Noah Urrea:
Eu deveria ser castigado pelos deuses por acabar com a minha lua de mel antes dela ter começado, sim eu era um estupido, tratar Sabina daquela maneira por conta de um contrato que eu poderia revisá-lo quando voltasse para Nova York tinha sido uma estupides digna de um Oscar, nem Bailey seria burro o suficiente para fazer algo desse gênero. Depois que ela me expulsou do quarto resolvi me refugiar na bebida, pelo menos o bar estava cheio e o whisky não iria me repreender, sentei-me na varanda com a garrafa ao meu lado e permaneci ali por quase toda a noite, encarando o bar enquanto me embebedava e pensava que mia moglie estava dormindo sozinha por conta de uma estupidez da minha parte. Quando sequei a segunda garrafa sabia que era hora de ir pra casa antes que eu fizesse mais alguma burrice que não pudesse ser remediada, a porta de Sabina estava trancada, como se ela soubesse que eu iria choramingar como um cachorro que caiu da mudança em busca de perdão, me joguei na cama do quarto de hospedes e desmaiei por conta do excesso de álcool no meu sangue.
Acordei com o maldito sol batendo no meu rosto e fazendo com que eu xingasse mentalmente por ter aparecido naquele dia, tive dificuldades para sair da cama e me arrastar até o banheiro, eu estava um caco. Tomei um banho demorado para tirar aquele cheiro de bebida do meu corpo, coloquei um short e desci a fim de aproveitar um pouco a praia, as marcas das cirurgias ainda eram recentes, os médicos afirmaram que elas iriam diminuir com o tempo, mas, eu não estava preocupado com aquilo, tinha mais cicatrizes do que me lembrava, mais uma não iria me tirar do sério. Agradeci mentalmente pela empregada ter feito café forte, joguei uma aspirina na boca e tomei com um gole de café, quem sabe assim a minha ressaca passasse com mais rapidez.
Encarei o mar pela janela da cozinha, mas, isso foi uma péssima ideia que quase fez com que eu me engasgasse com o café, Sabina emergia do mar parecendo a personificação de Afrodite, aquela mulher ainda iria me fazer ter um enfarte ou passar vergonha na frente de qualquer pessoa por conta de uma ereção. Ela estava usando um biquini florido que deveria ser considerado imoral, pois, parecia reluzir a sua pele bronzeada sem defeitos, seus cabelos estavam molhados e grudando nas costas quando ela os torceu para tirar o excesso de água e amara-los em um coque improvisado, sacudindo a toalha para tirar a areia ela secou o rosto e depois a estendeu na areia deitando sobre ela, aquilo era uma miragem que eu gostaria de ver todos os dias. Controlei a minha respiração e terminei de tomar o meu café sem encarar minha esposa tomando sol, eu estava parecendo um adolescente tarado pela professora cheio de hormônios que só sabia bater punheta. Onde estava o playboy sedutor que todas as mulheres de Nova York se jogavam aos pés? Parece que Sabina tinha o poder de me fazer parecer aquele adolescente novamente e isso era um sentimento que eu não esperava.
_ Como está a água? – Perguntei fazendo com que ela abaixasse o óculos para me encarar e suspirasse.
_ Maravilhosa. – Respondeu ela sem abrir o seu delicioso sorriso, parecia que tínhamos voltado para a estaca zero e eu estava começando a ficar cansado daquilo._ Pensei que estaria voando de volta para Nova York, seu contrato parecia tão importante.
_ Quantas vezes eu irei ter de pedir desculpas? – Indaguei fazendo com que ela se virasse de bruços para me ignorar, aquela mulher iria me levar a loucura até o final daquela viagem, se não fosse pelas suas roupas indecentes seria pelo seu comportamento._ Ótimo, quando quiser parar de agir como uma criança e conversar como uma pessoa adulta me procure, pois, eu não irei ficar lambendo o chão que você pisa apenas para que se sinta melhor Sabina.
Ela bufou e eu andei na direção do mar, nadar iria fazer com que o estresse e a excitação que eu estava sentindo fossem para o espaço, pois, eu iria precisar de paciência para conviver com aquela mulher que parecia estar querendo o meu fígado. A água estava uma delícia como ela tinha falado, nadei alguns quilômetros, sempre gostei as aguas de Pafos, elas eram calmas e quentes ótimas para a práticas de qualquer esporte aquático, quando eu voltei Sabina não estava mais estirada ao sol e isso me fez respirar fundo, pelo menos aquela visão dela com aquele biquini parecia ter parado de me perseguir, porém, eu estava enganado, ela estava no jardim fazendo a sua tão queria yoga e aquelas posições me deixaram com mais vontade de me trancar em um quarto com ela e não sairmos pelos próximos quinze dias.
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Senhora Urrea - Mulheres da Máfia •Adaptação Urridalgo
Romance1#Russos - 16/11/19 1#Mafioso - 19/03/21 1#Italianos - 22/02/20 1#NewAdult - 24/05/22 Senhora Urrea - Livro Um - Mulheres da máfia Sabina Hidalgo nunca foi uma garota fácil de se lidar, criada por um pai ausente e uma mãe alcoólatra não tinh...