Senhora Urrea - Mulheres da Máfia •Adaptação Urridalgo

XXV

Sabina Urrea:

        O mês de dezembro parecia estar voando, acho que era por conta dos diversos problemas que eu tive que concertar por conta da máfia, então os dias pareciam estar pequenos, meu casamento ia muito bem depois da minha pose, já a minha convivência com Joshua ia de mau a pior, parecia que nós não conseguíamos nos entender, todas as vezes que sentávamos para conversar as discussões tomavam conta do ambiente e nunca chegávamos a um consenso, mas, entre tapas e ameaças tínhamos sobrevividos a todas as nossas reuniões, claro que quando Noah estava no nosso meio para remediar a situação e eu estava com um pouco de pena dele, já que conviver conosco não deveria estar sendo fácil. As investigações sobre a morte de nana estavam a cargo de tio Dimitri que parecia estar com medo de me atualizar sobre as novidades, mas, eu iria tomar as rédeas da situação assim que o ano virasse, eu estava tentando não me meter em assuntos problemáticos naquele primeiro mês, principalmente porque eu queria curtir o máximo Any, já que elas partiriam na primeira semana se janeiro para que ela tivesse tempo de buscar uma ótima universidade, eu tinha conversado com Joalin e tínhamos acertado que ela viria morar comigo e com Noah assim que mamãe fosse para a Rússia, meu marido não tinha se importado com aquilo, na verdade, ele estava disposto a receber a minha irmã e isso era ótimo, pois, assim não teríamos mais brigas.

            O natal foi um terror, russos e italianos juntos não tinha dado certo, eu quase vi a linda mesa que tia Irina tinha preparado ir para o espaço por conta das discussões de que comidas deveriam ser servidas, do modo que tinham que se comportar a mesa e até na troca de presentes eles conseguiram arrumar brigar e por sorte a minha casa continuou inteira. Por isso, Noah e eu decidimos que não iriamos passar o Ano Novo junto com todos ou enlouqueceríamos e precisávamos de um pouco de paz e harmonia para a virada do ano.

_ Eu odeio trocar os presentes de natal. – Resmunguei enquanto andava pela Times com Joalin, Noah estava com problemas na boate, então resolvemos passar aquela semana na cobertura e os Hamptons estava cheio._ Acho que nem meu marido acertou o presente deste ano.

_ lhe deu uma linda gargantilha. – Disse Joalin fazendo com que eu sorrisse. _ Você não deveria reclamar, não depois da noite de natal, eu pensei que todos nós iriamos acabar com uma faca da garganta.

_ Podemos não lembrar da noite de natal. – Pedi enquanto entravamos na Cartier, precisava trocar a terrível pulseira que ganhei de Joshua, eu tinha certeza que ele tinha deixado com que a esposa escolhesse o meu presente, já que aquilo não combinava nem um pouco com o meu estilo. _ Aquilo foi um desastre e eu acho que irei ficar traumatizada pelo resto da minha vida, achei que minha casa não iria suportar aquela confusão.

         Joalin deu uma risada e me ajudou a escolher algo que tinha o meu estilo, bem diferente daquela pulseira horrível, troquei por um par de brincos de esmeraldas, claro que tive que pagar uma pequena diferença. Claro que aproveitamos para pegar alguma das promoções mais esperadas do ano em Nova York, ainda éramos mulheres e gostávamos daquelas vitrines cheias de cartazes mesmo que as promoções muitas vezes não valessem a pena. Mas, além disso eu gostava de ver as pessoas, as vezes ficar sozinha naquela mansão do Hamptons era solitário.

_ Você nunca vai usar aquele vestido prateado. – Avisou Joalin fazendo com que eu desse de ombros. _ E ele custou uma pequena fortuna.

_ Quem saiba quando eu precisar monte um brechó com as roupas que nunca usei. – Brinquei fazendo com que ela risse. _ Acho que precisamos voltar para a cobertura, está ficando tarde e Noah não gosta quando eu ando com apenas um segurança depois do anoitecer, ele é um pouco paranoico e não precisamos dele pegando no nosso pé.

_ Tudo bem. – Concordou ela. _ Foi muito divertido sair dos Hamptons. Obrigado por me convidar Sabina, estou me sentindo um pouco sufocada vendo mamãe e Any fazendo as malas e eu quase nunca tenho motivos para sair de casa, então ver pessoas é bom, faz com que eu me sinta uma pessoa normal.