— Vamos fugir daqui — disse Minji.
— Minha vontade era ficar com ele — confessou Jimin. — Aconteça o que acontecer.
Minji, ainda apavorada com os acontecimentos, pôs o carro em movimento.
— Acha que vão identificá-lo? — indagou Jungkook.
— Se tiver sorte, não.
— Por que ele quis a caderneta? — voltou a perguntar.
— É sua última arma — explicou Jimin. — Arma que poderá usar mesmo depois de morto. A polícia, de posse dela, pode desbaratar a quadrilha inteira. Ele estava pensando em nós, em nossa segurança.
Depois de um longo silêncio, Jungkook tornou a fazer uma pergunta.
— Tem ideia de onde poderemos ficar?
Jimin esperou uma palavra de Minji, uma prova de solidariedade.
— Em minha casa não podem — disse a esteticista em tom lamentoso. — Nessa noite, sim. Tudo bem. Mas eu não teria calma para trabalhar com vocês escondidos lá. Entendem isso?— Entendo — respondeu Jimin, embora consciente de que o instituto de Minji seria excelente esconderijo. Minji estava assustada e os dois rapazes nada poderiam fazer para que mudasse de ideia.
Jungkook, porém, tentou:
— Nós pagaríamos, em dólares.
A resposta foi breve.
— Eu não poderia aceitar dinheiro de entorpecentes. Desculpem.
— Jungkook apenas fez uma sugestão — disse Jimin.
— Em que hotel ficaremos? — perguntou o rapaz, que nunca se hospedara num.
— Depois a gente pensa nisso. Agora só posso pensar em Lucas. Ele deve estar tendo uma hemorragia, coitado.
Lucas foi levado a um quarto onde o enfermeiro logo lhe tirou o paletó e a camisa. Viu o ferimento.
— Isso é bala, não é?
— Bala perdida — explicou Lucas. — Eu ia pela rua quando ouvi disparos.
— Vou lhe aplicar um antibiótico enquanto o médico não vem. Depois ele tira uma chapa e extrai o projétil.
Lucas estendeu-se na cama enquanto o enfermeiro se retirava para ir buscar o antibiótico. Ao se ver só, pegou a caderneta e seus documentos, guardando tudo num criado-mudo.
Em seguida entrava no quarto a moça que ajudara a levá-lo para o quarto. Trazia um cartão e uma caneta esferográfica.
— O senhor pode falar?
Fez com a cabeça que sim.
— Nome, por favor.
Ele disse seu nome.
— Endereço?
Deu o endereço onde morara com o irmão. Não comprometeria Jungkook. Lá ninguém sabia o nome dele.
— Tem documentos?
Ele abriu a gaveta do criado-mudo e ela própria retirou o RG.
Anotou o número na ficha.
— Onde trabalha?
Já esperava essa pergunta.
— Estou desempregado.
O enfermeiro retornou com uma seringa da injeção já preparada. Aplicou o antibiótico.
— Agora vou fazer uma lavagem nisso.
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Doze horas de terror • Jjk + Pjm
Fanfic[CONCLUÍDA] Quanto tempo pode durar um pesadelo? Certamente muito mais do que você imagina. E ele ainda pode ser mais terrível: está acontecendo de verdade. Ao voltar para casa depois de mais um dia normal de trabalho, Jungkook descobre que seu pio...