Quem me dera

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– Você é insuportável.

– Eu sei, me esforço muito pra isso, obrigado.

Matsuno Chifuyu é o ser mais irritante desse planeta.

– Sabe, eu descobri algo do seu cabeludinho.

O rosto dele trava.

– O quê? 

– Isso ai que você escutou, não se faça de sonso.

Estou cutucando a onça com vara curta.

– Takemichi.

– Mikey-kun e Draken-kun me falaram algo interessante, sabia que eles fazem parte da mesma gangue?

O rosto do Matsuno fica meio pálido.

– Disso eu não sabia... espera aí. – Ele segura meus ombros do nada. – Pensando bem melhor agora, eu já tinha te dito antes, mas você está sendo paquerado pelo líder e vice-líder de uma enorme gangue.

Era melhor não ter me falado. Ignorância é uma dádiva humana.

– Você tá sendo cortejado pelos chefões, como conseguiu uma proeza dessas?

– Pare com isso.

Ele faz uma cara emburrada.

– E eu fiquei com um subordinado.

Não consigo evitar de rir.

– E a Hinata com a irmã do chefão, tá melhor que eu ainda, quem me dera ter dois.

– Você fala como se fôssemos interesseiros.

– Mas até que parece, quem hoje em dia não gosta de um mal caminho?

Balanço minha cabeça.

– O shoujo fritou seu cérebro.

– Dessa vez é yaoi.

– O que é isso?

– Uma parte sombria da criação humana.

– Como assim?

– Você sabe o que é fujoshi?

– Não, o que é?

– Não queira saber, se algum dia você encotrar é melhor correr.

– Você tá me dando medo. – Me afasto levemente dele. — Se não quer que eu saiba de algo então não fala.

– Takemichi, tá na hora de você saber de algumas coisas, até porquê você tem dois machos te rodiando.

Fico vermelho.

– Acho que ainda é meio cedo pra isso.

– Mesmo assim, você tem dezessete anos na fuça, alguma coisa você tem que saber.

– Chifuyu, você querendo me ensinar esse tipo de coisa é muito bizarro.

Ele faz uma careta.

– Pensando bem, vou te indicar um yaoi.

– Mas o que é yaoi?

– De uma forma bem grosseira de dizer, é tipo pornô gay.

Me engasgo com ar.

– Como que você conhece isso?

– Evolução.

– Chifuyu.

– É legal, você lê na internet.

– Olha, não acho que isso vá me ajudar.

– Vai sim, confia em mim.

O que eu faço?Onde histórias criam vida. Descubra agora