Boa leitura!
Jimin entrou num prédio amarelo, de três andares, sem porteiro nem elevador. Construção baixa, mas sólida, antiga, típica dos anos 50, porém bem asseada e agradável. O loiro à frente, subiram um lance de escada. O Park abriu a porta de um apartamento e entraram. A luz revelou um living espaçoso, cheio de plantas, decorado confusamente com uma série de pôsteres. Jungkook viu também um sofá baixo, poltronas, pufes e uma estante com alguns livros velhos.
— O que você quer beber? Lucas gosta de martíni seco.
— Não entendo muito de bebidas, aceito qualquer coisa.
Jimin foi para a cozinha e Jungkook aproximou-se da janela extensa, quase com a altura e a largura do living. Empurrou a cortina e viu a rua, iluminada por lâmpadas de mercúrio, tranquila e arborizada. Sentiu-se bem naquele lugar, apesar de tudo. Imaginou ter um namorado que morasse ali, mas certamente sem aquele tipo de problema.
— Está bem gelado. — Jimin avisou, aparecendo na sala com uma bandeja ocupada por dois cálices grandes.
Ele finge estar calmo, mas continua nervoso, considerou Jungkook, pegando o cálice. Tomou um gole.
— Lucas vem sempre aqui? — Questionou, com os olhos fixos no loiro à sua frente.
— O martíni vai lhe fazer bem. Descontrai. Senta.
Jeon preferiu o pufe.
— Bem, fale da caderneta.
— Pertence a Lucas.
— Isso já sei. — Jungkook lembrou, voltando a perder a calma.
— O que quer saber mais?
— Quem são as pessoas que procuram por ela?
— As piores do mundo. Contrabandeiam, sequestram, matam. — O menor revelou afinal.
— Por que querem a agenda?
— Porque contém informações perigosas para elas.
— Ah! Como Lucas conseguiu essas informações.
Jimin terminou sua bebida.
— Quer mais um?
— Não.
— Eu vou querer, não sou de ferro. — Disse o Park levantando-se, de volta à cozinha.
Jeon não teve paciência de esperar pela resposta. Acompanhou-o até a cozinha, minúscula demais. Mal cabiam os dois.
— Eu tinha feito uma pergunta. — Lembrou.
— E eu ouvi. Não sou surdo. — Revirou os olhos ao responder. — Você quer saber como Lucas conseguiu as informações da caderneta. Pois ele que lhe diga. — Concluiu, irritado.
— Então ele vem para cá?
— Já deveria ter chegado.
Jimin pegou o martíni e retornou ao living. Sua primeira preocupação foi fechar às pressas a cortina que Jungkook deixara um palmo aberta. Depois acendeu a luz de um abajur e apagou geral. Queria mostrar-se seguro, mas estava apavorado. O moreno notava isso.
— Você está preocupado?
— Se Miguel demorar mais um pouco teremos de sair. — Avisou.
— Para onde?
— Rodoviária.
— Fazer o que lá?
Tocou o telefone. Jimin atendeu precipitado, depois de chutar um pufe. Falava baixo, em tom cavernoso.
— Sim, ele está. — Disse ao telefone, olhando para Jungkook. — Você não vem?
— É Lucas? — Quis saber Jungkook, aproximando-se.
— Então o que devemos fazer? — Jimin perguntou ao telefone, ignorando o moreno curioso na sua frente. A resposta que ouviu deveria ter sido monossilábica. — Certo. — Concordou, e já num clima de afobação, desligou o aparelho.
— Queria falar com ele.
— Lucas estava sem tempo para bate-papo. Cortou a ligação. Vamos depressa.
— Para onde?
— A rodoviária, já disse. — Mas o loiro não saiu logo, antes foi espiar, cauteloso, à janela, empurrando ligeiramente a cortina. Tornou a fechá-la. — Agora podemos ir.
— De onde Lucas telefonou?
—Não deu para dizer. Havia gente nos calcanhares dele, e talvez os caras apareçam por aqui.
— Aqui? — Arregalou os olhos
— Podem estar a caminho.
— Por que não entregamos a caderneta à polícia para acabar logo com isso?
— Oras, por quê...
— Quero saber. — Insistiu Jungkook, firme, crescendo para tomar o comando. — Não pretendo morrer por causa dessa porcaria de caderno! E já estou cheio dessa história. Acho que você é meio biruta, de tanto assistir filmes na TV.
— Ah, quer saber? — Perguntou Jimin em tomo de desafio, cara a cara.
— Claro.
— Porque seu querido irmão está metido nisso até o pescoço. — O loiro disse numa só emissão de voz. — Se a caderneta cair na mão da polícia, ele também se complicará e eu serei capturado pelo governo, entendeu agora dondoca? — Arqueou uma só sobrancelha e manteve os braços cruzados à frente do peito. Assustador.
Jungkook respirou fundo.
— Quer dizer que vocês dois são da quadrilha, é isso?
Jimin virou o martíni restante no cálice. Não era fácil revelar.
— Ele era. Vamos agora.
Jungkook seguiu o menor ainda não entendendo nada. Enquanto desciam as escadas, perguntou:
— Você disse era, então ele rompeu com a quadrilha?
— Lucas se apoderou de um montão de dinheiro deles, mas pior do que isso, ele roubou também o que eles possuíam de mais valioso. Têm medo de que fuja com o dinheiro e com a caderneta, onde estão anotadas todas as ramificações do grupo e da preciosidade deles, entendeu? Lucas era uma espécie de cobrador da turma.
Chegaram à rua e seguiram para a esquina próxima quase em ritmo de fuga. Antes de dobrá-la, Jimin olhou para trás e Jungkook fez o mesmo. Viram um carro de luxo parar diante do prédio amarelo e dele descer um homem.
— É ele! — Exclamou Jungkook. — É ele!
—Ele quem? — Franziu o cenho.
— O homem alto de olhos escuros que vi entrar onde moro.
Jimin olhou de relance.
— Moço de sorte, você. Escapou do Kwan duas vezes no mesmo dia.
— Quem é Kwan?
— Um dos maiores criminosos deste país. Com essa sorte você deveria arriscar na loto.
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Enfim, o suspense mortal...
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Doze horas de terror • Jjk + Pjm
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDA] Quanto tempo pode durar um pesadelo? Certamente muito mais do que você imagina. E ele ainda pode ser mais terrível: está acontecendo de verdade. Ao voltar para casa depois de mais um dia normal de trabalho, Jungkook descobre que seu pio...