capitulo XV

403 75 50
                                    

Vitória

O calor escorria pelo o meu corpo, meus membros todos relaxados, mas minha cabeça não. O que eu fiz de errado? Será que eu não fiz direito? Será que ele não gostou do meu corpo ou do meu jeito? Meu! Qual foi o momento que eu taquei o foda-se e transei com o stefan? E ainda sem a porra da camisinha!

Eu não poderia ter feito aquilo, foi imoral, não é arrependimento por que eu não me arrependo de transar com ele, stefan é fogoso demais, intenso demais e bruto em tudo que faz. O sexo com ele não poderia ser diferente, foi carinhoso e ao mesmo tempo arrogante e bruto.

Sinto lágrimas descerem, tudo bem. Não esperei que depois disso ele viria e passaria a noite comigo, e essas coisas, mas ele me deixou aqui logo depois de ter me proporcionado um orgasmo incrível, ele simplesmente foi e me deixou. Na minha mente só pensa em uma coisa que, ele queria apenas me comer. Me levanto decidida, amanhã irei para a minha casa e não olharei mais em seu rosto.

Posso estar parecendo emocionada e tudo mais, mas faz tempo que não recebo um carinho de alguém, aí quando chega esse alguém eu me apego e fico super triste quando começa a ficar diferente comigo.

Ter ansiedade é uma merda, não é só nas crises que fica mal, é quando estou com os amigos e bate aquela tristeza ou o coração acelera e te deixa angustiada, não gosto que fiquem estranho comigo que eu já fico com medo achando que EU fiz algo de errado. Já penso em algo para concertar o que eles quebraram, eu  odeio ter ansiedade vejo muita gente brincando que tem, mas ninguém sabe o que é ter de verdade.

O que é sentir na pele, o desespero, o medo, a raiva, a angústia, a tristeza, tudo de uma vez. Dizem que te ajudam mas quando você fala que tem falam que é drama. Isso cansa e machuca demais.

Ter traumas a vida toda me cansa, me deixa imobilizada de viver uma vida feliz e tranquila, sempre vai ter aquele resquícios de um passado sombrio e totalmente escuro, tenho medo de reviver tudo aquilo novamente tenho medo de morrer com medo do desconhecido.

Me jogo na cama logo depois de um banho  quentinho, estou cansada psicologicamente, talvez amanhã nem irei trabalhar, se eu não amanhecer muito bem eu posso esquecer de ir trabalhar. Fecho os meus olhos sentindo a água e o remédio descer pela a minha garganta, eu quero chorar novamente mas eu tenho que voltar a ser forte e aguentar tudo calada, e guardar o choro para mim.

Estou começando a me arrepender de ter transado com ele, eu poderia ter esperado, eu nem conheço ele direito e já fui pra cama com um completo desconhecido. Eu sou uma idiota, o meu passado não me deixou claro isso?

Me sento na cama respirando fundo e encarando o quarto escuro, vou começar a ficar louca se eu continuar assim. Escuto a porta ser aberta, me levanto em um pulo arrumando a minha roupa no corpo. Abro a porta devagar e o vejo parado no corredor, tomo coragem e falo:

- Poderia me deixar voltar para casa?!_ cruzo os braços encostando na porta, ele me olha de cima a baixo e caminha até mim. Meu corpo se tensiona quando percebo que ele está perto de mais, olho nos seus olhos cinzentos.

- Vai dormir, que amanhã ainda é outro dia!_ fala abrindo a porta e me empurrando para dentro, tiro sua mão de mim, agora desta vez eu o empurro.

- Você não pode me prender aqui! Eu não sou um pertence teu!_ bato no seu peito, ele nem se move.- Eu quero ir para casa!_ grito no seu rosto, sentindo toda raiva fervilhar no meu corpo.

- O que foi, bebê?_ ele segura no meu rosto fazendo um carinho, o empurro novamente não vou cair em tentação só por que o diabo quer.

- Eu só quero voltar para casa, eu não entendo o por que de eu estar aqui._ ele me olha sério e nega com a cabeça.- Por que não?!_ pergunto me afastando dele.

- Eu não posso te proteger se você estiver tão longe de mim!_ confessa voltando a se aproximar de mim.

- Fica longe!_ aviso apontando para ele, como o homem é teimoso ele avança sobre mim, me pegando desprevenida com a sua mão na minha cintura e outra na minha nuca.

- Nunca, vai princesa me fala o que você tem!_ desvio do seu olhar intenso, tento empurra-lo novamente, mas o mesmo segura em meus braços e me leva até a cama me empurrando nela.

- Eu não vou te falar!_ decido, não irei me abrir para ele! Já abri as minhas pernas, não irei abrir o meu coração. Ele sorri com maldade olhando para o meu busto. - Sai de cima, stefan!_ falo raivosa erguendo a sua cabeça para cima.

- Vamos fazer um sexo bem gostosinho?_ fico arrepiada com a sua frase, mas não.

- Para você me deixar aqui sozinha novamente?_ o encaro sarcástica.- Não obrigada!_ ele sai de cima de mim parecendo perturbado.

- Você queria que eu fizesse o que?_ pergunta passando a mão na cabeça parecendo nervoso.

- Que você compre anticoncepcional! Não queremos uma surpresa para daqui 9 meses!_ minto, por que eu nem sei se posso engravidar mais. Se eu puder as chances são mínimas.

- Eu também não quero um filho com você!_ dou de ombros quando ele falou a frase, respiro fundo. Foi só uma transa, não fica emocionada.

- Eu não estou com cabeça para discutir com você!_ abro a porta que nem sabia que estava fechada.- Só me deixe sozinha!_ falo suspirando, ele me olha deixando as mãos cair ao lado do corpo e sai do quarto logo após de me desejar um boa noite. Fecho a porta ficando atrás de mim me escorando nela.

Tudo que sinto é ódio e um pouco de arrependimento, que saco, odeio me importar tanto, odeio ser assim, tão... emotiva com os outros. Só queria parar de uma vez por todas essa minha personalidade nada atrativa.

Vou para a cama depois de ter tomado um remédio para dormir, mas antes mandei uma mensagem para a diretora do colégio que amanhã não vou poder ir, ela sabe dos meus problemas e entendeu super já que não era a primeira vez que eu tinha que faltar.

Olho para o relógio digital na cor preta e vermelha, e fico encarando aquilo até meus olhos pesarem de sono.



















postei porque quero terminar isso daqui logo! E porque eu sou uma autora que odeia ficar sumida por muito tempo. Comentem e votem! Não esquecem!



A besta- Série, Cosa NostraOnde histórias criam vida. Descubra agora