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-1999- ─ And there's no remedy for memory, your face is like a melody. It won't leave my head. ─
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Como uma boa noiva, eu deveria estar em casa, dormindo em minha cama de cetim, no trigésimo sono, ou pelo menos, tentando ser uma noiva normal, ou tradicional.
Não gosto de tentar, prefiro desistir.
Principalmente, quando se trata de aprisionar minha real personalidade, e ser uma chata, com as letras grifadas em maiúsculo.
Sai para beber com meus amigos de infância, eles meio que me obrigaram a ter uma despedida de solteiro com eles, e quase acabamos em um puteiro na metade da noite, mas, estamos bem - eu acho.
Como meu casamento é amanhã, não bebi tanto para no próximo dia ter uma ressaca e desistir de tudo, ou para chegar na igreja bêbada.
Sem dúvidas, Izzy e Axl estão mais bêbados que eu! Muito mais bêbados!
Principalmente Axl, que estava dando cambalhotas e estrelinhas na pracinha da cidade... O pior foi o Izzy, ele tentou urinar em uma idosa pensando que era um poste!
Por que eu sou amiga deles mesmo?
Com a cabeça um pouco turbulenta, ouvindo Izzy bêbado, tentar reproduzir algo em sua guitarra e chorando por não conseguir, aproximo-me mais da janela de meu amado.
O quarto dele, ou nosso... Não sei, enfim, o quarto que ele está na casa da mãe dele, é no segundo andar, então, ou eu grito, ou eu grito - atéporque, nãotem outra solução.
Pensando em como irei chamar o meu gostosão, e declarar-me sem sem acordar a casa inteira, vejo Axl sair de um matagal próximo a residência, cambaleando com pedrinhas em mãos.
Rio do meu amigo enquanto ele caminha até mim, limpando suas calças empoeiradas.
─ Sabe como vai chamar seu namoradinho? - Questiona, com a voz meio embriagada deixando em minhas mãos as pedrinhas que ele pegou.
─ E sabe o que vai dizer para ele? - Acrescenta Izzy.
─ Eu improviso! Relaxa, sou uma deusa nisso!
─ Aham. - Ambos "confirmam", com ironia.
─ Como, quando estávamos no nono ano, e você disse a professora que o motivo de não termos feito o seu trabalho, foi porque o Izzy tinha morrido? - Axl nos lembra, de sobrancelhas arqueadas enquanto Izzy caia no riso com essa história. - E o Izzy estava do nosso lado!
─ Ou como da vez que tínhamos dezessete anos e para esconder os cigarros na escola, você fez o Axl literalmente comer um maço? - Izzy fala, sentando sobre uma pedra, tentando se recompor do riso enquanto Axl permanece sério.
─ Pelo menos eu dei um jeito neles! - Exclamo enquanto Stradiln caia mais ao riso.
- Axl cruza os braços nos fitando com desprezo. - Não estou vendo graça nenhuma, Jeffrey.
Balanço a cabeça sorrindo e me volto a janela de meu noivo.
Aremesso uma pedrinha ao vidro, mas sem sucesso de vê-lo. Jogo outra e nada, jogo outra, outra e mais outra, e novamente nada.
─ Acho que vamos embora. - Digo finalmente, convencida de que o verei apenas amanhã.
─ NÃO! - Axl grita, tirando do pé o tênis. - O Slash vai aparecer aí por mal ou por ruim! - Fixado a janela, traçando uma linha imaginária para a impulsão de seu tênis, Axl diz: - Se abaixa!
Faço o que meu amigo pediu, vendo logo após, o seu tênis voando sobre minha cabeça atingindo o janela do dormitório.
─ SLASH, SEU CUZÃO! - Axl exclma, de braços abertos ao meu lado. - APARECE AÍ QUE TUA MUIE QUE TE VÊ, CARALHO!
Observo a luz sendo ligada e sua silhueta aparecendo a janela, aumetano de tamanho gradualmente a seus paços.
Perto da janela, Slash a abre com força, de aparência brava de quem acabou de ser acordado.
Enquanto meu noivo procurava a figura de Axl com os olhos, um sorriso cresce em meus lábios e Izzy, sai engatinhando de quatro, levando sua guitarra abaixo do braço - por suas ações, ele pensou que seria melhor ser covarde e fugir, do que ficar e o enfrentar.
Os olhos de Slash, alcançam Axl, entretudo, vão a mim e seu olhar se estabiliza, amolecendo seu coraçãozinho rancoroso.
Ele sorri, sussurrando algo a si mesmo e decorrente a estes fatos, Steven aparece atrás dele, espiando tudo sobre seu ombro totalmente curioso.
Após Steven, aparece Duff - o que já é normal ver os dois loirinhos com meu noivo.
─ Oh, Romeu! Aonde estás, tu? Ro-
Eu, prestes a exclmar trechos do livro errado, recebo um tapa na direção de minha nuca, vindo de Axl.
Ao realizar o movimento de me virar, para dar um bofete em Axl, Izzy me emepede, voltando-me a janela e empurrando-me a frente.
Dou um tapa na minha testa.
Eles tem razão em dizer que não sou boa em improvisar.
Encaro a janela com vermelhidão, vendo-o rir com meu erro.
- Oh, Saul! Aonde estás tu, meu amor?! - Exclamo, pousando o dorso da mão em minha testa e fechando os olhos, largando meu corpo para trás para que Izzy me pegasse - é ainda bem que ele o fez mesmo sem ter combinado nada.
─ Eu estou aqui! - Slash responde, sorrindo.
Pigarreio, pensando no que dizer
─ Sua face... - Começando a ter ideias, sorrio. - Sua face é como melodia, que não sai da minha cabeça! Sua alma está me assombrando e dizendo que tudo ficará bem... Mas às vezes... Às vezes, eu queria estar morta...
