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Embora muito famosa em toda Shibuya, o RED não era uma boate convencional, daquelas que você nota de longe sua fachada luxuosa e chamativa, com uma fila enorme transbordando qualquer tipo de glamour ou coisas assim. Pelo contrário.
Localizada em uma área marginalizada, a fachada do local era a de um velho galpão, com todos os espaços que deveriam ser as janelas lacradas por chapas de ferro escuro pelo lado de fora. As paredes com sua pintura acinzentada e desgastada estavam pichadas e as portas de ferro totalmente desgastadas pelo tempo, também pichadas.
Apenas a porta corta-fogo, localizada do lado direito do galpão, estava em ótimo estado e tinha sua pintura impecável em um vermelho sangue com dois seguranças a postos, um de cada lado.
Atsushi estacionou o carro na grande área que havia em frente ao galpão, onde outros carros luxuosos, alguns esportivos e até algumas motos também estavam estacionadas. Haviam algumas pessoas vestidas de terno preto rondando o estacionamento improvisado, essas eram funcionárias do RED e responsáveis pelos veículos que ficavam ali.
Quando desceram do carro, Atsushi fez questão de pegar na mão de Sayu, enquanto Takuya se aproximou de Lilith e pediu para segurar a mão dela, afirmando que seria apenas até entrarem na boate. A ruiva não entendeu muito bem, mas o loiro parecia tenso e ela optou apenas por pegar em sua mão sem questioná-lo. Depois perguntaria o motivo de tudo isso.
Takemichi foi andando poucos metros a frente enquanto os quatro restantes o seguia e ao passarem por dois daqueles homens de ternos, ambos se curvaram para o loiro, Lilith até que poderia deduzir aquilo como um cumprimento formal, mais ao julgar pelo fato do loiro não retribuir o gesto e os outros terem se curvado em silêncio, pareceu que eles deviam respeito ao mesmo, como se passando por ali, estivesse o seu chefe ou coisa do tipo.
Lilith estranhou aquela atitude e olhou para Sayu, que como se por telepatia também a encarou. Ambas começaram a se sentir muito confusas sobre o que aquilo realmente significava, mas sentiram que não era uma boa hora para questionamentos.
Já em frente a porta corta-fogo nenhuma palavra foi dita, quando Takemichi parou diante dos dois seguranças eles repetiram o gesto dos homens que estavam no estacionamento e abriram a porta, quando fizeram menção em questionar os quatro restantes. Sem olhar para trás, Takemichi apenas disse:
~Takemichi - Estão comigo.
Os seguranças se curvaram em cumprimento para os quatro restantes e todos entraram.
Por dentro tudo era completamente diferente do lado de fora. Ainda não havia sinal de música ou multidão, e sim um grande hall cujo a parede do lado oposto a porta que os cinco entraram se encontrava uma segunda porta, igual a primeira, aquela parecia dar passagem ao verdadeiro RED.
