Amor De Verdade [COMPLETO]

Capítulo 11 - Acerto de contas

Depois de prometer a Melissa que eu à ajudaria a melhorar o seu relacionamento com o seu pai, ela me levou para casa, deixei outra vez a minha bicicleta na oficina.

Assim que chego em casa, estou completamente exausta mesmo assim tenho que ir tomar banho e me arrumar para ir para o trabalho.

Depois de me arrumar preparo o meu jantar, novamente um sanduíche acompanhado de um refrigerante. Assim que termino, me preocupo sobre como conseguirei chegar ao trabalho sem a minha bicicleta.

Talvez eu devesse pedir o meu pagamento adiantado esse mês.

Acabo decidindo pedir uma ajuda ao Sebastian, ele me deve uma. Pego a minha bolsa e saio de casa em direção à casa do meu vizinho, bato na porta algumas vezes até que ela é aberta pela Cassandra.

— Oi, Cassandra. —sorrio para ela, não demora para que Sebastian surja ao seu lado. — Oi, Sebastian.

Ambos respondem ao meu cumprimento.

— Então desculpa atrapalhar mas será que você pode me dar uma carona até o trabalho? —pergunto meio sem jeito.

Nunca pedi carona ao Sebastian para nada, afinal, apesar de algumas vezes a minha bicicleta me deixar na mão ela sempre me ajudava.

— Claro que posso. —ele sorri e olha para a noiva. — Querida, eu não vou demorar.

Sebastian beija a testa de Cassandra de maneira carinhosa, acabo sorrindo com esse gesto.

— Claro, querido. —disse ela e logo me encara. — Bom trabalho para você, Lily.

— Obrigada.

Fico esperando o meu vizinho tirar o carro da garagem, em seguida entro no banco do passageiro. Durante o percurso Sebastian fala bastante da noiva.

Fico feliz em saber que ele está tão apaixonado, gosto de ver as pessoas felizes.

Por falar em felizes, ainda pretendo resolver o problema com o tal Colin, ele terá que entender que precisa parar imediatamente com o bullying com a Melissa.

— Obrigado, Sebastian você me ajudou bastante. —agradeço assim que ele para em frente ao hospital.

— Sempre que precisar, vizinha. —ele sorri.

Apenas sorrio de volta e saio do carro, cumprimento Sarah ao passar na recepção em seguida me dirijo até a sala do meu chefe.

Ainda não nos vimos desde o ocorrido de ontem, espero que o clima não fique estranho entre nós. Bato na sua porta e entro logo em seguida.

Ele estava sentado na cadeira atrás da sua mesa, usando o óculos que o deixava bem atraente, ele para de encarar os papéis em cima da sua mesa e me olha.

Surpreendentemente ele não sorri. Me sinto incomodada com isso, claro que as coisas não serão as mesmas entre nós.

— Que bom que chegou, tenho alguns relatórios para você analisar. —disse ele levantando-se e passou por mim deixando alguns papéis em cima da minha mesa. — Bom, agora eu preciso resolver uma coisa.

Antes que ele possa sair da sala o seguro pelo braço, Conrad para e me olha curioso.

— Eu preciso te contar uma coisa. —solto um suspiro. — É sobre a Melissa.

Pensei bastante e decidi que mesmo que a Melissa me odeie, eu realmente quero ajudá-la a lidar com o bullying e para isso eu irei precisar da ajuda do seu pai.

Ela precisa entender que estamos do lado dela, mesmo que ela ache que eu à traí eu só quero o melhor para a minha amiga, mesmo que isso custe nossa amizade.

Essa é a primeira vez que tenho uma amiga, eu quero fazer o possível para fazê-la se reerguer.

Conrad me pede para sentar no sofá, assim que nos sentamos começo a contar absolutamente tudo, em algumas partes Conrad chora por toda a dor que a filha sentiu nos últimos anos.

— Ela tem razão a culpa é toda minha... —murmurou assim que terminei de contá-lo. — Eu fui negligente em dirigir no meu estado, eu estava há noites sem dormir trabalhando sem parar aqui no hospital, e por minha culpa no final foi a minha filha quem pagou as contas.

— Ei. —seguro as suas mãos que estão geladas, sinto um frio em meu estômago. — A culpa não foi sua, infelizmente aconteceu. O quê quero dizer é que o passado não se muda, mas o futuro a gente pode melhorar.

— Acha mesmo que a minha filha irá me perdoar?

— Claro que vai. —sorrio para ele e aperto levemente as suas mãos que seguram as minhas com firmeza. — Eu prometo ajudar vocês dois a se entenderem.

— Muito obrigado por tudo, Lily. —ele sorri meio triste. — Me desculpe por ter sido tão idiota, eu não deveria ter tentado aquilo ontem.

Certo eu estava nervosa novamente, o meu coração estava disparado e minha boca seca. Eu estava nervosa em relação a um suposto primeiro beijo.

— Então. —limpo a garganta afim de mudar de assunto. — Agora me diga o que faremos em relação a um certo Colin?

Vejo Conrad ficar tenso no mesmo instante, ele solta a minha mão e se levanta um pouco alterado.

— O quê esse muleque fez não pode ficar impune. —adverte me olhando com seriedade.

— Sim, vamos pensar em alguma coisa para fazê-lo perceber o quão maldoso ele foi.

— Vamos? —ele repete arqueando uma das suas sobrancelhas. — Você também irá me ajudar?

— Claro. —dou de ombros. — Somos uma dupla, não? Um por todos e todos por um.

Conrad vem até mim e pega ambas as minhas mãos e às beija sem desviar os olhos dos meus.

— Você é inacreditável. —admitiu, sorrindo para mim.

— Você também é. —sorrio para ele. — Agora acho melhor eu começar a trabalhar antes que o meu chefe me demita.

Ele solta uma risada, fico aliviada em saber que está tudo bem entre nós. Começo a trabalhar no horário do jantar Conrad novamente insistiu para que eu fosse com ele mas neguei.

Assim que ele saiu jantei, em seguida dicidi procurar a senhora Alba, preciso descobrir o que ela tem contra mim.

Depois de pegar informação com Sarah sobre onde fica a sala da velha, eu sigo até lá e bato na porta algumas vezes, assim que ouço um entre, entro na sua sala assim que ele me nota faz uma careta.

— O quê faz aqui? —questiona irritada levantando-se da sua cadeira.

— Vim saber o quê a senhora tem contra mim. —olho-a sériamente. — Afinal de contas, por quê me odeia tanto?

Havia chegado a hora do acerto de contas, eu estava prestes a descobrir porque sou tão odiada por uma pessoa que nunca fiz mal algum.