𝐀𝐓𝐎 𝐗𝐗𝐈𝐈𝐈: sobre peças emocionantes e finais decisivos.

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"Eu não fiz, vocês é que fizeram. Eu só pintei.
Van Gogh."

Eu dizia a mim mesmo que o tempo não
estava passando tão rápido, mas eu mesmo sabia que isso não era tão verdade assim, e logo mais o dia da apresentação chegaria. Ou melhor falando, é amanhã o dia que eu vou tomar no meio do cu e nem é do jeito que eu quero.

Eu amo atuar, vocês bem sabem disso, mas é cada nervosismo que surge pra gente surtar um pouco. Comum e normal é, toda via, eu não gosto nem um pouquinho. Sunghoon revisava as falas várias e várias vezes e eu e já estava chegando ao ponto de pegar o travesseiro e jogar nele.

Aliás, foi o que eu fiz.

─ Ai, pra que essa agressividade com o seu namoradinho? ─ ele pergunta parando de andar pelo meu quarto. Indico que ele deva se sentar ao meu lado na cama e assim ele o faz.

─ Você está me estressando, por isso. ─
respondo. Tiro de suas mãos o roteiro que
tínhamos e puxo ele para o meu colo. Ele
passa seus braços ao redor de meu pescoço e eu faço o mesmo, só que com sua cintura. ─ Dê uma pausa a si mesmo, se continuar assim só vai ser pior. ─ vou depositando selares em sua face e seu pescoço exposto. Deixo vários beijinhos por onde meus lábios alcançavam estando ali e o último beijo é sob seus lábios finos.

─ Obrigado por estar comigo nesse
momento. Eu sinto que posso morrer antes da apresentação. ─ Sunghoon resmungou com os olhos fechados. Ele certamente esperava mais beijos vindo de mim e foi o que ele ganhou.

─ Não vai acontecer nada de ruim.

Ele sorriu doce para mim e não resisti
ao desejo de beijá-lo. Eu tinha um ótimo
namorado, diga-se de passagem.

( . . . )

Eu tenho um péssimo namorado, isso sim.
Aquele desgraçado do Sunghoon ainda não deu as caras no teatro e faltam apenas duas horas para começar a peça. Ah, mas quando eu por minhas mãos nele... cabeças irão rolar.

─ Sunoo! ─ uma voz alta grita meu nome. Eu estava no camarim que fora feito para os atores e atrizes da peça, bebia um gole de água a cada três segundos e isso só me deixou mais nervoso. Jungwon tinha um belo sorriso no rosto - só não tão belo quanto
o de Sunghoon ou de Heeseung, mas lindo. Caralho, eu mudei mesmo nesse quesito. Uau. ─ Vim lhe desejar boa sorte. Jay também.

Nem havia visto que o namorado desse
bendito gato estava atrás de si, mas assenti para ele. Eu acho que sejam namorados, eles vivem muito juntos. E se não forem, em algum momento vão ser.

─ Obrigado. Isso diminui 2% do meu
nervosismo. ─ lhe respondo tempos depois. Bebo mais um gole de água, como se isso fosse me deixar calmo - o que não deixava sob hipótese alguma - e tento pensar em coisas calmas e tranquilas.

Umpah umpah é legal, mas prefiro zimzalabim.

O anime que Heeseung gosta vai ter uma terceira temporada, ele ficará feliz e falará muito sobre isso comigo.

Face é um dos álbuns mais perfeitinhos que eu já vi, amém, Key.

─ Vai dar tudo certo. ─ Jungwon disse com o intuito de me acalmar.

Sabe aquele momento onde você diz que não vai dar tudo certo? Pois bem, eu estava com a porra desse pensamento agora.

─ Sunghoon oppa chegou! ─ Chaehyun gritou deixando sua cabeça entre o vão da porta. Essa foi a coisa mais linda que ela já disse a mim - estamos falando da minha vizinha que me deixa zerado sempre que dá e que me irrita muito - com ênfase no muito.

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