A minha cabeça estava apoiada nos meus braços, vestia uns calções mas não estava frio. A sala estava mais cheia que o normal, a dúvida "porquê?" surgiu mas o interesse para a procurar a resposta era mínimo.
Perdido no meu mundo algo me acorda, alguém estava a tocar no meu ombro, reviro os meus olhos sem levantar muito a minha cabeça, era a folha de presença, o único motivo para que um aluno sequer ao menos pense em vir a esta aula.
Tirei a caneta azul e assinei o meu nome, os meus movimentos não eram bruscos, o sono era regente aquela hora, peguei na folha e passei para o colega à minha direita. Passei, ou ia passando. Ao levantar a folha reparei que algo estava rabiscado na parte de trás. Poderia ser algo mal impresso como a minha professora de plantas tinha feito uma vez, mas mesmo assim a curiosidade falava mais alto. Nas costas da dita cuja eram encontrados 126 caracteres que formavam a frase "Este é um novo método que estamos a usar, é a única esperança, estás em coma há 5 anos e a probabilidade de desligarem as máquinas é grande, por favor, acorda", a minha cabeça até aí em repouso fez o primeiro movimento brusco da manhã, passado alguns segundos um riso apareceu "alguém anda a gozar com toda a gente" murmurei. A aula continuou e ao toque de saída a felicidade era muita e as lembranças poucas, tanto para a brincadeira da folha de presença como para as palavras do professor, mas essa felicidade foi apenas momentânea pois 2 horas de matemática se avizinhavam.
O dia passou sem incidentes, como uma terça normal a minha hora de saída era ás 8 da noite, e assim foi, ás 8 da noite estava a sair do departamento de zoologia, roteirinamente desci os Arcos de pedra da época romano de maneira a chegar à paragem do meu autocarro, mas hoje foi diferente, ao passar a estrada apaguei momentaneamente, tinha sido atropelado, o carro seguiu e nem parou e eu fui projectado para a frente, estava com algumas fracturas, uma delas expostas, o sangue era suficiente para tingir metade da minha t-shirt. Estava frio. Há medida que cada segundo passava mais gente corria para ver o atropelado, mas os meus olhos estava a começar a ficar pesados, quase não os mantinha abertos, ia piscando, cada vez mais, e cada vez durante mais tempo. Mas algo estranho ia acontecendo. Enquanto os meus olhos abertos viam uma multidão á minha volta, fechados eles contemplavam um této branco , daí abria e multidão outra vez, fechava e desta vez via um saco de soro, pensei que era como nos filmes em que a personagem principal revê toda a sua vida antes da sua morte. Estava mais frio. Após algum tempo a força que estava a exercer para estar acordado diminui drasticamente e via a multidão pela última vez.
Fim do primeiro capitulo.
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Exodus
Mystery / Thriller"Ao levantar a folha reparei que algo estava rabiscado na parte de trás. Poderia ser algo mal impresso como a minha professora de plantas tinha feito uma vez, mas mesmo assim a curiosidade falava mais alto. Nas costas da dita cuja eram encontrados 1...