Capítulo 7

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Aproveitei que ainda tinha dois dias para colocar as coisas em ordem antes de viajar, pedi as meninas que cuidassem do meu apartamento e das minhas plantinhas e pegassem com o Cesar as correspondências que fossem chegando, e que não precisava se preocupar com contas de água, luz, gás que tinha colocado todas pra debitar direto da minha conta, e hoje faz exatamente um mês que estou aqui com minha família e vou ser sincera gente só depois que cheguei aqui que percebi o quanto sentia falta de todos eles.

Minha mãe assim que me viu já veio com aquele papo de que eu estava muito magra, que precisava me alimentar melhor e pegar uma carninha (palavras dela) e vou te contar viu ela está seguindo a risca com isso, todos os dias ela faz comida como se fosse para um batalhão e quem aproveita são os meninos e o meu pai.

Durante esse tempo falei com as meninas todos os dias e a Clarinha acabou falando do que está acontecendo na agência que nesse mês eles já perderam 5 contas grandes, e foram as maiores que a agência tinha, quem está segurando as pontas por enquanto é o Miguel e o Dominnic só não sei até quando. É triste ver algo que você ajudou a construir se desmoronar dessa forma, mas eu não posso fazer nada cabe ao Bernardo reverter essa situação. 

Estou tão distraída pensando na vida que não vi um furacãozinho correr em minha direção e se jogar em minhas pernas. 

- Oi meu amor, que susto você deu na titia. - Pego a Angel no colo e dou um cheiro bem gostoso em seu pescoço, outra coisa boa que aconteceu desde que vim pra cá é que estou tendo um contato maior com minha sobrinha, antes nos víamos só nas chamadas de vídeo que fazia. 

- Desculpa tia. - A Angélica tem 3 aninhos mas nem parece, a pequena já fala quase tudo de forma correta, ela é muito esperta, aprendi rápido as coisas. 

- Tudo bem meu amor, cadê a sua mãe?

- Estou aqui cunhada e na correria, preciso ir até a construtora levar uns documentos que seu irmão esqueceu e depois preciso ir ao banco e queria saber se você pode ficar com a Angel.

- Claro que posso Deb, a gente vai aproveitar muito né titia!?

- Vamoos.

- Obrigada Di, agora deixa eu ir que ele já está me ligando aqui, qualquer coisa você me liga tá, vou tentar não demorar muito e vê se pega leve nos doces viu. - Ela diz já sabendo que vou dar algum doce a pequena. 

- Não se preocupe Débora, faça suas coisas com calma e não sei do que você está falando. - Ela tenta ficar seria mas não consegue e acaba rindo. 

Ela dá um beijo na filha e sai, ficamos eu e uma pequena cheia de energia querendo fazer mil e uma coisa, por enquanto vou deixar ela assistindo desenhos e vou ajeitar umas coisas em casa, minha mãe trabalha na mesma construtora que meu pai, ela é designer de interiores e das melhores viu, eu acabei me formando em designer também de tanto ver ela criar os projetos e ficava encantada com tudo.

 Agora que estou com a Angel aqui só nos duas lembro de quando era mais jovem e o meu maior sonho era de ser mãe, só que estava focada primeiro em concluir a faculdade e me estabilizar financeiramente e com isso os anos foram passando e eu acabei deixando esse sonho de lado, quando  eu e Bernardo começamos a namorar até falamos sobre o assunto e ele disse que aquele também era um sonho dele e que íamos realizar aquele sonho juntos, e veja só como tudo acabou. 

Adorava mimar a Angel coisa que os pais dela não gostavam nenhum pouco, mas eu não estava nem aí, fazia quase todas as vontades da pequena e naquele momento depois de preparar o almoço, estava terminando de fazer brigadeiro para comermos depois que comêssemos , sei que a Debora ia me esganar quando chegasse pois eles tinham uma rotina com a pequena e não era todos os dias que eles deixavam que ela comesse doce, mas não fazia mal sair da rotina de vez em quando. 

Uma Vida a TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora