XXII

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Noah Urrea:

_Você tem certeza que isso é concreto? - Perguntei encarando Josh que deu os ombros, ele não deveria brincar comigo naquele momento, estava com os nervos à flor da pele e socá-lo não seria um problema. _ Joshua!

_ Eu não brincaria com uma coisa como essa. - Rosnou ele me prensando contra a parede. _ Comece a usar a sua cabeça Noah, estamos dando voltas a alguns dias, ele quer que comecemos a nos matar antes de conseguir achar a sua esposa ou o que sobrou dela, tenho meus informantes e eu confio neles como você confio em vocês dois. Então sim, isso é concreto, quem pegou a sua esposa está nesse maldito bunker construído pelos russos e desativado a muitos anos por estar começando a chamar a atenção da polícia.

     Empurrei as suas mãos e passei por ele irritado, todos aqueles dias batendo em lugares errados já tinham me tirado toda a esperança, mas, eu queria pelo menos o corpo da minha esposa para que ela tivesse um funeral a sua altura, Sabina não iria acabar em uma vala como uma desconhecida, acabando em algum necrotério ou sendo dissecada por médicos.

_ Mande os homens ficar de prontidão, irei compartilhar essa informação com os russos, acho que eles ficaram felizes em saber que o maldito que está por trás disso carrega o sangue deles. - Avisei encarando-os. _ Apenas soldados confiáveis, não quero que essa informação vaze e eles acabem fugindo antes que coloque as minhas mãos em cima desse maledetto.

_ Cuidado com os russos, não sabemos até que ponto eles são confiáveis. - Aconcelhou-me Josh. _Se for um deles que os traiu isso irá virar uma guerra dentro da Bratva e eu não quero que isso respingue em nós.

_ Pode deixar que a única coisa que vai respingar hoje é o sangue de quem sequestrou a mia moglie. - Garanti saindo do escritório.

      Liguei para Ian contado do que tínhamos descoberto, claro que o homem mais insuportável do mundo não quis acreditar no começo, ele nunca aceitaria uma falha da sua segurança, já que estava me culpando pelo incidente desde os primórdios, mas, garantiu que iria montar uma equipe apenas com pessoas de confiança e nos encontraria no local, eu não acreditava que ele iria nos encontrar com o ódio que ele estava sentindo era capaz de se precipitar e acabar com todo o esquema que Bailey tinha bolado, mio fratello caçula era um horror em atividades de campo, mas, se ele tivesse uma planta do local ninguém conseguiria cobrir mais saídas e projetar mais situações que ele, Bailey era definitivamente um gênio da informática, mas, nunca se especializou, ele sempre gostou de cozinhar e seus restaurantes eram fachadas perfeitas para algumas atividades informais da máfia.

_ Precisamos chegar no local primeiro que os russos. - Avisei abrindo a porta do escritório. _ Bailey, você fica no carro nos passando informações sobre o local, não sabemos que ele espalhou alguma armadinha ou se é burro o suficiente para estar sozinho e sem um plano de fuga.

_ Não estava pretendendo me colocar no meio de vocês e dos russos, alguém tem de ficar a salva, caso as coisas deem errada. - Comentou ele pegando o seu notebook e me encarando sorridente. _ Vamos Noah, parece que iremos ter um dia movimentado, um pouco de ação vai fazer bem a vocês, estão um tanto enferrujados.

      Josh o mandou a merda antes que eu conseguisse raciocinar, iriamos em uma equipe pequena, mesmo que fossem muitos homens cercando o quadrante, seria mais fácil nos infiltrar com menos pessoal do que se fosse todos os soldados da máfia e chamando a atenção de todos e aquilo acabasse em uma carnificina. O local era afastado da cidade, como já era de se
esperar, nós mantínhamos os nossos prisioneiros em New Jersey em um prédio abandonado e sem vizinho, onde a entradas e saídas não chamassem a atenção das pessoas e o prédio estava no nome de um laranja, então ninguém nunca desconfiaria.

Senhora Urrea - Mulheres da Máfia •Adaptação UrridalgoOnde histórias criam vida. Descubra agora