O avião alcançou a altitude de cruzeiro e o piloto avisou que podiam soltar o cinto de segurança durante o voo de quarenta e cinco minutos para Las Vegas. Alexander falou muito pouco desde que embarcaram. Depois que concordara em ser marido de Magnus por um ano, ele levara a cabo os planos de se casarem em uma capela na Cidade do Pecado. Acreditava que um casamento aparentemente romântico em Las Vegas pareceria mais legítimo para os advogados da Black & Thorn que uma ida ao cartório.
Magnus soltou o cinto de segurança e aproveitou a liberdade. Andou pela cabine de seu jatinho particular e abriu uma garrafa de champanhe. Quando olhou para seu noivo, notou que ele retorcia as mãos no colo. Engraçado... Era ele quem tinha tudo a perder, mas era Alec quem estava inquieto.
— Tome, talvez isso ajude. — Ele lhe entregou uma taça alta e se sentou diante dele, na enorme e macia poltrona de couro.
— Sou tão óbvio assim?
— Os nós dos dedos brancos te denunciaram.
Alexander bebeu metade do champanhe de um gole só.
— Eu nunca quis ser ator.
— Aposto que os estúdios pagariam uma nota preta para você fazer dublagens.
Ele deu de ombros.
— Se eu ganhasse um dólar a cada vez que ouço isso...
Ele podia imaginar.
— Você tem uma voz incrível.
Alexander desviou os olhos dos dele, e suas bochechas começaram a ganhar um brilho rosado.
— Acho que essa coisa de casamento vai funcionar melhor se não acharmos nada incrível no outro. Não é nada pessoal...
— Talvez você tenha razão, mas nós dois concordamos em ser honestos. E a sua voz é sexy pra caramba.
Valia a pena mostrar as cartas só para vê-lo se contorcer diante do elogio. Ele estava completamente corado, e nada menos que adorável. Em um segundo, a taça de Alec estava vazia de novo.
— Não sei se devo agradecer ou te encorajar a ser menos superficial.
— Essa doeu.
— Você queria sinceridade...
Ele o observou tirar os sapatos e dobrar as pernas sob o assento. Um pouco de cor começou a voltar a suas mãos. Obviamente, insultá-lo deixava Alec à vontade. Ele não sabia como interpretar isso.
— A única pessoa que já me chamou de superficial foi o Ragnor.
— Seu melhor amigo?
— Meu único amigo.
— É mesmo? Pensei que um homem com a sua riqueza teria um séquito de amigos.
— O dinheiro traz pessoas, não amigos — disse ele.
— Sem dúvida. Imagino que Ragnor saiba sobre nós dois. Sobre o nosso arranjo.
— Sim, ele sabe.
— E as suas namoradas? Elas sabem?
Agora foi a vez dele de se contorcer. Ainda que o casamento fosse uma farsa, falar sobre suas amantes com seu noivo não parecia certo.
— Contar para as minhas namoradas, como você disse, seria o equivalente a chamar o Inquisidor e dar uma entrevista de página inteira. — Magnus terminou sua bebida e se levantou para encher de novo as taças.
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Casado até quarta - Malec
FanfictionMagnus Bane é rico, nobre, charmoso... E precisa de uma esposa até quarta-feira. Para isso, ele recorre a Alec Lightwood, dono da agência de casamentos Alicante. A princípio, ele não está no menu de pretendentes... Até Bane lhe oferecer milhões de d...