Você se encontra no meio do fim do mundo, um mundo para o qual você tem certeza de que não foi feito. Ainda assim, você tenta manter o ânimo e sobreviver por todos os meios possíveis. Até que um certo caipira empunhando uma besta entra em sua vida q...
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⚠️ Atenção esse capítulo contém abuso emocional, relacionamento tóxico e menções de agressão sexual⚠️
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2008, Athens, GA
Ele se atrapalhou com as chaves do apartamento, xingando si mesmo por seu hábito de trancar a porta quando você era a única em casa. Era uma precaução de segurança inútil, no que lhe dizia respeito, que só tornava a vida muito mais difícil para ele.
E claro, ele sabia que você estava em casa. A música que ele não se importava em reconhecer estava tocando naquele toca-discos estúpido que você pegou da casa de seus avós quando eles morreram, seis meses atrás. O som de pés descalços batendo no chão de madeira e sua voz cantando junto com a melodia do que quer que você estivesse ouvindo acompanhava a música abafada no ar.
Quando ele finalmente abriu a porta, ele bufou com o estado do lugar: livros espalhados na mesa de centro, discos esparramados no sofá e algum filme de terror estúpido passando em volume baixo na televisão.
"(S/N)?" ele gritou, pendurando sua bolsa no gancho designado atrás da porta. “ Que porra é essa?”
Você carregou uma bandeja com três xícaras de chá antigas que não combinavam para a sala de estar e abriu um largo sorriso ao vê-lo, embora ele parecesse um pouco descontente.
"Ei, baby", você disse docemente, tentando conquistá-lo, pois sabia que ele sabia da presença do Aaron, e ele nunca gostou do Aaron, ou de qualquer pessoa da sua família, na verdade. “Eu, uh... espero que você não se importe, mas o Aaron está aqui. Ele está na cidade por alguns dias, pensou em me surpreender, eu acho."
Você passou por ele para colocar a bandeja na mesinha de centro, movendo alguns livros para abrir espaço antes de ir até o toca-discos e diminuir o volume, sabendo que Jerome não gostava do seu gosto musical.
Ele olhou para você enquanto você se aproximava dele, dando um beijo em sua bochecha para avaliar o quanto ele estava de mau humor. Quando ele não retribuiu o beijo e se afastou antes que você pudesse dar um beijo em seus lábios, você sabia que estava pronta para isso.
"Ele está aqui?"
Você coçou a nuca e mordeu o lábio enquanto seus olhos se moviam entre ele e o corredor. "Ele está no banheiro... N-podemos sair se você não quiser vê-lo, mas eu realmente quero vê-lo."
Os olhos críticos de Jerome percorreram a sala de estar. “Parece que você já o viu,” ele disse. “Ele pode ir agora. Você vai ficar."
Você suspirou e abaixou os ombros. “Qual é, isso não é justo. Ele está na cidade apenas por alguns dias, Jer, e... ele é meu irmão."
“(S/N), eu—”
“Ei, Jerome,” disse Aaron, emergindo do corredor e oferecendo ao homem que ele detestava descaradamente o sorriso mais genuíno que conseguiu, considerando que ele não queria sorrir para ele de jeito nenhum. "Como você está, cara?"
