Você se encontra no meio do fim do mundo, um mundo para o qual você tem certeza de que não foi feito. Ainda assim, você tenta manter o ânimo e sobreviver por todos os meios possíveis. Até que um certo caipira empunhando uma besta entra em sua vida q...
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Você estava em sua cela quando ouviu os alarmes.
Todo mundo estava do lado de fora na área de recreação observando Hershel dar seus primeiros passos usando suas muletas após o acidente. Você estava prestes a sair depois de arrumar um pouco a cela, mas não foi assim que aconteceu.
"O que é isso?" você se perguntou, o barulho incessante do alarme afogando seus ouvidos como uma inundação repentina. Você pegou seu machado de gelo e sua arma antes de correr até o primeiro andar de seu bloco de celas para encontrar os outros do lado de fora.
Você não chegou muito longe antes de ser abordada por pelo menos uma dúzia de zumbis entrando no bloco de celas da área comum em que você tinha acabado de tomar café da manhã com Carol há menos de três horas.
"Merda!" você gritou, recuando enquanto amarrava a corda do machado no cinto e levantava a arma para atirar. Você continuou andando para trás, tentando se distanciar das garras da morte o máximo possível enquanto atirava, eliminando seis dos zumbis com cada bala. Então você ficou sem munição.
Você os havia reduzido, mas podia ver mais virando a esquina e seguindo os outros em sua direção. Em pânico, você se jogou na cela mais próxima, fechando o portão e amarrando o seu cinto nas barras, estaria trancado se você tivesse as chaves. O tempo todo, aquele alarme de furar os ouvidos continuou até que sua audição ficou tão abafada que os rosnados dos zumbis soaram mais como os que você ouviu em seus pesadelos do que na vida real.
Agarrando seu machado, você começou a matá-los um por um atrás das grades, seu cinto sendo esticado além de suas capacidades o tempo todo. Você sabia que era apenas uma questão de tempo antes que ele se rompesse com a pressão.
Mergulhando seu machado no que pareciam centenas de crânios de zumbis, você entrou em uma espécie de matança induzida pela adrenalina. Cada chuva de golpes de seu machado parecia um sonho febril, como se você não estivesse no controle de si mesma. Tudo vinha de algum sobrevivente primordial profundo e interior cuja única missão era sair viva disso. Era uma sensação estranha, como se a maior parte do seu cérebro estivesse desligada e escurecida pela sombra do instinto eclipsando qualquer outro pensamento. Era o máximo que você já se sentiu conectada a qualquer ancestral comum compartilhado entre a humanidade e a barbárie.
Não importa quantos você matou, havia mais se aproximando, empurrando o peso do corpo contra as barras e esticando os braços apodrecidos para agarrá-la. Olhando entre os monstros e o cinto cada vez mais fino, você sabia que os zumbis estariam invadindo em breve. Quando o cinto estalou, sua matança começou a acelerar enquanto você pensava em todas as pessoas que poderiam precisar de sua ajuda. Você não tinha ideia se mais alguém estava vivo, considerando que o lado de fora provavelmente estava sendo invadido por zumbis também, mas foi isso que impediu de deixá-los rasgar você em pedaços. Foi o pensamento de seus amigos, sua família, lá fora.
