Capítulo 8

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Acordei na manhã seguinte depois de sonhos estranhos com um loiro rabugento... bufo. Logo começo arrumar a bagunça da noite passada. Shoto e eu assistimos filmes até altas horas. Filmes de romance de época gay. Comemos pizza, doces e outras porcarias que encontramos no armário. Conversamos, reclamamos, rimos, e praguejamos...

"Enfim, é esse tipo de amizade que meu pai queria que eu tivesse...?"

Saio do quarto enrolada no roupão enquanto minhas penas tiravam minha roupa para voltar a escola, teria que ir sedo já que meu uniforme e o de Shoto estavam em nossos quartos. Bato na porta no meio-a-meio que responde já estando acordado.

— O belo adormecido resolveu acordar mais cedo hoje.

— Eu tava de ressaca ontem... me dá desconto.

— Certo, certo. — Rio ainda do lado de fora. — Desça para tomar o café da manhã já já fica pronto. — Ele concorda e eu volto para meu quarto.

No closet eu me troco, vestindo uma calça larga escura, uma camiseta provavelmente preta com detalhes mais claros e um tênis que eu sei que é branco com preto. Desço para a cozinha e começo o café da manhã e o que sabia que usaria ia direto para o frizzer para que não estragasse enquanto não tivesse ninguém por aqui.

Antes que eu terminasse, Shoto chegou e se sentou ao balcão que já estava com chá e o resto do bolo e da torta, além de panquecas que eu estava com vontade de comer e por sorte tinha os ingredientes, exceto morangos... havíamos comido todos na noite passada. Me juntei ao bicolor para comer. Assim que terminamos eu começo lavar a louça, secar e guardar.

Confiro se tudo está no lugar, Shoto e eu pegamos nossas coisas e saímos indo para a U.A. voando. "Carreguei" ele.

O deixo na varanda de seu quarto e vou para o meu, felizmente as postas estávamos abertas. Eu rapidamente troco de roupa e confiro meu material escolar, saindo do quarto e indo para o andar de baixo o pessoal já estava saíndo.

"Não é hoje que chegarei atrasada"

Coloquei os fones de ouvido e segui atrás de todos que iam para o prédio estudantil. Mas sinto minhas costas queimando sob o olhar de alguém. Apenas temo imaginando quem poderia ser. Fingi não notar e segui meu caminho logo atrás das garotas. Tentando ignorar aquela queimação que me deixa conturbada.

Já na sala de aula eu me sento em meu lugar. Tirando os fones e quando levantei o rosto, meu olhar se encontrou com o par de rubis irritados, mordi o lábio, lembrando com mais clareza daquela noite. Guardo meus fones na mochila com minhas penas.

"Foi um belo de um tapa...
Na hora, tinha a marca de minha mão perfeitamente visível na lateral de sua pele clara..."

Ele se sentou me encarando nos olhos até o momento que ficou de costas sentado em seu lugar. Ryoma veio até mim com um sorriso travesso e se abaixou ao meu lado.

— Ele parece pé da vida. Viu como tava te olhando? Parece que seu tapa foi realmente marcante. — Ela sussurrou para mim. Concordei calada. — Queria ter virado uma mosquinha só para ver de camarote. — Ela riu e continuou. — O que vai fazer a respeito? Pedir desculpas?

— Eu não devo nada a ele! Ele quem me deve uma bela sessão de desculpas e arrependimento, ele me beijou sem permissão alguma. É abuso. Vou é processa-lo por danos morais e abuso. — Ryoma não segurou a gargalhada que chamou a atenção, Shoto surgiu do outro lado de minha mesa, abaixado igual a garota-animal.

— Estão fofocando do Bakugou-kun?  — Nós duas concordamos em silêncio. — Ele não parava de te encarar enquanto vínhamos para a sala. Eu estava bem atrás de e do Denki.

— Aí galera qual a fofoca? — Hagakure se infiltrou no meio. Meu coração gelou. Não havia notado sua aproximação.

— Santa bola de pêlos, Hagakure-chan! — Ryoma advertiu, tão assustada quanto eu.

— Desculpa. — Ri. — Só achei curioso essa panelinha de vocês três.

— Ei o que tá rolando aí atrás? — Jiro se juntou.

"Ótimo...
Bando de curiosos..."

— Não é nada demais. Só a Ryoma que tá insistindo para ver meu caderno de músicas. — Minto. A garota é pega de surpresa, mas concorda.

— Sim... isso mesmo. E o Shoto tá me ajudando a convence-la.

— S/n-chan escreve músicas ótimas. — O olho repreensiva.

— Você realmente tinha que mostrar suas músicas para gente. Eu ia adorar ver.

"Nem fudendo"

— Quem sabe uma outra hora. — O professor entrou e todos foram para seus lugares. Ele foi para sua mesa e esperou pelo silêncio. Mas mesmo quando veio ele continuou calado. Parece que ele estava bem, depois do incidente na U.S.J.

— O incidente de sábado não vai se repetir. — Começou. Se referindo ao Acidente de Mina. — Acabei de sair de uma reunião com o diretor sobre o que houve com essa turma. Ashido Mina. — Chamou no tom sério. A rosada se levantou. — Para enfermaria. Assim que o aviso terminar. — Ela concorda e senta novamente. — Vocês estão nos dormitórios do colégio. É de responsabilidade da U.A. a segurança de cada aluno aqui dentro. Por isso a partir de hoje. A saída aos finais de semana serão permitidas apenas com autorização, assim como já ocorria durante a semana letiva. Teremos toque de recolher. Depois das oito da noite ninguém entra ou saí da propriedade da U.A. Às dez horas todos devem estar dentro de seus prédios dormitórios. Estaremos monitorando tudo com câmeras e robôs de segurança. Pode sair Ashido-chan. — A garota sai apressada.  — Takami-chan. Você também. Passe na sala dos professores no final da aula para pegar sua autorização de saída.

"Autorização de saída? Do que ele tá falando..."

Faço uma careta de confusão. Me levantei e sai encostando a porta atrás de mim e seguindo pelo corredor silenciosa.

— O restante, juntem-se com suas duplas para fazerem o trabalho. Quando suas colegas retornarem darei outro aviso. — Foi o que ouvi antes de me afastar o bastante da sala de aula.

Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora