12 - Hoje a noite não tem luar

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Brittany POV

A primeira coisa que incomodou Brittany foi a britadeira a todo vapor dentro de sua cabeça. Talvez abrir os olhos não fosse a melhor opção, mas ela precisava descobrir o que tinha de errado com a luz. Ela não estava vindo do lado certo e parecia da cor errada. Luz tinha cor?

A garota entreabriu os olhos, e os fechou de novo, rapidamente, com a claridade maior que o normal. Que porra tinha acontecido? E, por que ela estava no quarto do Renato?

Apesar da dor e da náusea, Brittany tentou se lembrar. Santana tinha saído para assinar um cartão e ela havia ficado sozinha, ela estava na terceira caipirinha, duas garotas chegaram e...

Puta que pariu!

Brittany sentou na cama com um pulo, o que foi um erro enorme. A garota respirou fundo, tentando controlar a vontade de colocar as tripas para fora, o Renato acabava com a sua raça se ela se atrevesse a vomitar naquele quarto.

Com tudo sob controle outra vez, Brittany voltou a se concentrar nos acontecimentos da noite passada.

Ela tinha fumado maconha!

Cara, como ela pode ter sido tão imbecil? Santana a deixava sozinha por alguns minutos e ela fazia uma idiotice sem tamanho. Mas também não foram alguns minutos, sua namorada sumiu um tempão.

Ela conversou com outro cara cujo nome seria um mistério para sempre, mas Brittany teve a impressão de não ter ido com a cara do babaca, ela também tinha bebido vodca, o gosto da bebida ainda amargava sua boca, e... Mais nada.

Nenhuma lembrança do caminho de volta até a casa do Renato, e do que deve ter sido uma viagem e tanto. Santana não podia ter ficado feliz por tê-la encontrado bêbada e chapada e, no mínimo, brigou com ela. E ela deve ter ficado muito mal pois a namorada não teve coragem de levá-la para casa e apelou para a ajuda do Renato.

E, por que Brittany não se lembrava de nada daquilo?

O Renato era a única esperança das respostas que Brittany precisava tanto. Suas roupas estavam jogadas no canto e foi então que a loira percebeu que usava um short que não era dela, e só. Não, nenhuma recordação de ter trocado de roupa também. Assim que a mão tocou a camiseta Brittany percebeu que ela fedia a maconha e vômito e a sua mãe não iria matá-la se desse um sumiço nela. Na camisa, não na mãe.

– Finalmente, a bela adormecida acordou. - A voz de Renato veio de trás da garota e ela se virou muito rápido, precisando se apoiar na parede para não cair. – Passando mal?

Foi impossível acreditar na sinceridade da pergunta com o amigo morrendo de rir da sua desgraça.

– Cara, alguém anotou a placa da carreta que passou por cima de mim? - A loira escutou outra gargalhada. — Você podia me arrumar um copo de água?

– Já volto. - Renato pareceu se comover, mesmo que ainda estivesse rindo.

Brittany desabou de volta no travesseiro, a cabeça rodando e o corpo suando frio. Puta, merda, ela nunca mais ia pôr uma gota de álcool na boca!

– Toma. - O amigo voltou poucos minutos depois e lhe estendeu um comprimido e um copo d' água. Brittany queria mais água, sua boca estava super seca, mas seu estômago não estava feliz e ela precisava manter o remédio lá dentro tempo o suficiente para fazer efeito.

– O que aconteceu? - A garota se aventurou a perguntar, com o medo da resposta comprimindo o peito. – Primeiro, você avisou a minha mãe que eu dormi aqui, né?

– Claro sua boba, ou a essas horas a polícia federal já teria baixado aqui na rua.

Por falar em horas, Brittany olhou o relógio de pulso. Caramba! Três e meia, ela tinha dormido praticamente o dia todo.

EDUARDA & MÔNICA        BRITTANAOnde histórias criam vida. Descubra agora