Você é meu ômega!

Capítulo 4 - Um pagamento inesperado

O alfa abriu os olhos, sentindo sua cabeça latejar. Com a mão no rosto, ergueu seu tronco da confortável cama, só aí percebendo estar nu. Franziu as sobrancelhas, confuso, não lembrava de nada depois de ter saído com Anko, sua amiga de infância.

- Já acordou? – seu corpo tencionou ao ouvir a conhecida voz feminina, e com os olhos muito abertos, girou o rosto, encontrando a ômega castanha a seu lado, apenas o edredom cobrindo seu corpo nu.

- O-o que... – não entendia o que havia acontecido, ele e Anko? Não era possível, ela era sua amiga, sua irmãzinha, jamais teria algo com ela, assim como jamais trairia seu ômega.

- Não lembra? Mas... se ontem você estava tão animado. Foi tão bom, a primeira vez dos sonhos de qualquer ômega. – o alfa negou com a cabeça, sem conseguir acreditar, seus olhos muito abertos e sua respiração se tornando falha. As lágrimas inundaram seus olhos, amava seu ômega, o último que queria era machucá-lo, além de que, Anko era sua amiga, uma menina inocente, ou isso ele pensava, pobre alfa, jamais poderia imaginar que havia crescido com uma cobra, esta que no dia anterior o havia drogado e mantido relações com ele praticamente inconsciente, não, isso Fugaku jamais poderia imaginar.

- Já chegou, filhote? – seu papi apareceu na sala assim que a porta foi aberta, este tinha um avental envolvido na cintura, pelo bolo que preparava junto à sua mãe.

- Nii-san está mais tonto que o normal. – seu pequeno irmãozinho, Deidara, de apenas doze anos, riu ao ver o loiro tropeçar com a mesinha da sala, batendo o pé, sua mente parecendo longe – Olha a cara de idiota dele.

- Deidara, não fale assim com seu irmão. – o pequeno deu de ombros, para então retornar à seus brinquedos. Naruto praticamente se jogou no sofá, sua mente ainda longe, no incidente na universidade.

- Aconteceu algo, filhote? – seu pai perguntou preocupado, seu menino parecia estranho, como se algo o incomodasse, não era normal em Naruto ser tão calado.

- Sabe que pode nos contar o que for, não é filhote? – sua mãe também percebeu que algo estava errado. O alfa loiro suspirou, erguendo os olhos para encarar seus genitores.

- Eu... ouvi meu lobo hoje.

- Isso é muito bom, querido. Estar conectado a seu lobo o tornará mais forte, física e emocionalmente. – assentiu ao dito por sua mãe, que não pôde evitar a pergunta – E então... o que ele disse? – o loiro suspirou, antes de enfim responder.

- Eu... acho que encontrei meu parceiro destinado.

(...)

- Eu sinto muito, Anko. Sei que errei com você, por mais que não lembre do que aconteceu, mas... eu amo Kakashi.

- Mas... ele nunca vai perdoá-lo por tê-lo traído. Fique comigo Fugaku... só eu te amo. Só eu faria qualquer coisa por você. – a mulher abraçou a cintura contrária, mesmo logo foi delicadamente afastada.

- Mas eu não te amo, não como você quer. É a ele que eu amo.

- O que esse ômega idiota tem que eu não tenho? – ela parecia furiosa agora, tanto que acabou falando o que não deveria – Você não pode fazer isso comigo, depois de tudo o que eu fiz!