A mulher de cabelos vermelhos acompanhou a esposa do acidentado até a recepção do hospital, enquanto o marido, na maca, era levado às pressas para o interior.
Uma atendente, a mesma que preenchera a ficha de Lucas, começou a fazer as perguntas de praxe à moça desesperada. Em sua companhia, Ludmila passava como parente. Mas bem atenta examinava o hospital, fixando o olhar nas portas.
— A senhora é da família? — perguntou a atendente.
A de cabelos vermelhos, que não esperava pela pergunta, respondeu:
— Da família não — querendo dar a entender que era apenas uma conhecida. A atendente em seguida conduziu as duas a uma pequena sala vazia.
— Esperem aqui.
— Ele será atendido logo? — perguntou a mulher do acidentado.
— Primeiro tirarão chapas e darão antibióticos. O cirurgião ainda não chegou.
— Ele virá quando? — foi a pergunta ansiosa.
— Não vai demorar. Já foi chamado para outro caso.
Outro caso. Talvez se trate de Lucas, supôs a mulher de cabelos vermelhos.
Quando a atendente se retirou, a jovem esposa começou a chorar.
— Quer um pouco de água? Posso ir buscar — prontificou-se Ludmila, para começar a abrir portas à procura de Lucas.
— Quero — disse ela.
Mas no mesmo instante chegava a prestativa atendente com uma bandeja, dois copos e alguns comprimidos.
— Isto é um calmante para as senhoras.
A moça pegou o copo e o comprimido, que tomou, mas a falsa acompanhante os recusou.
Ao se virem a sós novamente a infeliz esposa do acidentado, por achar excessiva a generosidade de uma simples mulher que passava pela rua quando a ambulância chegara, disse:
— Não precisa se preocupar mais comigo. Vou ficar bem depois do calmante.
— Eu também tenho um parente aqui. Fui avisada de que levou um tiro.
Outra pergunta embaraçosa:
— Quando foi isso?
— Não sei exatamente... Bem, vou procurar por ele. Com licença.
Ludmila, a mulher de cabelos vermelhos, a bruxa, começou a circular livremente pelos corredores desertos do pequeno hospital. Abriu a primeira porta. Era uma cozinha. Foi em frente. Abriu outra.
Um quarto vazio. Abriu a terceira porta. Um homem dormia com a cabeça coberta por um cobertor. Entrou.
JIN, O SALVADOR
Espiando pela janela da cozinha da casa de Minji, Jungkook e Jimin viram no alto, como um trapezista no poleiro, o verde Cae. Ele também os percebeu e intensificou seu espetáculo. Até penas voavam.
— Será que ele está assim por causa da luz? — perguntou Jungkook.
— Minji não está aí.
— Será que veio fazer um chá e esqueceu a luz acesa?
— E por que não ouve o papagaio? — indagou-se Jimin. Jungkook se pôs nas pontas dos pés e espiou mais para o canto da cozinha. Ao voltar à posição normal estava abalado.
— Minji está amarrada numa cadeira.
— O quê?
— Minji está amarrada numa cadeira.
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Doze horas de terror • Jjk + Pjm
Fanfiction[CONCLUÍDA] Quanto tempo pode durar um pesadelo? Certamente muito mais do que você imagina. E ele ainda pode ser mais terrível: está acontecendo de verdade. Ao voltar para casa depois de mais um dia normal de trabalho, Jungkook descobre que seu pio...