocou seu copo vazio por um cheio. Ela forçou seus pés a se desgrudarem do chão e foi dar uma circulada, era sempre melhor fingir que estava indo a algum lugar que parecer uma pilastra no meio do caminho. A energia dessa festa parecia a da casa do Finn, vários grupinhos de pessoas bebendo e conversando, que mesmo separados davam a impressão de serem um só. A pista de dança estava abandonada, a não ser por três meninas corajosas, ou já bêbadas além da conta para se importarem em manter a fachada de eu-sou-superior-demais-para suar-e-me-divertir-como-um-mero-mortal.
E por falar em álcool, seu copo estava vazio novamente. A loira pegou sua terceira caipirinha e sentou na beirada do canteiro que contornava o muro do fundo, resolvida a maneirar na bebida. Seu objetivo era perder a inibição, não a noção de tudo. Era difícil não extrapolar, mas Santana deveria estar voltando e a namorada sempre a ajudava a se manter na fina fronteira entre a bêbada social e a garota bêbada desagradável.
Ela devia ter convidado o Renato para vir junto, Brittany riu sozinha. As palhaçadas do amigo espantavam o tédio de qualquer situação, e se ele estivesse ali, os dois estariam tendo altas discussões sobre o que era melhor, serem ignorados ou precisar aturar o papo chato daquela gente? A loira não se importava de ser a garota invisível, já o Renato era da turma do antes mal acompanhado do que sozinho.
E como que para que testar essa teoria, duas garotas se aproximaram. Elas pareciam gêmeas que as mães vestem com as mesmas roupas de cores diferentes, mas as duas nem eram parecidas, uma era alta de cabelos escuros, enquanto a baixinha era tão loira que parecia ter cabelos brancos.
- E aí, amiga? - A mais alta perguntou. - Tá parecendo perdida. - Tem certeza que tá na festa certa?
Era só o que faltava, ser confundida com uma penetra e colocada para fora.
- Certeza. Aniversário da Quinn, amiga da Santana, minha namorada.
- A Quinn tá com o Finn. - A outra loira afirmou como se tivesse acabado de descobrir que o sol é quente.
- Ela quis dizer namorada da Santana, sua besta. - A alta deu um tapa na cabeça da outra e se encostou no canteiro, ao lado de Brittany. - Você se importa se a gente ficar aqui?
- Não? - Brittany não sacou porque as duas queriam a sua companhia. É verdade que ela estava afastada da agitação e com uma ótima visão da festa, mas as garotas não pareciam o tipo que gostavam de exercitar a arte da observação como ela estava fazendo.
- Dalmarco ou Lopez? - A morena tirou alguma coisa do bolso e Brittany observou fascinada enquanto a outra apertava o que parecia ser um cigarro caseiro. A garota tentou disfarçar o espanto do que era seu primeiro contato imediato do terceiro grau com o proibido mundo das drogas. Quando ela não respondeu, a desconhecida refez a pergunta.
- Você é namorada da Santana Dalmarco ou da Santana Lopez?
Seu súbito ataque de estupidez podia ser atribuído ao fato da garota estar acendendo um cigarro de maconha bem ali na sua frente, e de todos os outros convidados, como se fosse o ato mais casual do mundo, mas a verdade era que Brittany não lembrava o sobrenome de Santana. Como ela podia estar no nível namoro com sexo sem saber uma coisa básica? Também, se o assunto não surgisse com naturalidade como se descobria esse tipo de informação? Não dava para chegar e perguntar, "oi gatinha, você é linda e eu tô a fim de você, como é mesmo o seu sobrenome?"
Felizmente, ela foi salva de responder pela outra garota.
- Não pode ser a Lopez. - A menina loira afirmou pegando o baseado depois que a mais alta deu uma longa tragada e parecia estar prendendo o fôlego. - Ela tá com o Sam.
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EDUARDA & MÔNICA BRITTANA
Fanfiction"Ela era de leão e a outra tinha dezesseis. Ela fazia medicina e falava alemão e a outra ainda nas aulinhas de inglês. Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, do Caetano e de Rimbaud. A Eduarda gostava de novela e jogava fu...