3° Lei de Newton pt.3

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POV Lia

Eu estava tranquila em meu quarto quando um guarda bateu em minha porta. Eu tinha passado a manhã com Chaeryoung e descansava quando escutei as batidas, prontamente abri.

Para minha surpresa me foi entregue uma caixa grande com um bilhete eletrônico em cima. Fechei a porta com o pé e coloquei o objeto em cima da cama para só então matar minha curiosidade. Li que Chaeryoung que tinha mandado e sorri boba, ela era literalmente de outro planeta. "Aceita ter um primeiro encontro comigo? Se sim, vista e suba para me ver." com a boca entreaberta ergui a tampa me deparando com um vestido preto curto, com detalhes prateados. Era lindo.

Quando cheguei em frente a porta, não bati, fui só abrindo lentamente para que não fizesse barulho. Chaeryoung estava lá sentada em sua poltrona - aquilo a deixava sexy - encarando o nada. Ela "viajava" com frequência, a ruiva me disse que tinha um problema com déficit de atenção, não sei se isso era errado, mas eu só conseguia achar aquilo fofo. Particularmente, naquele momento, ela parecia preocupada com alguma coisa e não só distraída.

Olhei ao redor percebendo que a luz estava baixa e tinham luzes roxas em alguns pontos. Tinha algo sobre a grande mesa que ficava ao centro que eu não conseguia ver dali.

Minha curiosidade se fez presente assim como eu. Abduzi a porta mais um pouco acabando por emitir um som, assim tirando Chaeryoung de seu transe. Ela me olhou e logo me atingiu com aquele lindo sorriso, é incrível como ela me conquistou em tão pouco tempo. Como só o curvar dos lábios dela já aqueciam meu coração.

Diferente de todas as pessoas com quem eu já tinha saído, suas intenções eram puras e eu conseguia sentir seus sentimentos sem ao menos ela dizer. E mesmo assim ela os deixava claro. Divergindo também de antigos relacionamentos ela era bem devagar no quesito safadeza e aquilo me deixava inquieta.

Fechei a porta atras de mim e fui andando até ela. Chaeryoung então se levantou e chegando mais perto depositou um beijo na minha bochecha - eu achei fofo - mas eu queria um beijo de verdade. Segurei em seus ombros e colei nossos lábios, mexi lentamente e sem desgrudar forcei mais nossas bocas, ansiava sentir a textura, eu podia escutar sua respiração pesando só com aquele encostar. Minhas mãos se moveram para sua nuca onde arrastei minhas unhas levemente, a senti arrepiar com meu toque. Contudo, suas mãos estavam imóveis, e era disso que eu falava quando dizia que ela era bem lenta com essas coisas. Separei nossos rostos e ela me olhava surpresa, ainda mais quando peguei suas mãos e coloquei em volta da minha cintura aproximando mais nossos corpos, agora com a intenção de falar com ela. Eu também estava curiosa para saber o porquê desse encontro tão repentino.

­– Amor? – Eu gostava da reação que ela tinha de corar imediatamente ao me escutar chamá-la assim. – Um encontro, né? Quer falar alguma coisa?

– S-sim. – Ela gaguejou. Como essa desgraçada é fofa. - Amanhã é o grande ato.

– Sim. ­– Afirmei confusa e desconfiada.

– E sabe, pode acontecer qualquer coisa, e eu quero ter um momento com você.

– Ei. ­­– a chamei calma. –Assim parece que algo ruim vai acontecer, não diga isso. Vamos ficar bem. – a puxei pelo queixo para que olhasse em meus olhos. – Tá bom?

– Eu sei. – a mais alta pareceu hesitante. – É só que... a partir de amanhã as coisas podem ficar um pouco... complicadas, e eu... queria aproveitar um momento a sós com você. Quero que saiba que se algo acontecer... – Arranhou a garganta adotando uma expressão séria. – Eu te amo, Lia.

Aquilo me pegou de surpresa. Amor. Que palavra forte. Eu nunca tinha usado com ninguém. E apesar de achar que eu retornava aquele sentimento, alguma coisa me dizia que eu devia aguardar um pouco para falar algo tão importante assim.

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