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Hunter observou Alisson enquanto ela dormia, ela chorou por um longo tempo, e depois dormiu. Ele subiu até o quarto e pegou um cobertor, jogou por cima dela e ficou ali do seu lado. Ela se mexia vez ou outra e ainda fazia a cara de choro, isso matava Hunter aos poucos. Caramba, como doía o seu coração.

Depois de mais uma olhada nela, ele caminhou até a cozinha e puxou o celular do bolso, clicou no nome de Ronan, o homem atendeu no segundo toque.

— Você está bem?

— Sim, — Hunter deu uma espiada na direção de Alisson, ela ainda dormia, — Preciso que pesquise sobre um cara chamado Jordan Graham. Pode ser?

— Quem é ele?

— Um neurocirurgião... preciso ter certeza sobre quem ele é, e se é realmente bom no que faz.

— Hunt, você vai..

— Talvez...

🍰☕⛸🏒

Hunter estava mexendo no notebook quando Alisson acordou, passava da meia noite. Ela coçou os olhos, e pareceu não saber exatamente onde estava.

— Oi. — Ele disse fechando o notebook e o colocando sobre a mesa de centro, ela sentou-se no sofá, o encarou por um segundo e depois baixou os olhos.

— Desculpa por..

— Tudo bem. Como se sente?

— Bem. — Ela disse, mas os olhos ainda estavam longe dele. — Preciso ir pra casa, que horas são?

— Um pouco mais de meia noite.

— Deus.. — Ela levantou rapidamente se atrapalhando com o cobertor, — Minha mãe deve ter surtado, milagre o Kai não ter vindo aqui...

Eleanor Evans, ela não gostava nenhum pouco de Hunter, ele sabia disso. Iria surtar ao saber que Alisson estava novamente naquela casa.

Hunter se colocou de pé e ajudou Alisson com o cobertor, então a observou. Ela estava com o rosto corado, os olhos ainda estavam vermelhos e um pouco inchados por conta do choro de mais cedo.

— Se sente bem mesmo?

— Estou bem, é sério.. você?

– Sim, estou bem. — O que não era uma mentira, ele realmente se sentia um pouco melhor, tirando a dor no coração por vê-la daquele jeito, ele estava bem. Claro, se ele esquecesse que tinha um pequeno problema no cérebro que deveria resolver.

— Tenho que ir.

Ele assentiu e pegou o casaco, ela o olhou franzindo a testa.

— O que?

— Porque pegou o casaco?

— Porque não vou te deixar ir pra casa sozinha..

— Estou de carro. — Ela o encarou. Ele levantou uma sobrancelha.

— E estou falando que você não vai sozinha, vou com você até lá..

— E vai voltar como? Pelo que vi você não tem um carro aqui.. o que aconteceu? Você não é milionário? — Agora foi a vez dela levantar a sobrancelha. Ele engoliu uma risada. Ela era teimosa demais.

— A ideia é não ser notado... então andar pela pequena cidade de BMW provavelmente chamaria a atenção..

— Poderia ter alugado outro modelo, outra marca...

— Ali.. — Ela o olhou profundamente, — Uma vez na vida, você pode fazer o que eu peço?

— Tá, posso fazer isso uma vez na vida. — Disse e então saiu, ele sorriu e a seguiu.

🏒⛸☕🍰

Dessa vez ela o deixou dirigir o fusca, era tão diferente estar ali novamente. Ele olhou pra Alisson que roia as unhas.

— Pode parar de fazer isso? — Ele perguntou, ela o ignorou e continuou fazendo. Ele soltou um suspiro baixo. — Porque você é tão teimosa?

— Porque você é tão idiota? — Ela perguntou levantando a sobrancelha, ele sorriu e continuou olhando pra frente, mas sentia o olhar mortal dela sobre ele.

— É um dom.

— Sim, um dom de me irritar..

— Desculpa se sou tão irritante, mas te ver roer as unhas me deixa nervoso, porque sei que tá nervosa quando faz isso.. — Ele a olhou rapidamente, ela o olhou irritada e virou a cara, carrancuda. — Já está carrancuda..

– Porque você me irrita, me deixe roer as unhas em paz e ponto final.

— O senhor Anthony ainda tem aquela lanchonete que fecha lá pela madrugada? — Ela franziu a testa, — Estou com fome.

— Tem... — Era uma lanchonete que eles costumavam ir, era um dos lugares favoritos dos dois na época em que namoravam, ele amava o milk-shake de lá. Sentia falta de tantas coisas ali.

— Ainda vai lá?

— As vezes.. — Ela respondeu enquanto puxou o celular e começou a mexer.

— Vamos lá? — Ele perguntou incerto, não sabia se era legal ir lá, mas queria passar as últimas horas dele na cidade,  ao lado dela. Ela pareceu pensar um pouco e então olhou pra ele.

— Certo.

Lar, doce lar.Onde histórias criam vida. Descubra agora