will never be alone again

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musica: never be alone- Shawn mendes


Josh narrando:

O brilho das aguas da colônia continua lindo. O cheiro da grama. Da agua salgada. De vida continua o mesmo. Mas dói ver aquilo tudo de novo e saber que ele não vai estar lá. Que não vamos para agua, para uma cabana ou uma sala do escritório. Que eu não ver os tão lindos verdes olhos. Que não vou tocar na formosura de suas asas. Que não vamos sorrir. Que não terão mais corações de nuvem destruídos por flechas de fogo. Que os dias não serão mais divertidos. Que não vamos conversar com as almas jovens. Que não vamos poder sonhar com nosso futuro. Por que ele não existe.

Sinto como se tudo pudesse ter acabado. Eu nunca mais o verei.

Entro na mesma sala de sempre. nada mudou em dois anos. Parece que ainda estamos em 2018. Que ele vai entrar por aquela porta. Que vamos nos abraçar. Que meu sorriso vai voltar. Que vamos ser um nós.

-sente-se, em breve vou começar a explicar o que vamos fazer- Meu pai fala em questão de segundos.

Me sento em uma das cadeiras. A mesma que eu me sentei da ultima vez que vi seus lindos cabelos morenos. Seus olhos verdes. Eu tenho muita saudade de olhar para aqueles lindos olhos e me apaixonar cada vez mais por cada detalhe deles. De ao invés de saber como os humanos morriam e, pelo meu pai, como são frágeis, preferia passar horas vendo ele distraído com um cacho de cabelo que pairava em seu rosto. Ou velo desenhando algo em um pedaço de papel. Em nossa adolescência queimando folham de rascunhos que não davam certo. Brincando de empilhar canetas coloridas. Escrevendo lindas cartas de amor para mim. as cartas que nunca serão esquecidas por mim. cartas, poemas. Musicas, desenhos. Tudo isso. Durante os minutos de uma aula chata. Ou enquanto nossos pais saiam para falar com algum anjo.

Sinto meus olhos se encherem de novo. Detenho as lagrimas. Não posso ficar preso por mais anos.

A porta de abre. Lucifer entra. Acompanhado dele um demônio. Moreno, dos cabelos longos. Com a cabeça baixa. Lindas e gigantes asas pretas. Todo vestido de preto. Com poucas partes de seus braços e abdomem sendo marcadas. Suas mãos para tras como se tivessem com alguma algema. Dois chifres pequenos cresciam em sua cabeça. Vermelhos que se destacam de seu cabelo. Com a respiração ofegante.

-pode por favor tirar essas merdas dos meus pulsos agora, pai?

Pai. O demônio a minha frente levanta cabeça e seus lindos olhos verdes encontram os meus de novo. Noah. Sinto meu coração se encher de amor ao ouvir sua voz. Ele me encara, com a cara seria. Meus olhos brilham ao ver a beleza que os dois anos proporcionaram a ele. Cabelos longos ressaltavam o verde médio de seus olhos. Ele estava algemado. A minha frente. Meu amor estava preso ao seu pior pesadelo. Lagrimas brotam em meus olhos. Eu quero abraça-lo. Quero falar com ele. Quero passar horas descobrindo o comprimento de seu cabelo. Mas não faço ou falo nada. Continuamos nos olhando. Vejo seus olhos brilharem ao me verem também. E em meio a seriedade eu tento um sorriso. Mas não ocorre. Minha respiração falha. Eu não tinha forças para ver ele assim. Quero cuidar dele, como antes. As lagrimas dos meus olhos escorrem, assim como as dos dele. enquanto lucifer tira suas algemas. A cada toque de lucifer nele, ele solta um gemido de dor diferente, afasta seus olhos dos meus. E cai no chão de joelhos quando seu pai o joga em cima da cadeira após tirar suas algemas. me levanto. Meu pai me olha. Sinto seu calor. Noah toca seus pulsos. Deixando a dor internalizada ele levanta a cabeça, se levanta e em um farfalhar de asas se senta em minha frente. Olhando para seu pai. Me sento aos poucos e fico olhando para ele.

-joshua- meu pai me chama- virado para frente.

Ainda sem tirar os olhos dele, viro meu corpo para frente. Por um segundo ele vira seu rosto para mim. me olha. Seu queixo tremulo.

FOR US- NOSHOnde histórias criam vida. Descubra agora