Beyond time ㅡ Camren

Prólogo

Oi pessoal, tô escrevendo essa Fanfic aqui e espero que você gostem, sou muito enrolada e direto tenho bloqueio criativo mas vou fazer de tudo pra estar sempre atualizando aqui. Tive que mudar algumas coisas por que não entendo muito de idade média e tals, inclusive vou ser bem rápida nessa parte, talvez uns dois ou três capítulos e já vamos para o presente. Qualquer dúvida deixem nós comentários e não esqueçam de votar.
Quem puder entra no meu perfil e vão lá dar uma olhadinha na minha outra Fanfic, amo vocês.

( Alguns nomes vão ser alterados aqui no passado para que possa ser utilizado normalmente no futuro, exemplos : Ehunis é a Sinuhe mas ao contrário, zero criatividade né, Janet é a Dinah Jane e etc ... )

Deixei na mídia a foto do "Lorenzo"

Narradora Pov

Salém, Massachusetts
16 de abril de 1685

O silêncio da madrugada era gritante, a cozinha estava um completo breu. Era possível ouvir o ranger do piso solto de madeira, conforme os dois adultos andavam. A dobradiça da porta do armário denunciava o roubo dos alimentos, chamando assim a atenção de Nayla. Uma das jardineiras da casa, se levantou da cadeira que estava sentada na sala de estar e colocou o tricô e a linha sob a mesa de vidro.

Ao chegar na cozinha se deparou com algo que pensou que nunca veria, Os Estrabão roubando comida do armário. Eram praticamente vizinhos do dono da casa para qual ela trabalhava. Trabalhavam como jardineiros na casa do Lorde Lorenzo, a duas casas dali. Por que eles estariam furtando comida, sendo que recebiam salario? Foi então que Nayla se lembrou que os funcionários do bairro ainda não haviam recebido o salário desse mês. Karla, a filha dos Estrabão morava na casa de Lorenzo pois  havia se apaixonado por ele e estariam noivos. Então por que eles não pediram ajuda para o genro? Não moravam na mesma casa mas eram muito próximos. Naquele ano, a falta de alimentos adequados e as condições de pobreza estavam gerando altas taxas de desnutrição e fome, especialmente em períodos de escassez de alimentos e de dinheiro.

Karla não sabia, mas seus pais estavam passando por dificuldades financeiras, o salário não era muito alto e ainda estava atrasado, decidiram então pegar emprestado alguns alimentos na casa de seu vizinho. Era tanta comida que havia ali.

Ora, estavam com fome e ninguém nunca notaria certo?

Errado.

Nayla não sabia o que fazer, deveria chamar seu chefe? Ele detestava ser acordado ao meio da noite. Deveria ir reclamar com os Estrabão? Ou deveria chamar a polícia?

Escolheu a última opção, ela achava que estava fazendo a coisa certo, apesar de tudo. Afinal, ladrão é ladrão.
Correu até o lado de fora da casa e foi até dois guardas que estavam fazendo patrulha ali perto, contou a situação e então tudo aconteceu ...

Karla estava em seu pequeno quartinho que dividia com sua melhor amiga Janet, na casa dos Morgado. Sobressaltou da cama quando ouviu gritos, saiu com pressa do quarto e foi até a entrada da casa, assim como Lorenzo. não encontraram nada, andaram mais adiante e viram. Ambos olharam a cena chocados, olhos arregalados e boca aberta.

Ali estava Ehunis e Alexandre, mortos na calçada e alimentos espalhados pelo chão, Lorenzo se sentiu culpado por não ter oferecido mais comida para os Estrabão e mais culpado ainda por não ter oferecido a eles um quarto como fez com a filha mais nova, afinal como conseguiriam pagar contas e comer quando o salário havia atrasado?  Eles eram seus sogros e haviam morrido, não que Lorenzo pudesse fazer muita coisa, afinal nem a filha sabia das dificuldades que enfrentavam.

Karla tentou correr entretanto Lorenzo foi mais rápido e a segurou, ele tinha uma admiração tão grande por aquela jovem. Não conseguia imaginar o quanto ela devia estar sofrendo. Era tudo culpa sua, repetia para si.