мy lιвerтιne

MΛƬΉΣЩ_04

MΛƬΉΣЩ_

_Me poupa mãe, você o conhece desde de pequeno, sempre fomos uma família, e depois vocês duas surtaram e até hoje nos crucifica por isso, você nunca nem me contou o motivo daquela porra_ Jogo com toda força a bandeja de frutas que estava logo a minha frente.

Sinto minha vista embaçada, respiro fundo me segurando no mármore vendo a ponta dos meus dedos brancos.

_Então não venha falar merda dele como se não o conhecesse_ Sinto o odio em seus olhos, mas ela sabe que estou certo.

_Você nunca me decepcionou tanto, queria nunca ter parido você, e outra você não vai me convencer com seus discursinhos esfarrapados_ Sinto uma pontada no peito ao que acabei de ouvir.

Pego minha mochila que estava no chão, limpo minhas lagrimas e a encaro.

_Eu não vou deixar de ver ele por causa das merdas que você passou ou o que caralhos aconteceu, eu não tenho a porra da culpa da sua vida ser uma merda por eu ter nascido, eu não pedi pra nascer nesse caralho, aceita que tudo isso é sua culpa, não minha_ Subo as escadas sem dizer mais nenhuma palavra.

_Ele ainda vai te magoar e muito só aguarde_ Foi a última coisa que escutei.

Tranco a porta do meu quarto jogando a mochila no chão e me deito na cama.

Aquilo não saía da minha cabeça, o jeito que ela falou dele isso me mágoa demais.

Ele é uma das melhores pessoas que já conheci, ele é incrível, eu não vou ficar quieto enquanto alguém fala dele daquela forma, não importa quem seja.

Tampo meus ouvidos tentando fazer aquilo sair da minha mente ou tentar tirar a raiva que estou sentindo, mas é invão o ódio me consome mais e mais.

Eu so queria que ela fosse mais compreensiva, que pudesse entender o lado dele.

Me levanto indo ate meu armário me segurando nele, meu coração está aceleeado, eu estou ofegante, uma sensação famíliar de uma crise de raiva, minhas mãos estão tremendo, começo a socar o armário tentando liberar toda minha raiva, so consigo lembrar de tudo que ela falou, isso não sai da minha cabeça.

Começo a socar o armário e a ver sangue dos meus dedos, eu nem ao menos consigo senti-los, eu não consigo parar nem por um minuto, meu ódio me dominou, so quero tirar isso de mim.

Minha vista escurece novamente fazendo minhas costas bater contra o chão me deixando inconsciente com tanta adrenalina.

417 ʷᵒʳᵈˢ