Calma, porra! calma

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Chifuyu e eu caminhávamos calmamente pela calçada, a tarde era agradável e com poucas nuvens no céu. Me sinto muito melhor depois do banho gelado que tomei, a roupa que usava foi escolhida pelo matsuno, já que ele era declarado anti-fã do meu armário.

Que besteira, minhas roupas são ótimas.

Estamos indo para uma lanchonete local onde na minha opinião tem a melhor batata frita. Eu amo batata, tudo com batata é bom. Já Chifuyu ama queijo.

A lanchonete que vamos é no estilo dos anos 80, toda colorida com até mesmo disco de vinil, eu sempre colocava músicas do Michael Jackson e Chifuyu da Bonnie Tayler.

Sinto meu estômago roncar, estou morrendo por batata frita.

- Eu prescio de comida gordurosa e bebida envenenada.

- Hambúrguer e refrigerante?

- Exato! isso que faz a vida ser mais aceitável e menos dolorosa.

- Hambúrguer e refrigerante?

- Se eu estou no fim de um dia péssimo, tenho certeza que um copão de refrigerante vai me fazer sentir melhor.

Ri do seu drama. Chegamos.

Abro a porta de vidro que faz o adorável barulho de sino.

Além de nós só havia mais duas garotas sentadas bem no fundo do salão da loja, pareciam bem íntimas, balancei a cabeça. Tô morrendo de fome. Fomos nos sentar em uma mesa perto das janelas, Chifuyu sentou na minha frente e pegou o cardápio primeiro.

- Só saio daqui quando estiver ao ponto de vômitar.

- Não vai ser difícil já que você vômitou mesmo da última vez.

- São situações diferentes, daquela vez eu não estava realmente com fome. - Ele me olha com o resto do rosto escondido pelo cardápio.

- Ainda penso que talvez você tenha vômitado um rim ou algo do tipo e perdeu ele no esgoto.

- Nhe, nhe, nhe. - Ele arrasta os olhos no pedaço de plástico e logo depois o empurra em minha direção.

Sequer presciso olhar, já sei o que quero.

Uma garçonete que passava nos viu e veio nos atender, dizemos o nosso pedido e começamos a esperar.

Do nada Chifuyu arregala os olhos de leve.

- O que foi? - Pergunto realmente curioso.

- Aquelas garotas no fundo, acho que estão se beijando.

Franzo o cenho.

- Idai?

- Nada, é só que acho que uma delas é a Hinata.

Me engasgo com saliva.

- O que?!

- Por que o espanto? - Pergunta cínico.

Viro o rosto pro fundo da loja e só agora reconheço o cabelo curto e acobreado de Hinata. Minha amiga de infância. Ela nunca me contou que gostava de garotas.

Começo a rir.

- O que foi?

- Só aconteceu coisas estranhas nesses dias.

- Vamos falar com elas. - Ele faz menção de se levantar mas o impeço.

- Tá maluco? e se for um encontro?

Ele faz uma expressão estranha.

- Estou pegando sua burrice.

- Como é?

O que eu faço?Onde histórias criam vida. Descubra agora