IV - A Sombra que vem do Leste

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"I can't feel

The way I did before

Don't turn your back on meI won't be ignored

Time won't healThis damage anymore

Don't turn your back on meI won't be ignored "

- Linkin Park

Passou-se certo tempo após a vitória conquistada contra os ogros e sobreveio em Nirvana mais algum tempo de paz. Grandes festas aconteceram durante aquele período. Mas logo as comemorações cessaram quando perceberam que os comerciantes não haviam voltado à cidade.

Os rumores sobre uma antiga profecia logo começaram a surgir.

"O filho de vossas entranhas

Há muito esquecido

Voltará

E trará consigo tua destruição"

Histórias antigas, de um terrível mal, anterior ao grande dragão, começaram a surgir. Diante de tais contos, o rei convocou o habitante mais antigo de Nirvana para falar sobre as antigas lendas. Drustan, o Sábio, começou a narrar os fatos.

- Houve, meu senhor, em tempos ancestrais, dois grandes senhores das artes mágicas neste reino. Bricius, era homem de grande sabedoria. Favorito do rei, costumava divertir o povo nas festanças da época com seus grandes truques. As pessoas ficavam encantadas com o que o homem era capaz de fazer. Mas isso despertou a inveja do outro. Judoc, era, talvez, o melhor mago deste reino. Mas suas intenções eram sinistras. Planejava subjugar outros reinos e outras raças por meio da magia. É claro que nosso grande rei, Leofwine, o último antes do dragão, nunca aceitou seus planos. Ele acreditava na completa liberdade dos povos. Mas não podia expulsar Judoc sem causa aparente.

- Sim. – disse Kurt. – Ouvi histórias sobre o grande rei e sua sabedoria. São lendárias suas batalhas contra o temível dragão.

- É verdade, meu senhor. Mas o grande rei não teve escolha, a não ser banir Judoc quando ele matou Bricius durante uma batalha de magia durante o grande festival de verão. Judoc então abdicou do título de mago. Afirmou-se como bruxo, e foi habitar nas montanhas orientais. Não se ouviu falar mais dele, desde então.

- As montanhas orientais ficam muito distantes. Além do vale da morte. Não creio que possa ser este bruxo a razão dos misteriosos acontecimentos que têm ocorrido ultimamente.

- Se me permite, senhor. Eu conheci Judoc. Se existe alguém capaz de causar tais males, ele é um provável candidato.

- Há também as batalhas que ocorrem em Holteard, meu rei. – falou James. Suas feições haviam mudado por completo, assim como sua forma de vestir e falar. O novo conselheiro do rei era, agora, apenas sombra do garoto de outrora.

- Ouvi falar sobre isso. – respondeu o rei. – Mas não quero me envolver em assuntos estrangeiros. Já houve muitos confrontos entre nossos reinos no passado. Este não é o momento de resgatar essas antiquadas tradições.

- Temo que acabará se mostrando necessário, majestade. Eles já invadiram Gyldenburh e suas tropas já se encontram às portas da Cidade Eterna. O cavaleiro branco é o único entre Holteard e suas ambições. Se cair, nada o impedirá de avançar contra nossas fronteiras em breve.

- Nenhuma notícia de Helius, então?

- Não, meu senhor.

- Aguardaremos, por ora. Se a situação se mostrar perigosa – e apenas se – interviremos.



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