XLI

639 26 0
                                    

Noah Urrea:

_ Ele fez o QUE? - Perguntei exaltado enquanto minha esposa andava pelo quarto desmanchando o elaborado penteado._ Sabina Urrea, você me deve uma explicação, então pare de agir como se essa situação fosse normal, pois, não é.

_ Se eu soubesse que a sua reação séria essa, teria me mantido calada. - Falou ela sentando-se na penteadeira e pegando a sua escova, ela fazia aquilo apenas para me irritar, pois, sabia que a sua segurança era algo importante pra mim e saber que alguém invadiu a nossa casa e ainda apontou uma arma para a minha esposa grávida me deixava possesso._ Eu estou bem, não têm motivo para você estar tão irritado.

_ Não! - Exclamei passando as mãos pelos cabelos e encarando-a pelo escolho, vendo aquela sobrancelha arqueada em sinal de desafio._ Nenhum motivo para eu estar irritado? Um filho da puta entra na minha casa, ameaça minha esposa e filho e eu não tenho motivos para estar irritado. Você está certa querida, eu não estou irritado, eu estou puto e sabe o que acontece quando eu fico puto? Eu preciso matar, pois, isso é a única coisa que me acalma e arrancar os olhos daquele russo desgraçada vai fazer com que eu me acalme.

_ Você não vai colocar as mãos em Ygor, pois, ele é problema da máfia russa. - Avisou ela levantando-se e abraçando-me e eu tinha ciência que aquilo era apenas uma manobra para que eu não saísse de casa atrás daquele carcamano dos infernos, mas, isso não iria dar certo, pois, assim que ela adormecesse eu iria sair para caçar e só iria parar quando tivesse a minha vingança, pois, ninguém ameaçava quem eu amava e saia impune._ Nós estamos bem cariño, foi apenas uma falha de segurança, tenho certeza que não voltará a se repetir.

_ Você falou a primeira coisa certa nesta noite, isso não vai se repetir. - Afirmei desvencilhando-me dos seus braços e deixando irritada._ Irei trocar todos os maledettos seguranças dessa casa, irei transformá-la em um forte, ninguém entrará ou sairá sem que eu tenha a acesso as câmeras.

_ Isso é paranoico demais. - Avisou ela entrando no banheiro e fazendo com que eu bufasse, odiava quando ela saia no meio de uma discussão e ela tinha noção disso._ Saiba que se for transformar isso em uma cadeia, irá morar sozinho, pois, eu não sou sua prisioneira e nem tenho paciência para tratar com mais seguranças do que essa casa já possui. Já morei em um presidio a minha vida inteira e não quero essa vida para o meu filho, então repense o que você pensando em fazer e até que você estiver mais calmo irá dormir no quarto de hospedes.

Ela jogou o travesseiro na minha direção e apontou para a porta, resolvi não discutir sobre aquilo, era melhor deixar com que ela se acalmasse antes de entrar neste assunto com mais calma e dormir no quarto de hospedes não seria tão ruim, assim ela não iria me ver sair, então eu não teria mais problemas com Sabina Urrea naquela noite. Esperei para que a casa estivesse silenciosa para sair, caçar iria me fazer bem, todos aqueles meses apenas cuidando de problemas burocráticos me deixaram preguiçoso e um pouco de ação iria ser fantástico.

_ Precisa que eu entre com o senhor? - Perguntou Alvin quando paramos na frente da mansão González._ Pode ser perigoso, se ele está instável quanto a senhora Urrea relatou não é bom o senhor estar sozinho.

_ Eu sei me cuidar Alvin, fique aqui se eu precisar de ajuda você será avisado. - Garanti saindo do carro enquanto arrumava a arma na minha cintura._ Fique na surdina, desligue as câmeras, não quero problemas com a polícia, os González ainda são uma família influente e eu não quero a polícia envolvida neste caso. Irei fazer com que ela intenda que ninguém mexe com uma Urrea e saí impune para contar a história.

A casa parecia deserta, como se ninguém morasse ali por um tempo, mas, os meus informantes falaram que os González não tinham outra residência em Nova York e eles não tinham saído do país, eu tinha checado todos os aeroportos legais e ilegais e ninguém com a descrição que eu tinha passará por meus perímetros. Andei pela sala escura, porta-retratos de uma família feliz estavam por todos os cantos da sala, todos pareciam exaltar o varão, Pepe parecia ter um altar em todos os cantos que eu olhava tinha uma foto dele.

Senhora Urrea - Mulheres da Máfia •Adaptação UrridalgoOnde histórias criam vida. Descubra agora