Você se encontra no meio do fim do mundo, um mundo para o qual você tem certeza de que não foi feito. Ainda assim, você tenta manter o ânimo e sobreviver por todos os meios possíveis. Até que um certo caipira empunhando uma besta entra em sua vida q...
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"Não!" gritou Aaron, com a cabeça na mão enquanto se ajoelhava em ambos os joelhos diante dos escombros.
Era um monte grande e cinza de rocha e detritos, com nuvens rodopiantes de poeira espessa e opressiva invadindo todos os seus sentidos.
Ele não podia ouvir o som de Aaron chamando por ele, sua voz trêmula enquanto ele tentava segurar as lágrimas. “Daryl,” ele disse. “Daryl...”
Ele ofegou pesadamente, jogando para trás pedras e detritos enquanto tentava cavar nos escombros, nada além da esperança de encontrar você na vanguarda de sua mente. Ele grunhiu de frustração, ou alguma outra emoção que Aaron não conseguia decifrar. Tudo o que ele sabia era que Daryl havia se jogado sobre o enorme monte de rochas, tentando desesperadamente encontrá-la nos escombros.
Talvez ele estivesse fazendo o mesmo, mas ele sabia no fundo do coração que era inútil, mesmo que ele quisesse acreditar que sua irmãzinha ainda estava viva em algum lugar lá embaixo. As chances eram pequenas.
Ele fungou e se aproximou, subindo ainda mais até o monte para se aproximar de Daryl. “Vai levar uma semana para tirar tudo isso.”
Daryl gemeu enquanto jogava outra pedra para longe dos escombros, então se virou para encarar Aaron. “Então me ajuda!” ele gritou.
Seus olhos pousaram em Kelly, a jovem chorando nos braços de Jerry enquanto lamentava a suposta perda de sua própria irmã, Connie.
“Não podemos!” ela gritou de repente enquanto ela estava em seus próprios pés. “A explosão vai chamar zumbis e sussurradores de cem milhas daqui!”
Daryl ficou de pé com uma respiração tensa, sentindo mil pontos de pressão atacando cada centímetro de seu cérebro agitado. Tudo o que ele sentia vontade de fazer era chorar, mas isso não era uma opção. Pelo menos, ainda não.
“Não podemos ficar encurralados contra esta montanha quando eles vierem,” ela continuou através de seus gritos. “Não podemos salvá-las se estivermos mortos.”
Daryl baixou o olhar e se virou para Aaron, cuja mão estava estendida para ele. Ele olhou para ele com os olhos nublados pelas lágrimas, seu rosto tenso e vermelho enquanto tentava manter a calma na frente de Daryl e dos outros, embora Daryl conhecesse aquele rosto, porque era o seu rosto também.
Muito de você estava em Aaron, e da Robin também. Chorando, todos vocês. Todos vocês estavam chorando, e ele não conseguia parar. Ele falhou com você. Ele falhou com a Robin, falhou com o Aaron, falhou com a Lydia.
Ele falhou com você.
"Vamos, irmão", disse ele, gesticulando mais para ele.
Ele pegou a mão de Aaron, contra todas as vozes em sua cabeça dizendo para ele continuar cavando, todas as vozes naquela parte irracional de sua mente que acreditava que ele poderia encontrar você sozinho, apenas limpando os escombros. Isso não poderia ser feito, é claro, mas isso não significava que ele iria parar de tentar encontrar um caminho.
