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Pov Callie.

Ter as minhas necessidades e não poder satisfazer-las é uma das piores coisas.

Eu sou uma mulher de 27 anos, gosto de sempre está arrumada e elegante, mas o dinheiro nem sempre ajuda. Alguns conhecidos  dizem que fui muito mimada e que cresci sendo acostumada tendo tudo na hora que desejo, mas que culpa eu tenho de ter tido essa sorte?

A quase cinco anos atrás a minha família faliu, e tudo que eu mais amava fazer foi se tornando impossível para mim. Ir às compras no shopping e não precisar olhar o preço, comprar milhares de roupas que só iria usar uma vez na vida, viagens, lugares elegantes e tudo que antes era simples de ser feito por mim..

Se á 10 anos me dissessem que eu, Calliope Torres, uma mulher ambiciosa iria viver apenas de aparência eu não acreditaria.  Sim, aparência. Eu e Amélia tentamos manter essa aparência a todo custo e até então funciona. A mídia ainda pensa que a nossa família é estável e como sempre foi, somos convidados para festas, leilões, jantares e entre outras.

Minha mãe morreu, quando eu ainda era uma criança de quatro anos, meu pai faleceu cinco anos depois e eu passei a morar com minha tia que era um porre. Titia Liz tem um temperamnto forte, era grossa várias vezes e para uma criança que precisava de carinho e amor ela não foi uma das melhores cuidadora.

A três anos eu e Amélia - minha prima - ir morar sozinhas na casa que era de meus pais. Nessa época nossa família ainda tinha estabilidade, então era tudo uma maravilha, um verdadeiro sonho de crianças. Mas tudo mudou quando as empresas deixadas por nossos avós, que era o lucro principal da nossa familia sofreu um golpe da empresa rival.

Encaixo o chinelo em meus pés e ajeito meu cabelo da melhor maneira possível e desço as escadas para ir tomar o meu café da manhã.

- Cadê a geleia? - pergunto ao olhar a geladeira e não achar.

- Acabou, tem que comprar.

- Com que dinheiro Amélia? - pergunto óbvia.

- Temos que começar a trabalhar. - sugeriu.

- Nunca, mas nunca mesmo eu trabalho nessa vida.

- E com que dinheiro vamos comer madame?

- Você não tava trabalhando naquela loja de roupa?

- Estava, mas o marido da minha patroa descobriu que nós transamos e ela teve que me demitir. - sorriu no final da frase.

- Eu não acredito Amélia, que nojo! Eca. - faço cara de nojo, não por ser duas mulheres e sim por imaginar a minha prima se envolvendo sexualmente.

Me abaixo procurando algo no armário que não seja besteira.

Posso não está em uma das minhas melhores condições financeiras mas não é por isso que vou me encher de besteiras.

" Din- Don"

- A campainha tocou? - me pergunta.

- Acho que não. - continuo procurando algo.

" DIN- DON"

" DIN- DON"

O som chato da campainha sendo tocada inúmeras vezes seguidas ecoou pela casa.

Me levanto bufando e reclamando por Amelia não ter ido atender.

- Sim? - pergunto vendo um homem.

Ele me entregou um papel.

Quase o rasgo ao ver que era cobrança, mas não o faço pelo pouco de senso que me resta.

Vou pra sala, onde Amélia está agora.

All out of lustOnde histórias criam vida. Descubra agora