Vitória
O som da campainha é soada por toda a casa, olho no relógio e vejo que são 10 horas da manhã, franzo o cenho me perguntando: Quem é o louco que está vindo bater na minha casa logo cedo. O dia esta lindo, até levantei cedo feliz da vida. Mas não quero ninguém me incomodando logo cedo.
Com raiva eu abro a porta e vejo o Paul parado ali com um sorriso no rosto, respiro fundo tirando a carranca que mostrava que eu não estava nada contente com aquilo.
- Oi Paul!_ sorri gentil, mesmo que queria expulsar o mesmo daqui.- O que faz aquilo logo cedo?_ tento não ser rude. Ele sorri para mim e mostra uma cesta de piquenique.
- Você não atendeu o telefone e eu vim pessoalmente te convidar para um piquenique._ fala sorrindo, coço a testa respirando fundo. - É sábado, está lindo o dia. Vamos vai ser legal!_ já ouvi essa frase antes.
- É que... não vai dar hoje._ de verdade eu não quero sair pra lugar nenhum hoje, do quero desfrutar do meu bom sofá e televisão.
- Há não seja má, vamos Vitória. Prometo que te trago de volta quando você pedir._ vejo que ele não irá insistir tão fácil, antes dele falar algo eu já o corto.
- Tudo bem, deixa só eu pegar a minha bolsa._ deixo ele entrar na minha casa, e subo as escadas o deixando sozinho. Pego uma bolsa colocando coisas necessárias dentro dela, como: protetor solar, óculos de sol, documentos e dinheiro. Pego o meu celular que estava carregando encima da mesinha e desço as escadas pronta. Eu já tava pronta para um piquenique, tava com um shorts jens preto, uma camiseta branca com alguns detalhes e minha sandália de sempre.
O vejo ali parado olhando tudo em volta, chamo a sua atenção. Ele se vira para mim e sorri.
- Vejo que mudou muita coisa aqui._ suspiro olhando em volta e assentindo.
- Não deixei do jeito que ele gostava._ falo tentando encerrar o assunto, mas Paul não queria isso.
- Jonathan morreu e te deixou com tudo. Ele foi muito ingrato com a própria família dele._ engulo em seco com o jeito que ele fala, passo pela a porta com ele me seguindo.
- Jonathan que fez a escolha dele, não foi eu. E vamos encerrar esse assunto por hoje?_ peço indo trancar a porta.- Não é legal ficar remoendo o passado._ na verdade eu não quero remoer o passado com ele, não quero falar disso com ele.
- Tudo bem, princesa._ a mudança de humor foi repentino, Paul é muito diferente do irmão, no aspecto físico eles são idênticos, mas no comportamento e no humor são completamente diferentes. Jonathan não tinha excesso de raiva ou mudava rapidamente, já Paul sim, uma hora ele é o príncipe encantado na outra ele é o vilão dos filmes, tenho que lidar com essas duas versões dele hoje.
Sento no banco do carro vendo ele dar a partida. Passo o cinto pelo o meu corpo e ligo o meu celular, olho para a janela e depois para o Paul.
- Para onde vamos?_ pergunto para ele que não me responde. Depois de alguns minutos me olha e sorri.
- Surpresa, princesa._ fala passando a mão livre no meu cabelo, dou uma afastada de leve e entro no WhatsApp mandando a minha localização para o stefan.
- Se eu não chegar antes das 19 horas, me procure._ escrevi para ele que apenas enviou, mas não chegou para ele. Comecei a ter mais segurança no stefan, ele cuida de mim e me protege do jeito dele, mesmo sendo um bruto as vezes.
Desligo o celular olhando em volta e vejo que estávamos indo para a praia, quem em sã consciência faz piquenique na praia? Nunca fiz, e nem me imagino fazendo isso. Nas duas vezes que fiz um piquenique foi em um parque.
Descemos do carro e sinto ele pegar na minha mão, olho para as nossas mãos juntas e franzo o cenho.
- Eu posso né?_ pergunta me olhando e depois olha para as nossas mãos, aja paciência.
- Claro._ sorri de boca fechada tentando não dar meia volta e entrar naquele carro e dirigir para a minha casa, só queria o meu sofá.
Passamos pela a trilha que tinha ali e logo estávamos com os pés na areia. Tiro as sandálias soltando a sua mão, achamos um lugar acessível para ficar, ele estende a tolha na areia e arrumamos as coisas ali mesmo. Me sento de um lado e ele do outro. A praia é praticamente abandonada, não vem ninguém aqui, eu nem lembrava que há mesma existia.
- Aqui é lindo né?_ ele pergunta derrepente olhando para o mar a nossa frente, dou de ombros vendo nada de interessante.
- Não acho. Eu não sou muito achegada do mar e da água._ confesso pegando um morango e mordendo o mesmo. Ele me olha chocado por um momento até pegar um morango também.
- Jurava que você gostava do mar, o mar tem as suas belezas._ olha nos meus olhos.- Os seus olhos são da cor deles. Acho que por isso gosto tanto de olhar para eles._ perco a fala desviando o olhar para o mar.
- Você conseguiu me deixar sem graça._ dou um sorriso nervoso, ele ri junto comigo. - É sério, não ri!_ aponto para ele tampando a boca e rindo.
- Eu não falei nada demais._ aos poucos paramos de rir.- Que pena que meu irmão chegou mais rápido do que eu._ resmunga olhando para baixo, olho para ele.
- Ninguém chegou primeiro que ninguém, ele só me salvou do meu passado e se foi por conta disso._ ele volta o seu olhar para mim. - Não o culpe-o.
- Eu sei que é errado culpar ele, mas as vezes eu queria estar no lugar dele._ passa a mão no rosto.- Ele sempre foi o perfeito da família, e eu não. E agora ele se foi e não tem mais nada para eu ficar me comparando.
- Paul, não fique assim. Teu irmão está orgulhoso de você, lembro que ele sempre falava muito de você e o quanto ele te amava._ passo a mão no seu ombro.- As pessoas que são má as vezes. Não sinta inveja dele, ele conquistou e você também está conquistando as suas coisas._ ele assenti respirando fundo, vejo o seu olhar vacilar indo para a minha boca. Ele vem chegando mais perto, o afasto.- Vamos manter apenas a amizade em jogo._ falo tirando a sua névoa que só ele criou.
- Desculpa Vitória._ pede envergonhado, nego com a cabeça deixando isso para trás.
- Tudo bem!_ pego uma uva enfiando na boca e mordendo ela, olho para o mar escutando o seu delicioso barulho, não consigo gostar dele, mas também eu não tenho ódio dele. Eu tenho ódio é por que ele tirou uma pessoa importante de mim e nunca mais devolveu.
Deito na toalha sentindo o sol bater na cara e logo sinto o Paul deitar do meu lado e ficar me olhando, não o olho nenhuma vez eu só apenas olho para o céu me perdendo nas nuvens brancas e no sol amarelo brilhante.
O que será que vai dar esses dois aí em? E o que o stefan vai achar disso? Gente!!!! Logo, logo a bomba vai cair encima dos dois. (Stefan e vitoria) e se prepara não vai ser nada bom para nenhum deles.
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A besta- Série, Cosa Nostra
RomanceDepois que seu marido morreu, Vitória se vê em guerra contra a depressão e a insuficiência de se sentir indesejada por não poder mais projetar filhos. Com 24 anos, ela vive em uma pequena chamada Fox, no Interior dos Estados Unidos. Stefan, um hom...