Como havia menos movimento na rua, Jungkook e Jimin logo dobraram a esquina. O grande temor de ambos, de que a assassina ruiva estivesse acompanhada, felizmente não se comprovou. Já sem correr, os dois caminhavam com a respiração descontrolada.
— Vamos pegar qualquer ônibus. — Disse Jimin.
Passavam muitos ônibus quase vazios àquela hora. Pegaram o primeiro que parou e sentaram-se longe dos passageiros. Olharam-se com mútua admiração. Mas foi o loiro quem falou:
— Como teve a ideia de dar a cadeirada nela?
— Não sei.
— Foi logo que ela entrou na sacristia ou quando?
— Agi assim, sem pensar. Era preciso fazer qualquer coisa.
Park continuava admirado.
— Eu já estava estregando os dólares para ela.
— Nem pensei nos dólares. Estava com raiva. Fiquei louco quando entendi que tinha matado o sacristão.
— Pobre Jaehyun. Um homem tão bom... morto enquanto rezava.
Ficaram em silêncio pensando talvez na mesma hipótese. Se não tivessem ido à igreja ele teria morrido?
— Acha que ela nos seguiu? — Perguntou Jungkook.
— Lembra que Jaehyun disse ter sido visto pela ruiva nas imediações da igreja?
— Lembro.
— Bem, ela sabia que Lucas e ele eram amigos. — Ponderou o menor. — Não deve ter sido difícil prever que a igreja seria um ponto de encontro entre os dois numa emergência. Imagino que foi rondar a igreja, observando quem entrava. Então nos viu e me reconheceu. Quando fomos para a sacristia, deve ter ido esperar na igreja. Se saíssemos sem a sacola, entraria na sacristia e mataria o sacristão da mesma forma, supondo que o dinheiro e a caderneta tivessem passado para as mãos dele.
— Mas não aconteceu assim.
— Ela viu Jaehyun rezando no altar. Se ele voltasse para a sacristia, a bruxa teria de se defrontar com três. Vendo que a igreja estava deserta no momento, matou-o e foi fazer o que julgava mais fácil: nos arrancar o dinheiro e os endereços, e tudo teria dado certo se não fosse a sua cadeirada. Que pancada!
Jungkook sorriu, mas em seguida teve uma lembrança preocupante.
— E se Lucas chegar e for encontrado? Vai topar com o corpo de Jaehyun, podendo até se comprometer. Principalmente se a ruiva ainda estiver lá, impossibilitada de andar. Ela é bem capaz de acusa-lo só para livrar a cara.
Jimin tomou uma decisão.
— Isso pode acontecer, tem razão. Já vi que você tem cabeça. Vamos descer e telefonar.
— Telefonar para quem?
— Para a policia. Vendo a polícia à frente da igreja Lucas não entrará.
O menor levantou-se do assento e estendeu o braço para o moreno, oferecendo-lhe a mão. Desceram do ônibus no próximo ponto e andaram uma quadra à procura de um orelhão. Jimin sabia de cor o número da polícia. Lucas lhe ensinara que era indispensável. Depois de esperar que um bêbado concluísse seu telefonema, fez a ligação.
— Polícia? Quero informar que acabaram de matar um homem numa igreja.
Com muita clareza, Jimin contou ao plantão que há quinze minutos estava sozinho na igreja do bairro tal, rua e número tal, quando tinha visto uma mulher de cabelos vermelhos, alta, vestida de preto, esfaquear o sacristão, que rezava ajoelhado diante do altar. Assustado, e como não havia ninguém mais no templo, saíra às pressas para chamar um guarda. Mas não encontrando nenhum pelas redondezas, resolvera telefonar.
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Doze horas de terror • Jjk + Pjm
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDA] Quanto tempo pode durar um pesadelo? Certamente muito mais do que você imagina. E ele ainda pode ser mais terrível: está acontecendo de verdade. Ao voltar para casa depois de mais um dia normal de trabalho, Jungkook descobre que seu pio...