Dose de Problema.

Capítulo 16

A ansiedade vai me matar!!

Acordei às 05:00 da manhã sem ter conseguido dormir direito. Passei a noite inteira sonhando com o jogo.

Odeio ser uma pessoa ansiosa!

O jogo está marcado pras 09:00 ainda. Não sei o que fazer durante esse tempo.

Pego meu celular e ligo pra Lily. Foda-se se ainda é cedo.

— Amy ? O que aconteceu? — Ela pergunta com a voz de sono.

— Não consigo dormir!  Acho que vou enlouquecer.

— Amy... pelo amor de Deus e pelo meu sono sagrado, VÁ DORMIR!  — Gritando ela desliga na minha cara.

Obrigada Lily, irei me lembrar de sua gentileza no futuro.

Faço outra ligação, dessa vez Tyler vai ser minha vítima.

— Alô é o Tyler. Se for urgente grave um recado e se for a Amy..... volte a dormir. — Caixa de mensagem.

Que belos amigos eu tenho. Amigos da onça isso sim.

Rolo a tela do celular em busca de mais alguém que eu possa ligar.

"Logan 🥊" Aparece na tela.

Porque não, não é mesmo ?

— Hum? — Quem caralhos atende o telefone assim ?

— Te acordei? — Pergunto cínica.

— Bem que Tyler avisou que você ligaria. Eu deveria ter desligado essa porra de celular.

— Não seja mau comigo, Logan. Eu apenas não consigo dormir.

— Mas eu consigo, Amy. Tchau.

Filho da puta! Desligou na minha cara.

Já sei....

Esses dias eu acabei me viciando no BTS, especificamente, em Taekook.

Abro o tiktok e fico vendo vídeos até as 07:30.

Tomo banho e coloco meu uniforme do jogo.
Ele é em uma tonalidade de azul bem escuro com o nome " Miller " e o número "10" atrás.

Optei por colocar apenas meu sobrenome na camisa.

Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo e troco a bolinha do meu piercing por uma com a estampa de uma bola.

Ganhei esse item peculiar no amigo secreto no ano passado. É meio brega, mas eu uso.

Calço minhas meias e pego minhas chuteiras.

Desço pra cozinha onde eu tomo meu café da manhã.

Meus pais estão viajando de novo, ou seja, eles não irão me ver jogar. Mas eu não ligo.

Volto pro quarto, escovo os dentes e fico mexendo no celular até a hora de sair.

[...]

Chego na escola às 08:30. Às arquibancadas em volta do campo estão lotadas, metade pelos alunos e familiares da nossa escola e a outra parte pelos alunos e familiares da Suny.

Tenho um pequenos ranço pelos alunos de lá, não todos, apenas a maioria.

Passo meus olhos pelos lugares em busca de alguém conhecido.

Vejo Rafael que acena pra mim.

Sorrio e aceno de volta.

Continuo olhando até ver algo que faz meu estômago se revirar.