Te gosto tanto

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Minhas mãos tremem, minha respiração está  acelerada, Alexander já me perguntou umas centenas de vezes o que há de errado, mas o que há de errado comigo? 

Está com Alexander é umas melhores coisas do mundo, mas não saber o que somos exatamente me deixa nervoso, sei que ele me ama, eu também o amo, mas como inicial a conversa do "Em que tipo de relacionamento estamos" 

Raphael disse que eu deveria falar que somos namorados e esperar a reação dele, mas será que eu realmente devo fazer isso? Alexander havia acabado de chegar do trabalho e estava tirando a roupa para tomar banho.

Nesse meio tempo ele percebeu que tinha algo de errado, e depois de não encontrar nenhuma outra solução decidi utilizar o método do Santiago.

— Quer tomar banho comigo amor? – Apenas nego com a cabeça, Alexander passa por mim e beija minha testa e vai para o banheiro.

Meus pensamentos voltam ao meu pseudo namoro, eu preciso ser honesto comigo e com ele a respeito disso, eu quero dizer a todos que ele é meu, meu namorado, meu homem, meu amor.

Ouço batidas na porta, me pergunto se devo abrir ou não,  afinal o quarto não é meu.

— Pai? Magnus?– Vênus gritou da porta, vou até a porta e abri dando de cara com Vênus e uma garota muita bonita — Avisa pro meu pai que tô saindo com a Lily, e provavelmente vou dormir fora, amo vocês, tchau 

Ela não me deixou falar, Vênus tem essa péssima mania de simplesmente falar e falar e depois sair.

Me jogo na cama e fico encarando o teto, porque as coisas não podiam ser simples como eram com Imasu, porque eu sinto toda essa necessidade de tê-lo como meu.

Por que você não amava Imasu – algo grita dentro de mim 

— Magnus – Alexander me chamou – Estou um tempo te chamando… está realmente tudo bem?

— Ah, sim está tudo bem, estou pensando na festa de amanhã… é a primeira vez  que vou em uma festa a fantasia, só achei estranho ser no réveillon – disse me aproximando dele, que estava apenas de cueca perto da cama, sempre amei o tom de pele dele, mas em contraste com a cueca azul marinho ficava a perfeição.

— A família do Herondale ama uma boa festa a fantasia – Alexander se aproximou — Se for babá no meu pau, prefiro que esteja com ele na boca. 

Sentei na cama de frente para ele, o encarei, ele passou a mão nos meus cabelos, então meu celular começou a tocar, Alexander se afastou e foi na direção do closet. Olhei no identificador de chamada, era Lorenzo 

— Alô? 

— Olá menino Magnus, como vocês estão ? – a voz de Lorenzo estava cansada como sempre 

— Estamos bem, June se habitou tão bem aqui, está muito apegada aos pai, irmã e avós… – Alexander voltou usando uma bermuda, e se jogou na cama. 

— Fico tão feliz, hoje me bateu uma saudade de vocês – Eu também sentia saudades, mas acho que aquele não é mais meu lugar 

— Eu também sinto uma falta de vocês, até das suas reclamações – brinco, ouço a sua risada rouca 

— Aí menino, como vai passar o réveillon? Etha disse que ai tem muita festas nesse final de ano, tome cuidado menino… – encaro Alexander que mexia despreocupadamente no celular, é a hora 

— Não se preocupe seu Lorenzo, vou passar o réveillon com meu namorado – Sinto os olhos de Alexander sobre mim e minhas bochechas começam a esquentar, ouço um barulho ao fundo na ligação.

— Aí meu menino, estou tão feliz por você… agora preciso desligar porque chegou cliente na loja – não tive tempo de responder e a ligação caiu, meu plano era passar um bom tempo nessa ligação.

Senti Alexander atrás de mim, senti seu olhar sobre mim, eu queria sair correndo, queria me esconder, como eu tive a coragem de fazer isso? Solto o celular em cima da cama, então sinto ele me agarrar.

