Cinco voltas em torno da quadra, quase desmaio ali mesmo no meio de todo mundo quando o treinador disse aquilo. Já sentia meu corpo suficientemente fraco.
Algo sobre circulação sanguínea e aquecimento.
Ai, merda. Eu vou morrer.
A quadra era enorme, parecia a de um quartel de treinamento, não parecia de escola pública.
Chifuyu percebendo meu descontentamento segura minha mão e dá um sorrisinho.
– Vai acabar logo parceiro, não é tão ruim.
Suspiro e solto um som estranho pela boca. Nos posicionamos em linha e começamos a correr, 3-A e 3-B juntos.
Eu estava na metade da minha primeira volta e Chifuyu já tinha dado a primeira, ele sempre foi bom em exercício fisico, já eu bem atrás, estava começando a ficar sozinho, só tinha mais uma garota atrás de mim quando todos passaram denovo pra segunda volta, foi ai que vi o loiro mais baixo, ele sequer parecia ofegante quando passou do meu lado com o mesmo sorrisinho do vestiário.
Fiquei nervoso, eu com certeza não estava nada bem todo suado e vermelho.
Logo depois o outro, que tinha as laterais da cabeça raspada e uma tatuagem que não prestei atenção no que era. O loiro de cabelo medio segue em frente e parece tão bem quanto o mais alto.
Quem fica bem correndo? Quem fica bonito correndo?
Me assusto quando algo toca meu braço.
– Tá tudo bem? – É o Matsuno.
– Ah, tá sim. – Quase não falo.
– É melhor correr mais rapido. – E depois passa na minha frente.
Argh.
Contínuo carrendo e dou a segunda volta.
Ai Deus, ainda faltam três.
Sinto a camisa tocar meu corpo e meu cabelo na testa, é agoniante, odeio ficar suado.
Chifuyu passa de novo.
Acho que vou morrer.
Nem vejo quando os outros loiros passam.
Agora que lembrei, não tomei café da manhã – de novo –, Chifuyu pegou qualquer coisa da geladeira e enfiou na boca.
Oh, merda.
Minha visão... começaram a aparecer vários pontinhos negros e roxos.
Desacelero, praticamente paro no meio do caminho, minha audição... minhas pernas.
Sinto algo no meu ombro.
– Tá tudo bem com você? – Deve ser o Matsuno, paro de correr e me apoio nele, pela tontura não reparei que aquele corpo era bem maior que o do meu amigo.
– Não tô me sentindo muito bem. – Fecho bem os olhos para acalmar meu corpo e minha visão.
– Quer ir para a enfermaria? eu te levo. – Desde quando a voz de Chifuyu é tão grave?
sinto uma mão grande apertar minha cintura e olho para cima.
É o cara da escadaria, ou o cara que fica me encarando a um dia.
Não sei bem descrever o que sinto agora, só que nada sai de minha boca. Olho nos olhos dele por uns bons segundos, o rosto dele era bem maduro para o de um adolescente. Olhos totalmente pretos. Aperto sua camisa.
– Ei vocês, o que estão fazendo? – Ouço os passos do treinador.
– Ele está passando mal, e tá meio gelado. – Sinto ele tocar meu pulso. Escondo meu rosto onde posso.
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O que eu faço?
FanfictionHanagaki Takemichi aos dezessete anos era nerd, virgem e tremia na frente de qualquer pessoa que parecesse ao menos um pouco ameaçadora. Então imagine a situação quando os dois caras mais bonitos e ameaçadores da região de seu colégio comessaram a d...