MINE • Leroit

Falta

Oi, tudo bom? Se não esta, vai ficar depois dessa att, juro

ta pequeno, mas ta fofo

boa leitura gays

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POV PRI DAROIT

A vista daqui de cima era absurdamente linda, me fazia pensar que tudo que em algum momento eu achei grande, poderia se tornar pequeno, era tudo uma questão de perspectiva.

Desde que Léia foi embora a solidão me fazia companhia, os momentos em que eu ficava sentada na varanda tentando imaginar como ela estava se tornavam cada vez piores, a falta dela era uma dor constante em meu peito, eu ainda tentava entender o que eu tinha feito de tão errado para que ela decidisse ir embora, mas nada parecia muito convincente.

Fui tirada dos meus pensamentos pelo barulho de batidas na porta, quem será que estaria na casa dos outro às onze da noite? Apesar da minha vontade de não atender, qualquer coisa que me tirasse desse buraco seria bem vinda. Praticamente me arrastei até a porta e sem olhar pelo olho mágico apenas a abri, o que estava na minha frente só podia ser um delírio, provavelmente eu estava com tanta saudade que minha cabeça estava criando coisas.

- Oi.- Sua voz era baixa, que saudade eu sentia daquela voz. Ela estava linda, como sempre.- Nós voltamos.- Ao ouvir essa frase meu olhar se direcionou para sua barriga, minhas filhas estavam de volta. Me agachei encostando o ouvido em sua barriga.- Elas estão se mexendo, mas acho que você precisa falar alguma coisa pra elas terem certeza de que é você.

- Oi minhas vidas.- Falei baixinho e no mesmo segundo uma lágrima escorreu pelo meu rosto.- A mamãe sentiu tanta falta de vocês.- Léia desabou no choro, meu coração apertou, me levantei deixando nossos rostos colados.- Eu senti muito a sua falta, fofis.

- Me perdoa.- Era quase impossível entender o que ela falava já que o choro era predominante ali, mas eu não queria que ela pedisse desculpas.- Eu te amo.

- Não tem o que desculpar, meu amor.- Coloquei a mão em seu rosto na esperança de que ela se acalmasse um pouco.- O que importa é que você tá aqui comigo.

Não que eu não quisesse saber o que fez ela ir embora, mas a sensação de ter ela aqui agora é tão avassaladora e me causava uma felicidade tão grande que nada ali seria mais importante do que tê-la em meus braços de novo.

Fiquei ali sentindo sua respiração bater em meu rosto por alguns segundo, meus olhos estavam fechados e a ultima coisa que eu queria é que aquele momento acabasse, mas ele acabou, ela cessou a distancia entre nosso lábios, aproveitei cada segundo daquele beijo. Por dias eu acreditei que nunca mais viveria aquilo, que ela nunca mais voltaria a ser minha, mas ela estava lá.

Minha mão direita foi até a sua cintura a trazendo pra mais perto, pude sentir ela sorrir entre o beijo e não contive um sorriso. Nos separamos quando o ar se fez necessário, quando abri os olhos ela ja me olhava atenta como se tivesse esperando meu próximo passo.

- Entra.- Mesmo relutante, me afastei um pouco dando espaço pra ela passar.- Eu sei que você vai falar da bagunça.- Ela me olhou com um sorriso no rosto.- Mas eu não tinha muita disposição pra arrumar nada.

- A gente tem muito tempo pra arrumar isso.- Ela sentou no sofá e permitiu que o cachorrinho eufórico subisse em seu colo.- Oi filho.

- Ele sentiu muito sua falta, sabia?- Encostei na parede e cruzei os braços pra admirar a cena.

- Só ele?- Agora um sorriso sacana atravessava seus lábios, era impressionante como o clima havia mudado tão rápido.

- Sim.- Tentei parecer convincente, mas não funcionou muito. Me sentei ao seu lado no sofá e me aninhei em seu ombro, como ela tem um cheiro bom.- Ta bom, eu senti um pouquinho.

- Acredito em você.- Ela fazia um carinho em meu cabelo.- Mas a gente precisa conversar, mesmo que eu não queira muito.

- Eu sei.- Respirei fundo sentindo que talvez aquilo fosse acabar com a minha felicidade, mas pensei em uma forma rápida de reverter aquela situação, pelo menos por agora.- E se a gente deixar isso pra amanhã? A gente chama todo mundo.

- Todo mundo?- Ela tinha um rosto meio confuso, então me apressei pra explicar.

- Não foi só eu que senti sua falta.- Fechei os olhos tentando afastar a lembrança das meninas completamente abatidas durante os dias que se passaram.- Todo mundo sofreu muito sem você aqui, elas também merecem saber o que aconteceu.

- Imagino que todas devem estar bravas.- A voz dela era triste.

- Eu diria confusas, você tem muito o que explicar.- Virei meu rosto para encara-la, como eu amava aquela mulher.- Mas não agora.- Aproximei nossos rostos mais uma vez.- Agora eu só quero aproveitar você aqui comigo.

- Eu te amo, fofinha.- Um sorriso invadiu meu rosto ao ouvir ela me chamar daquele jeito.

- Eu te amo, meu amor.- Selei nossos lábios.

Passamos a noite entre carinhos e brincadeiras, era como se ela nunca tivesse ido embora.