Você se encontra no meio do fim do mundo, um mundo para o qual você tem certeza de que não foi feito. Ainda assim, você tenta manter o ânimo e sobreviver por todos os meios possíveis. Até que um certo caipira empunhando uma besta entra em sua vida q...
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Robin Dixon tem coragem.
Era um tipo estranho de coragem, que nem sempre vinha naturalmente para uma menina de seis anos, mas era coragem mesmo assim.
Ela era pequena, relativamente indefesa contra zumbis, e mal sabia como segurar sua lança, mas tinha a mentalidade certa. O que a atraiu para o conceito de coragem e bravura foi que ela poderia usar quaisquer vantagens que tivesse para ajudar os menos afortunados, os “fracos”, alguns diriam.
Se ela tivesse que fabricar a coragem que precisava para salvar sua mãe, presa com Connie e Magna nas ruínas da caverna, ela faria exatamente isso.
“Eu também vou,” ela disse, aproximando-se de Kelly, Yumiko e Luke nos degraus da Barrington House em Hilltop.
Os olhos de Luke se arregalaram para a criança pequena, e Yumiko deu um passo à frente com um suspiro. “Não, Robin,” ela disse, com aquele sotaque inglês chique dela, que sempre fascinou Robin. “Você deveria ficar aqui com seu tio.”
Ela balançou a cabeça com veemência. A ansiedade estava pesando sobre ela, a sensação horrível de não saber onde seus pais estavam. O tempo todo, os outros estavam sussurrando sobre um ataque iminente em Hilltop, enquanto rumores voavam ao redor da Alfa liderando a horda em direção as comunidades.
“Minha mamãe...” Ela parou, lembrando que as crianças mais velhas e 'mais duronas' chamavam seus pais de mãe e pai. “Minha mãe está lá fora. Ela pode estar com problemas... E meu pai também."
Kelly se levantou, então se inclinou para olhar para Robin com um pequeno sorriso tranquilizador. “Ei, a gente cuida disso. Vamos trazê-los de volta.”
“Robin,” disse Aaron, vindo por trás da garota para puxá-la para longe dos outros. Ele descansou a mão em seu ombro e desceu até sua altura, olhando-a nos olhos com seriedade nos dele.
"Eu posso encontrá-la", disse ela. “O papai também. Eles precisam da nossa ajuda.”
– Eles precisam – concordou Aaron, embora não quisesse que a garota criasse esperanças de que sua mãe ainda estivesse viva, já que ele também não tinha tanta certeza. “Mas agora, não é seguro lá fora. Sua mãe e seu pai iriam querer você…"
Suas palavras pararam quando o zumbido familiar de uma moto chegou ao alcance da voz, ficando mais alto à medida que o veículo em alta velocidade se aproximava dos portões.
Robin também reconheceu o som e congelou ao olhar para o portão, esperando com cada gota de seu jovem otimismo que na garupa da moto estivessem seus pais.
Quando os portões se abriram, Daryl entrou em sua velha moto, na parte de trás da qual não estava você, mas outro rosto familiar - Lydia.
"Papai!" gritou Robin, largando sua lança com admiração e correndo para seu pai, que pulou de sua moto com pressa para cumprimentá-la.
