Você se encontra no meio do fim do mundo, um mundo para o qual você tem certeza de que não foi feito. Ainda assim, você tenta manter o ânimo e sobreviver por todos os meios possíveis. Até que um certo caipira empunhando uma besta entra em sua vida q...
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"No que estava pensando?" Daryl perguntou ao jovem enquanto ambos estavam sentados assistindo a sepultura de Jesus sendo cavada naquela tarde em que seu corpo foi trazido de volta.
"Eu não estava," ele respondeu. "A (S/N) me disse para fazer amigos, acho que pensei que era isso que eu estava fazendo. De qualquer forma, o ar fresco está ajudando."
"Bem, não se acostume muito com isso. Dois minutos sua bunda vai voltar lá."
O garoto olhou para Daryl estupefato. "É sério?"
"A (S/N) disse que você tem mais uma noite," respondeu Daryl. "Então você tem mais uma noite."
Você não queria ser responsável por escolher quanto tempo Henry ficaria lá, mas decidiu que duas noites pareciam adequadas para ele aprender a lição.
Daryl nem sabia como lidar com o adolescente. Ele o tratou mais como um adulto do que como uma criança, e agora ele se via no jovem, com a forma como ele se meteu em problemas.
Talvez Daryl estivesse feliz por ter tido uma filha. Um filho estaria muito perto da adolescência dele.
"Daryl, eu sinto muito," ele disse. "Mesmo"
Ele assentiu, sem saber se aceitava o pedido de desculpas. Colocar-se em apuros apenas colocou mais pressão sobre uma situação já preocupante com a morte de Jesus e a presença da jovem no porão. Isso combinado com o estresse de ter certeza de que você e Robin estavam bem era muito para ele.
"Eu-eu acho que quero encontrar meu lugar", continuou o menino. "E eu sabia quem eu era no Reino... mas quem sou eu aqui?"
Daryl ficou em silêncio diante disso, ponderando sua própria versão daquela pergunta que muitas vezes o assombrava, desde que ele tinha mais ou menos a idade de Henry.
Em um nível básico, ele sabia quem ele era, mas certas situações colocaram essa identidade em questão. Ele gostaria de poder dizer que ficava mais fácil, que encontrar a si mesmo era apenas algo com o qual você se preocupava como um jovem adulto, mas esse não era o caso. Sempre haveria questionamentos. Melhoraria com o tempo, mas sempre estaria lá.
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Na manhã seguinte, Jesus foi sepultado, e você assistiu em lágrimas silenciosas e firmes enquanto segurava a mão de Robin e Daryl tinha o braço em volta da sua cintura.
Você ficava vendo ele olhando para aquela porta do porão, onde a garota estava sendo mantida, e Henry também. Você conhecia aquele olhar em seus olhos - raiva.
"Quem é Você?" ele perguntou à garota, naquele silvo baixo e quieto de uma voz que ameaçava aumentar de volume.
A garota moveu-se de seu assento na cela para o canto, onde se encolheu diante de Daryl.
