24 capítulo

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As seis em ponto, Augusto aparece na minha sala com um urso enorme em mãos.

- Vamos? - observei ele por um tempo, tenho muita coisa para resolver ainda, mas sei que Augusto não vai me deixar em paz até irmos embora.

-Tudo bem - começo a arrumar minhas coisas, enquanto Augusto me olha fixamente.

-Como anda as investigações? - pergunta depois de um grande suspiro.

-Nada - fala encerrando o assunto

Assim que chegamos em casa nos sentamos no sofá enquanto Augusto não parava de tagarelar.

- Papai? Titio? - escuto Sophia chamar e abro um sorriso.

Vejo ela correndo em nossa direção, me levanto e recebo seu abraço apertado, ela me solta e vai para os braços do meu amigo.

Depois de um tempo Alice entra no cômodo parecendo assustada em nos vê. Olho para Augusto que a fita, ele parece impressionado e logo seu lábios abrem um sorriso safado.

-Com licença - Alice se aproxima e olha para Sophia - Vamos mocinha, seu pai está ocupado e você precisa jantar - toca o nariz da minha filha que faz uma cara emburrada.

-Eu vou jantar com o titio Augusto e o papai - Sophia se esconde atrás de mim e Augusto aproveita a deixa.

- Eu sou o titio Augusto - ele ri, estendendo a mão em seguida.

- Aa, eu sou a Alice - ela aperta sua mão e a solta imediatamente.

Minha vontade agora é de arrancar o sorriso idiota que se espalha pelo rosto de Augusto.
Alice faz um barulhinho com a garganta, ela está esperando uma resposta.

- Tudo bem, ela vai jantar comigo Sta Drummond.

Depois de jantarmos, coloco Sophia para dormir e vou para sala de jogos. Encontro Augusto deitado no sofá, jogando no celular.

- Será que dá para parar de dar em cima de tudo que se mexe? - olho para ele com uma sobrancelha arqueada.

- Bom, eu não ia conseguir o que queria se não fizesse isso - continua olhando para o aparelho.

- O que você queria? - tiro o celular da sua mão, fazendo ele abrir um grande sorriso.

- Queria ter certeza que você gostava daquela gata - ele se levantou e tocou meu ombro.

- Eu gostava de quem?

- Não se faça de inocente meu amigo, não tem como você negar nada. O jeito que você olhou para ela, o jeito que você me olhou, só por pegar na mão dela. É você está apaixonado - diz tirando o celular da minha mão.

- Você está louco - me jogo no sofá.

- Então, tudo bem se...

- Cala a boca

- Onde você encontrou uma coisa linda daquelas? Até eu quero ter uma babá, mas, só se for como ela.

- Não é da sua conta

- Claro que é, vai que eu encontro uma igual - bati no seu ombro - parei - ele ri fazendo uma careta - sério que você não vai admitir? - se joga no sofá também.

- Não é uma coisa importante.

- Daniel, a última vez que te vi apaixonado, foi na faculdade de direito, você se apaixonou pela professora de economia, Andressa, eu acho - diz pensativo - a mulher era casada, tinha dois filhos e era dez anos mais velha que você - Augusto ri e eu faço uma careta.

- Não me lembre disso - digo afastando os pensamentos.

- Então admita que gosta dela - Augusto se levanta e se serve com uma bebida.

- Tudo bem - levanto minhas mãos - eu realmente não sei o que sinto, é só que ela me deixa curioso - me lembro dos seus olhos verdes brilhantes.

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Máquina MortíferaOnde histórias criam vida. Descubra agora