Passado

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A noite continuou animada. Eram muitas perguntas para o novo casal! Elas riam e respondiam! Afinal, estavam felizes por estarem juntas e também por não precisarem mais guardar segredo.

- Adorei a nossa noite meu AMOR! - falava Carmem abraçada a morena na frente do seu prédio.

- Eu também! Estava bom namorar escondido, mais com todos sabendo é melhor ainda! Posso te beijar sempre que tenho vontade, como agora!

Tuninha que estava na varanda, viu tudo sem entender. Ela era a única da família que ainda não sabia.

- Cascacú - Falava a morena colocando seus braços no pescoço da namorada. - Eu quero falar com você, vem! - Ela deu um selinho em Carmem e subiram, se trancando no quarto.

- O que houve my schatz? - Carmem já aflita. - Algum problema? Pensei que a noite tivesse sido um sucesso!

Paula pediu para ela se sentar na cama e depois sentou a seu lado.

- Calma meu amor, não é nada sobre nós! É sobre mim. Sobre o meu passado! Não quero que haja nenhum segredo entre nós.

E assim ela conta toda sua história para a amada, de como foi sua vida ao lado da mãe, os perrengues que passou no bar, sua fuga para a cidade grande, quando começou a trabalhar na padaria do Juca, como eles se envolveram e tiveram uma filha, filha que ela abandonou e depois morreu.

Paula chorava tanto que Carmem ficou preocupada, não tinha ideia de como a vida dela havia sido sofrida. Imagina, perder uma filha! Dor como essa não teria como curar nunca!

Ao mesmo tempo ficou feliz que a morena estava com a guarda baixa, que confiava nela de olhos fechados. Sabia que Paula não chorava na frente de ninguém e com ela não havia isso. Paula se revelava sabendo que ali ela tinha um porto seguro.

A loira a tomou em seus braços, num abraço apertado, tentando demonstrar que estava do seu lado para tudo, que faria o possível e o impossível para ajudá-la nessa e em tantas outras dores - Paula - dizia ela segurando seu rosto - Você nunca mais vai precisar passar por nada disso sozinha, eu estou aqui com você meu amor e nunca, ouviu bem, nunca vou embora! - e depositou um beijo singelo em seus lábios, com todo amor e ternura que conseguiu expressar.

Ficaram ali, abraçadas um bom tempo, Carmem não conseguia precisar o quanto, Paula chorava em seus braços, isso partia seu coração, não queria vê-la sofrer nunca mais, não aguentaria! Dormiram ali, abraçadas. A loira não largaria sua morena nunca, a protegeria sempre!

Na manhã seguinte...

Carmem abriu seus olhas, admirando a namorada. Era ela, a mulher mais linda desse mundo, dormindo aninhada em seu colo,  agora com um semblante mais calmo. - Como pode ser tão linda? Nem parece que chorou a noite toda...como eu à amo! Nunca vou te fazer sofrer meu amor! Nunca! - Apertou a amada em seus braços, como se aquilo pudesse a proteger de tudo e de todos.

Paula despertou com o abraço mais apertado, olhou para Carmem com um sorriso sem igual. Ela estava totalmente entregue aquela relação. Não haviam mais segredos entre elas, só um sentimento que crescia e crescia todos os dias mais e mais!

-Não vai me dar um beijo de bom dia Vollinger cascacú? - Paula não perdia a mania de chamá-la assim, mais agora era um apelido carinhoso. Isso sempre arrancava lindos sorrisos da namoradinha.

- Não sei se está merecendo! Me diga antes, sonhou comigo?

- Não precisei sonhar com nada essa noite porque a mulher dos meus sonhos já estava aqui comigo! - Disse Paula puxando a amada pela nuca e dando-lhe um beijo quente e cheio de desejo.

Wollinger a pega no colo, mudando completamente as posições, ficando por cima da morena.

Começou beijando-lhe a boca, beijos fortes, sedentos, parecia que nunca recuperariam o tempo perdido, as vezes dava pequenas mordidas no lábio inferior. Sua boca foi descendo pelo pescoço de Paula. - que pescoço lindo- pensava ela enquanto intercalava beijos com pequenas mordidas e passadas leves de língua pela região.

Ia descendo ao encontro dos seios de Paula, com uma mão Carmem desceu a alça da camisola dela, tendo melhor acesso aquele colo maravilhoso.

Continuou seu caminho, descendo....como ela era linda! Agora ela estava apenas de calcinha, a loira ficou um tempo admirando sua beleza, não se cansaria nunca de admira-la, até que ouvia um pedido - Carmem, vem meu amor! Vem pra mim!

Sentiu as unhas de Paula em seus cabelos curtos, sabia oque a morena queria, mas uma das coisas que Carmem mais gostava era ter a mulher assim, frágil, com aquela cara de quase implorando por ela, isso deixava a loira doida!

Queria dar o maior prazer que a amada jamais havia sentido. Queria demonstrar ali o tamanho do seu amor por ela.
As duas estavam embevecidas de prazer quando Paula faz um pedido - Quero você dentro de mim, quero te sentir por inteira!

Paula já não aguentava mais esperar e dominou a situação, trocando de posição com a loira, ficando por cima. Segurou as mãos da amada acima de sua cabeça, encaixou sua coxa nas dela, deixando seus sexos em contato absoluto e falou - Não ouse descer essa mão ou você será castigada!

Como Carmem adorou ouvir aquilo! De pirraça e querendo saber qual era o castigo, tratou logo de baixar as mãos levando-as as pernas de Paula, agarrando-as com força, como que fizesse realmente para atentar a amada.

A morena olha feio para a loira - Então vai ser assim coisa linda? Seu castigo vai ser gozar sem parar até quando eu não aguentar mais te dar prazer! - começando assim uma manhã longa de tortura e prazer !

Paula rebolava sentada na amada, fazendo fricções circulares em seus nervos, o prazer não tardaria muito a chegar.
Carmem estava linda com pequenos raios de sol a iluminando, eles pareciam saber exatamente os lugares preferidos da morena e se depositavam ali, chamando mais atenção para eles.

Paula aumentava a velocidade, Carmem arfava por mais e tentava falar algo, mais não tinha condições de falar nada, estava embevecida de prazer com a morena ali, por cima dela, tomando conta da situação, era demais para ela, não conseguirei se segurar por muito tempo, estava se esforçando para gozarem juntas!

Não demorou muito, seus olhos se conectaram mais uma vez e elas sabiam que a hora estava próxima. A morena se curvou e beijou seus lábios no último ato antes do prazer, seus corpos tremeram, as pernas ficaram fracas, a respiração foi cortada por alguns segundos, seus olhos ligados e as bocas coladas, falaram juntas, cada uma o nome da amada e sentiram o ápice as invadir.

- Eu sabia que tanta briga só resultaria em muito sexo com você meu amor! - brinca Paula deixando seu corpo descansar sobre o da platinada.

- Quem disse que eu faço sexo com você? O nome disso é AMOR! Te desejo com cada célula do meu corpo e gosto de deixar isso bem claro quando te toco! Eu te amo Paula Terrare, EU TE AMO! - depositando um beijo na testa da amada e tirando dela, um sorriso genuíno de felicidade.

Continua....

Quando os sentimentos se transformamOnde histórias criam vida. Descubra agora