Fairy Mafia [CONCLUÍDA]

Os verdadeiros vilões

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#FadinhaMafiosa

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Hiro andava de um lado para o outro ocupado demais em tudo que precisava fazer para manter as aparências naquele país, não gostava da Coréia, não somente pelo passado conturbado de guerras com o Japão, mas por sua própria história, e tudo que havia deixado para trás ali. Mas, não podia simplesmente negar uma missão dada pelo chefe.

O Jeon bebericava seu Shochu sentado imponente em uma poltrona bege e de cabeceira alta, os cabelos começando a ficar grisalhos eram a única indicação a idade avançada, o olhar era tranquilo e sereno enquanto pensava e lembrava dos seus momentos com Nara.

A música era antiga, nada como aquelas batidas desconexas e perdidas que os jovens gostavam hoje em dia, a balada lhe embalava em lembranças de si mesmo, antes de se associar a gangue, num baile com Nara.

Naquela época tudo era mais simples, ele trabalhava em uma locadora de fitas, adorava ver todos os filmes que podia enquanto observava a loja, foi ali que conheceu Nara, a menina no alto dos seus quinze anos era apaixonada por filmes de terror, chamando a atenção dele, já que normalmente as meninas gostavam de romances melosos.

— Tenho um filme para lhe indicar. – O Jeon disse a menina tímida. — Percebi que você gosta de filmes de terror, esse é novo, assisti ontem, acho que você vai gostar. – Disse mostrando o exemplar do filme intitulado "Colheita Maldita" em mãos.

— Obrigado. – Nara respondeu delicada, naquela época ainda carregava o sobrenome Yto, de seus pais.

Com o tempo os dois se aproximaram bastante, o Jeon se via cada vez mais e mais encantado com a menina de olhos grandes e arredondados, o primeiro desafio dos dois veio rápido. Curioso com o motivo de Nara estar sempre ao redor da locadora, seu pai a seguiu até o local a encontrando dentro do balcão de funcionários vendo um filme com o rapaz. O filme era de terror, mas o susto do Jeon foi em ver o pai da menina enraivecido pelo flagra.

O dois passaram uma semana sem se ver, até que um dia uma amiga da mulher entrou na loja entregando um pedaço de papel com um endereço saindo rápido do lugar como se tivesse medo de ser vista.

Depois de seu turno, o rapaz foi até o endereço, enfrentando o pai da menina e pedido ela em namoro formalmente. O namoro ficou sério rápido, e com um mês depois do pedido oficial, o Jeon levou a garota até sua casa para conhecer seus pais e seu irmão, Nilo.

Às vezes Jeon Shin se perguntava como seria sua vida fora da Yakuza, se perguntava como seria viver sem o peso dos pecados que cometeu, não sabia mais como se portar diante da sociedade no geral. Se acostumou ao medo correndo em suas veias, desde o dia da morte do irmão. O dia que marcou a sua entrada para a máfia, que o tornou um Tanaka.

Diferente de si, que sempre estudou e trabalhou, Nilo era bagunçado e encrenqueiro, sempre se metendo em confusão pelo bairro, sempre aprontado alguma, era costumeiro o rapaz cometer pequenos furtos na região, na maioria, pequenas quantidades, mas com o passar do tempo, começou a ficar mais ambicioso.

O rapaz não aceitava a vida que tinham, se incomodava em ver ricos humilhando os pobres como ele, em ver a desigualdade diante de seus olhos, então com a ideia deturpada de um Robin Wood moderno, roubava de quem tinha. Era o que sempre dizia.

Mas o crime não era liberado, não em um bairro como aquele, principalmente não em um bairro dominado pelo crime, e assim Nilo foi interceptado pela Yakuza ainda jovem, e com sua habilidade de roubar de quem tinha e de criar planos como ninguém, com pouco tempo se tornou braço direito de Lio Okada.