Chifuyu ainda dormia com a cabeça no meu colo, eu deveria levantar com tudo e derrubar ele no chão. Deveria, mas ele é muito fofo dormindo, um rosto de bebê com a boca de um adulto alcoólatra.
Mal tive tempo de passar pelo menos água no cabelo, minha blusa ainda desabotoada e meu cinto apertado demais, quase tive um treco.
Acho que ainda estou tendo um.
Ouço o barulho de encerramento do intervalo.
Chifuyu se remexe.
– Não dá nem tempo de dormir nessa porra.
– Por que você não dorme em casa?
– Porque eu sou um adolescente normal.
– Não entendi.
– Pois vai ficar sem entender. – Ele levanta a cabeça do meu colo e boceja. – Que aula é agora, nerd?
Faço uma careta.
– Laboratório.
– Teve alguma tarefa pra casa?
– Não, você deveria prestar mais atenção.– Bagunço seu cabelo, ele dá um tapa na minha mão.
– Vamos logo. – Ele mal consegue abrir os olhos.
Solto uma risada.
– Você parece uma criança.
– A gente ta encima do 3° andar, te jogar lá embaixo não vai ser um problema.
Ele fala enquanto descemos as escadas.
Reviro os olhos.
– Você me ama que eu sei, Fuyu.
E ele me empurra.
O que esse diabinho malicioso com aparência de anjo inocente não notou, foi que eu estava com um só pé no degrau e o outro ainda levantado, ou seja, não só meu cabelo estaria bagunçado, como também meu rosto e provavelmente meus dentes também estariam. Agora entendo porquê dizem que a vida passa diante de seus olhos quando se está na beira da morte.
Senti ela respirando no meu pescoço.
Tudo pareceu em câmera lenta, lenta até demais.
Antes que beijasse o chão, outra coisa apareceu na minha visão.
Peitos?
Sim, eram peitos.
De homem.
Me choquei com tudo no homem no final da escada, parece que ele sequer saiu do lugar.
Braços e mãos fortes pegaram minha cintura com força.
Força demais, minha blusa solta sobe com a posição, ele toca diretamente na minha pele.
Meu rosto tá colado com o peitoral dele, junto de minhas mãos.
Acho que posso ser um concorrente em substituir o sol.
Sinto a respiração dele no meu cabelo.
Meu Deus, em que situações ainda tenho que me meter hoje?
Ouço o grito esganiçado de Chifuyu tarde demais.
Olho para cima e vejo o rosto de uma pessoa que não parecia ser um colegial.
Ele tinha um sorriso de canto.
Ele apertou as mãos na lateral do meu corpo.
Eu gemi.
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O que eu faço?
FanficHanagaki Takemichi aos dezessete anos era nerd, virgem e tremia na frente de qualquer pessoa que parecesse ao menos um pouco ameaçadora. Então imagine a situação quando os dois caras mais bonitos e ameaçadores da região de seu colégio comessaram a d...