— Então você vai passar o réveillon com seu namorado? – Alexander sussurrou no meu ouvido— Posso saber quem é o namorado do meu homem? 

— Você não sabe ? – perguntei um pouco inseguro, mas entrei na onda dele 

— Bem jurava que passaria comigo, mas não recebi nenhum pedido de namoro – ele brincou, mas parecia haver um pouco de verdade em suas palavras.

Me levantei e puxei ele até o meio do quarto e ele me olhou um pouco confuso, mas não perguntou, amo isso nele, ele sempre parece disposto a estar comigo, mesmo que não entenda, me ajoelhei na sua frente.

— Sei que estamos juntos a pouco tempo, mas não quero esperar mais, Alexander Lightwood quer namorar comigo? – ele sorri, e meu coração disputa, tropeça e quase para, parece que vive a minha vida para aquele momento, para aquele sorriso, para aquele sim

— Sim, Magnus Bane eu aceito ser seu, e apenas seu namorado – Alexander me levantou e me beijou com todo o amor que poderia — Agora cadê a aliança? – Olhei confuso, ele me soltou e se virou 

— Alexander eu… – Alexander já estava na frente da mesinha de canto.

— Eu planejava te entregar isso amanhã à noite, enquanto faria o pedido nos primeiros segundos do ano – ele se virou para mim, segurando uma pequena caixinha de veludo azul turquesa — Eu tinha todo o discurso preparado…

— Você me falar agora – só agora percebi que já estava chorando 

— Magnus Bane, eu tive que colocar a minha filha  e a minha carreira como prioridade na minha vida, nunca vou me arrepender disso, mas tive que pagar um preço muito alto, ou pelo menos achei que tivesse, eu achei que tinha desistido de encontrar o amor da vida, até que um dia eu recebi uma carta, uma carta que mudaria a minha vida, que não trouxe apenas um anjo que hoje posso chamar de minha filha, ela trouxe você… um pequeno acaso nos uniu, e sempre serei grato aos anjos por isso, por ter você na minha vida – ele enxugou as lágrimas e prosseguiu —  Magnus eu sou seu desde o primeiro momento que o vi, não há como negar ou fugir, não será fácil eu sei, sei que você é mais novo e quer viver coisas novas, mas também que farei o possível para te fazer feliz, Magnus Bane você me daria a honra de ser seu namorado?

— Alexander, eu te amo tanto – pulei em seus braços, beijei Alexander com força, queria me fundir a ele. As mãos dele começaram a passear pelas minhas costas, desceu até a minha bunda, onde ele desferiu um tapa com força, eu sabia exatamente onde isso nos levaria.

Me afastei, encarei ele, meu homem, apenas meu… empurrei Alexander fazendo ele se sentar na poltrona, tirei a roupa o encarando, seus olhos estavam vidrados em mim, a luxúria transbordava deles.

Havia algo de mágico nesses momentos, a forma como ele me olha, me toca, me idolatra, me sinto incrivelmente desejado.

Subo em seu colo, Alexander não perde tempo e ataca novamente meus lábios.

— Eu amo essa sua necessidade de ficar nu para mim – sua voz é grossa, profunda, necessitada 

Ele desce sua mão até meu membro, me masturbando lentamente, eu só queria mais, seus lábios foram até meu mamilo direito, ele alternava entre chupar e lamber levemente. Alexander estava me levando a loucura.

Seu nome começa a escapar da minha boca em forma de gemido, agradeci aos céus por estamos sós em casa.

Então ele parou, gemi de frustração, Alexander apertou minha coxa com força.

— Não seja um menino mimado, lhe farei gozar meu amor… meu namorado merece – ele se levantou comigo em seu colo, me colocou delicadamente na cama — Por mim você passaria o dia assim, nu na minha cama, sempre pronto para mim. 

Alexander se ajoelhou na beirada da cama, bem entre as pernas… e seu celular tocou, pelo toque eu sabia, era do trabalho. E nossa noite acabava aqui.

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