- Basquete? nem sabia que você jogava. - Comentei pelo telefone com o meu gatão.
- Ainda jogo às vezes mas devo ter perdido o jeito, faz um bom tempo. - João fala e ouve um barulho vindo do meu lado da linha. - Que que cê tá aprontando Miguel?
- Ué, nada.. - Dei uma afinada, deixando claro que era uma mentira e espremi os olhos vendo minha burrice. - Enfim, você vem me buscar que horas?
- às seis, só leva dinheiro para jantarmos por lá perto, vi que tem vários fast food e até uma quadra de skate perto. - Dava para sentir a empolgação dele, acabei sorrindo com isso.
- Parece que alguém vai dar uma volta na adolescência novamente. - Cortei o papel sorrindo.
- Hum.. não, eu não te conhecia naquela época, não seria a mesma coisa. - Pude até imaginar aquele sorrisinho malandro dele e suspirei, com um sorriso de lado.
- Você não disse que estava ajudando a atendente hoje? VAI TRABALHAR. - Dei um berro perto no celular e rio ouvindo ele me xingar. - te amo, não se atrasa.
- digo o mesmo, te amo. - Desligou rindo em seguida e dou um sorriso.
Afastei a tesoura e cola para ver como havia ficado a placa que mais parecia um cartaz de escola.
- Mais chamativo que isso só o sol, tá perfeito. - Dou um sorriso animado e me espreguiço, indo adiantar algumas coisas em casa.
[...]
- Parece até um jogador, ixi. - Dei um sorriso o vendo parado na frente de casa me esperando, indo rápido e dando um beijo estalado.
- o quê é isso? - solta uma risada vendo que não paro de beijá-lo, tentando ver o quê há em minha mão e escondo atrás de mim.
- surpresa. - olhei para seu nariz e depois seus olhos, então segurando a mão dele com a mão livre, entrelaçando automaticamente nossos dedos.
- tenho medo de suas surpresas. - fez careta e fiz uma cara de cu.
- te odeio. essa você vai amar tá? - Ou irá passar vergonha perto de seus amigos, isso ele escolhe.
Fomos andando mesmo, não era longe.
João ficava tentando olhar para trás tentando saber o que havia na grande placa em minha mão livre, eu não deixava lógico.
- Depois eu que sou o curioso. - digo rindo e soltando sua mão, começando a correr com os braços pra cima, com a placa virada para frente para ele não conseguir lê-la.
- QUAL É MIGUEL. - Correu atrás de mim e eu me espocava de rir, até (seu eu nem perceber) me encostar em um food truck com um cheiro delicioso.
- Já achei minha janta. - Falei suspirando rápido demais, até um pouco desesperado.
Lembrei da maldita asma.
- Ei. - João já havira percebido então já surge com uma bombinha de ar, me segurando para caso eu caia e manda eu analar o ar.
- Pronto.. Pronto. - Falei após sugar aquele ar duas ou três vezes, olhando para João com uma feição preocupada enquanto minha respiração voltava ao normal. - Foi mal, eu.. Esqueço às vezes.
- Então nem pense em fazer de novo, porra. - Me abraçou com força e senti conforto naquilo.
- Ei, adolescentes barulhentos. - Alguém aparece batendo perto da porta onde estávamos, dando o maior susto. - Sem pegação no meu local de trabalho, só se forem clientes pelo menos, porra.
Pela posição que eu tava, realmente parecia uma pegação.
- Foi mal, mas não era pegação, meu namorado tava quase morrendo. - João falou simplesmente antes de sair me puxando.
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João e Miguel
Teen FictionJoão é um jovem-adulto que já mora sozinho e constantemente tem contato com seu namorado Miguel, um garoto um pouco menor que ele, rabugento e que não mora só por enquanto. A vida deles é normal, brigam, resolvem, são fofos e ao mesmo tempo imaturos...