Capítulo 9

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Diana

Depois que sair com meu irmão percebi que já tinha ficado dentro de casa tempo demais e passei a sair mais, outra coisa era que já não pensava mais no que tinha acontecido, lembrava cada vez menos do Bernardo confesso que eu o amei muito, mas depois de tudo que aconteceu, eu perdi totalmente a confiança nele e para um relacionamento dar certo é preciso ter confiança, respeito e foi exatamente isso que disse para minha mãe outro dia quando ela me perguntou se caso ele se desculpasse e esclarecesse o que aconteceu se eu daria outra chance a ele, eu ia sempre desconfiar e eu não queria viver dessa forma.

Tornei das saídas com meu irmão e seus amigos um hábito e toda sexta íamos para lugares diferentes, tanto os rapazes como as meninas eram ótimos e me dei bem com todos, e uma pessoa que fiquei bem próxima foi o Dante, além de muito bonito ele tinha uma conversa bem agradável e naquela sexta-feira enquanto o pessoal não chegava conversamos bastante e nunca tinha me sentido tão a vontade com um cara como me sentir com ele, a conversa ia fluindo tão naturalmente e foi assim que descobrir que além de engenheiro civil formado, ele estava fazendo uma especialização em designer gráfico, dei várias dicas pra ele e com a desculpa de precisar de mais alguma dica ele pediu o número do meu celular, trocamos números e desse dia em diante conversávamos todos os dias e já até saímos sem estar com o pessoal  e em uma dessas saídas descobrir que ele era pai, ele me contou que assumiu  a responsabilidade de cuidar do sobrinho depois do irmão e da cunhada terem sofrido um acidente de carro, onde um motorista alcoolizado e dirigindo em alta velocidade invadiu a calçada de um barzinho onde eles estavam e atropelou várias pessoas, sem entrar em muitos detalhes do acidente só disse que os dois morreram na hora, ele contou também que nesse dia era pra ele estar junto com os dois, mas preferiu ficar em casa com o sobrinho para que o irmão tivesse um tempinho só com a esposa, porque depois que o bebê nasceu eles só saiam com o filhinho.

Ele me mostrou várias fotos e vídeos do pequeno que já estava com quase 03 aninhos e era a coisa mais fofa, na hora lembrei dos gêmeos da Sofia e dos meninos da Clarinha, estava morrendo de saudades deles. 

As semanas foram passando, já tinha mais ou menos 4 meses que estava na casa dos meus pais, mas já estava pensando em voltar, ficar com eles foi a melhor coisa que fiz, mas já estava entediada de ficar sem trabalhar, mesmo fazendo uns projetos freelance, sentia falta da rotina, da correria de ter prazos e em uma conversa com minha cunhada e o Diogo me fez pensar seriamente em abrir minha própria agência, tinha experiência e o apoio da minha família e dos meus amigos, quando conversei com as meninas elas disseram que me apoiariam em tudo, até o Dom e o Miguel me deram a maior força, eles disseram que iam sondar o pessoal que tinha sido demitido se eles aceitariam trabalhar comigo, pelo fato de que estaria começando do zero e enquanto aguardava uma posição deles, estava organizando toda a documentação que precisaria para abrir a agencia e vendo também um local de bastante visibilidade, tinha encontrado algumas estabelecimentos que estavam fechados no centro e pedi pra Clarinha ver toda situação legal, em questão de impostos, documentação, essas coisas.


Hoje eu ia ficar com a Angel durante o dia, porque a Debora ia para uma entrevista de emprego, apesar do Diogo dizer que ela não precisaria se preocupar com isso, mas era algo que ela queria muito, ate porque ela sempre trabalhou, eles conversaram muito e acabaram entrando em um acordo, enfim. 

Como ia passar o dia com a pequena, combinei com o Dante de passear com os pequenos no shopping a tarde já que ele não daria aula e enquanto não dava a hora de nos arrumar estava brincando com a Angel no jardim de casa quando vi o carro do Miguel estacionar em frente a casa, estranhei e já comecei a ficar preocupada imaginando o que teria levado o Miguel até a casa dos meus pais e já ia pegando celular para ligar pra Clara, porque se o Miguel estava ali na minha cabeça tinha acontecido alguma coisa com a  Sofia ou com as crianças, quando vejo o Bernardo saindo do carro e vir em minha direção, sempre pensei que sentiria alguma coisa quando o visse, mas por incrível que pareça não sentir nada e fiquei feliz por ter a certeza que já tinha superado tudo. 

Peguei a Angel no colo e fui até o portão que estava fechado.

- O que você está fazendo aqui Bernardo e com o carro do Miguel?

- Oi Diana, desculpa vir aqui assim sem te avisar, mas eu precisava conversar com você. E o carro eu pedi emprestado ao Miguel porque imaginei que se você visse meu carro não ia querer falar comigo.

- Nada a ver isso, eu ainda posso não querer falar com você. 

- Verdade, besteira minha né? Mesmo assim eu preciso falar com você, por favor. 

- Você não acha que é um pouco tarde pra isso não? Quatro meses Bernardo e só agora você aparece aqui, eu não vejo onde você vir aqui agora vai mudar alguma coisa no que aconteceu.

- Mesmo que nada mude, antes tarde do que nunca. 

Fico olhando para ele e vejo o quanto está diferente, ele está mais magro, com o semblante abatido, com enormes olheiras abaixo dos olhos, fico imaginando o que ele pode estar passando para estar dessa forma, abro o portão e peço para que ele entre, volto para o lugar onde estava com a Angel e coloco ela sentadinha na manta enquanto me sento nos bancos de madeira e peço que ele sente também, assim que o faz ele fica me olhando por um tempo sem nada a dizer até que diz:

- Apesar de ter demorado tempo demais eu vim aqui para lhe contar tudo o que aconteceu. 

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Oie amores!!!

Estou em falta com vocês não é mesmo, mas aqui estou com mais um capitulo fresquinho. O capítulo está pequeno, mas pra não deixar vocês mais tempo sem postei, o próximo é do Bernardo. 

E ai, o que vocês acham que aconteceu? Deixem nos comentários, vamos ver se alguém irá acertar. 

Beijos e vamos ler muito.

Votem e comentem muitoooo. 


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